Em casa

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Poncho: amor, não tá esquecendo nada não? A gente precisa ir! - gritou da sala tentando apressar Any que ainda estava no quarto.
Any: calma bebê, já tô indo! - falou aparecendo na escada - Prontinho.
Poncho: até que enfim né, desse jeito a gente perde o vôo. - estendeu a mão entrelaçando seus dedos nos dela e caminhando em direção a porta.
Any: não exagera vai, temos uma hora pra chegar ao aeroporto e você ainda não me disse pra onde vamos depois daqui.
Poncho: vou te levar num lugar que eu gosto muito e quero dividi-lo com você.
Any: essa é a dica? - fez carinha de contrariada - Isso não ajuda muito Poncho!
Poncho: mas não é pra ajudar, se eu contar antes vai ser chato. - sorriu dando um beijo estalado na bochecha dela.

Conseguiram chegar ao aeroporto meia hora antes do embarque, aproveitaram pra fazer um lanchinho e logo o vôo foi anunciado.
Já na capital, Poncho alugou um carro e seguiu para uma área isolada da cidade.
Any: bebê, o que a gente tá fazendo nesse fim de mundo? - olhando pela janela e só vendo árvores e mais árvores.
Poncho: não é fim de mundo sua bobinha, é só uma área reservada a casas de campo. - sorriu apertando a coxa dela levemente - Lembra aquela época que eu sumi, toda aquela confusão?
Any: como vou esquecer! Foram os piores dias da minha vida desde que você voltou. - falou fazendo biquinho emburrada.
Poncho: não é pra ficar bravinha amor. - acariciou o rosto dela - Quero que conheça o lugar onde me escondi.
Any: você veio se esconder aqui?
Poncho: foi, quando ainda morava em Bogotá, em uma das minhas raras visitas aos meus pais um amigo dele me mostrou essa casa e disse que iria vendê-la, eu me interessei na hora, sempre quis ter um cantinho pra me esconder de tudo quando eu precisasse. Daí comprei a casa e deixei aos cuidados do meu pai e já nem me lembrava mais dela...até toda aquela confusão acontecer.
Any: por isso nunca me falou dela?
Poncho: claro. Você tá pensando que deixei ela aqui pra quando quiser dar umas escapadinhas é? - provocou rindo.
Any deu um tapa em seu braço: cheio de gracinha né Alfonso.
Poncho: ai Any! Você é pequenininha mas tem a mão pesada. - reclamou fazendo careta.
Any: bem feito, agora vai pensar três vezes antes de me provocar.
Poncho: poxa em plena lua de mel e eu já tô apanhando. - fez carinha triste e ficou quieto o restante do caminho.
Any começou a se incomodar com o silêncio e tentava puxar assunto, mas Poncho só respondia o que ela queria saber e voltava a ficar quieto.
Any: bebê? - se virando no banco pra olhá-lo.
Poncho: o que? - sem desviar a atenção da estrada.
Any: você ficou bravo comigo? - perguntou meio sem jeito.
Poncho: não, por que?
Any: porque você quase não tá falando, só responde o que eu pergunto e nem olha pra mim. - falou manhosa fazendo biquinho.
Poncho: tô evitando falar besteira pra não apanhar mais. Vai que ao invés de bater você resolve me colocar pra dormir no sofá. - olhou pra ela fazendo careta.
Any: não! - quase gritou - Até parece que consigo dormir sem tá grudada em você. Prometo que não te dou mais nem um tapinha até o fim da lua de mel. - sorriu travessa.
Poncho: isso quer dizer nunca mais? - perguntou todo alegre - Porque eu pretendo viver em eterna lua de mel com você meu amor.
Any: own que lindo meu bebê! Se todo esse love for eterno então nada de tapinhas, você só vai ganhar beijinhos. - se aproximou beijando a bochecha dele.
Poncho: aí sim eu gosto. - parando o carro - Pronto, chegamos princesa. - desceu do carro e abriu a porta pra ela - Aqui era meu esconderijo.
Any: uau! Que esconderijo mais lindo!
Poncho: agora é nossa casa de campo. Você pode escolher onde passar os finais de semana agora.





Assim que entraram, Any foi conferir cada cômodo, como a casa de Cancun, essa era espaçosa, a sala de tv e jogos possuía uma lareira, a sala de jantar ficava paralela a cozinha, as paredes que davam para os fundos da casa eram de vidro, exceto quartos e banheiros. No piso superior, três quartos e dois banheiros e no terceiro piso, uma suíte enorme com direito a jacuzzi.
Any: tem lugar pra umas quatro pessoas aí. - apontando pra jacuzzi.
Poncho: ter tem, mas aí só entra você e eu, mais ninguém. - pensou um pouquinho - Bom, nossa baby também vai poder entrar com a mamãe e o papai. - acariciou a barriga dela.
Any: acho que não vou sair mais desse quarto.
Poncho: por mim tá ótimo, vou adorar você aqui o dia todo. - sorriu abraçando Any pela cintura - Mas antes a senhora precisa fazer um lanchinho porque desde o almoço não comeu nada.
Any: tá bom tá bom, já sei senhor certinho. - deu um selinho nele saindo do banheiro.
Poncho: enquanto isso vou preparar a jacuzzi pra nós. - piscou um olho pra ela lançando um beijinho no ar.
Any sorriu e desceu pra procurar algo pra comer. Nem se preocupou em perguntar o que tinha, pois sabia que Poncho já planejara tudo.
Depois do lanche, eles passaram um bom tempo na jacuzzi relaxando, fizeram amor e a noite acenderam a lareira e jogaram várias almofadas sobre o tapete, onde jantaram e tomaram um chocolate quente. A noite fria, contribuiu pro ar de romantismo criado e eles adormeceram ali mesmo, nos braços um do outro.
Pela manhã fizeram uma caminhada por uma trilha próxima dali que levava a uma cachoeira.
Any: nossa amor, nunca viajei tanto assim.
Poncho: queria ter mais tempo pra gente aproveitar esses lugares, mas Mendonza precisa da gente.
Any bufou: eu sei! Isso é chato demais.
Poncho: amor, eu queria falar com você sobre isso, mas não sei se vai gostar.
Any: o que exatamente gatito?
Poncho: é que agora que estamos casados e não pretendemos em hipótese alguma nos separar, e vamos ter um bebezinho agora, sabe, será se não seria melhor você deixar a emissora? - perguntou todo sem jeito.
Any: mas o que eu vou ficar fazendo em casa o dia inteiro sozinha?
Poncho: mas quando você tiver nossa filhinha você vai ficar super ocupada e cansada, e eu não quero que você fique sobrecarregada.
Any sorriu: eu sei amor. Vamos fazer assim, quando eu estiver com oito meses eu saio e não volto mais pra lá, é tempo suficiente pro Mendonza achar alguém pro meu lugar e eu vou poder ficar em casa com o nosso bebê.
Poncho: então tá, vou ficar mais tranquilo assim. - beijou a testa dela e fizeram o percurso de volta pra casa de campo.
Após o almoço, arrumaram suas coisas e duas horas depois chegavam em seu apartamento.
Quando saíram em lua de mel ele estava em reforma, mas finalmente ficou pronto.
Poncho: ficou perfeito né princesa?
Any: sim, temos mais espaço, mais quartos. Agora só falta decorar o quartinho do bebê.
Poncho: vai querer chamar outro decorador ou a gente vai fazer?
Any: o que você prefere papai? - se aproximou dele.
Poncho: eu prefiro a gente, quero que cada cantinho tenha o nosso jeito e o nossos gostos.
Any: então vai ser assim amor. - bocejou - Nossa! Tô exausta.
Poncho: vai tomar um banho e se deitar princesa, eu levo alguma coisa pra você comer e logo me deito também.
Any: tá bom.
Deram um selinho e cada um foi pra um lado.
Any tomou um banho longo e foi direto pra cama, estava cansada e com muito sono. Poncho apareceu em seguida, trazendo uma sopa e pãezinhos. Enquanto ela comia, ele também tomou um banho e se deitou ao lado dela.
Poncho: tá melhor meu amor?
Any: sim bebê, só com muito soninho. - bocejou mais uma vez.
Poncho: então deita e dorme princesa,  eu vou ficar aqui e assistir um pouco de tv.
Any: tá - se deitou no colo dele - faz carinho amor?
Poncho: mas que dengosa! - sorriu acariciando o cabelo dela - Viu bebê como sua mamãe é manhosa, e pelo que sei você vai ser como ela.
Any: eu também te amo Poncho.
Poncho: te amo pequena. - deu um selinho e acariciou a barriga - te amo bebezinha.
Any mal fechou os olhos e já estava dormindo. Poncho demorou um pouco, mas também acabou sendo vencido pelo sono.

Sempre Sua - Anahi e Alfonso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora