Já esperava por isso

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Assim que desceram do táxi, a porta da casa se abriu e Natalia correu pra recebê-los.


Nat: Maninho que saudades. - abraçou Poncho.


Poncho: também tava. - soltou do abraço.


Nat: Any que bom que veio! - abraçou a cunhada - Não aguentava mais aturar mamãe sozinha.


Any: bom te ver também, pelo menos uma mulher pra conversar comigo.


Se soltaram caminhando para a casa.


Nat: fiquei sabendo o que ela fez, Edu me contou. - seu olhar era de reprovação - Ela também pegava no pé do Edu quando o conheceu.


Any: não é só comigo?


Nat: Poncho não estava por perto na época, mas mamãe tornou as coisas bem difíceis pra mim e pro Edu, ela enfiou na cabeça que eu tinha que namorar o afilhado dela.


Any: assim como enfiou na cabeça que o Poncho é da Pragayanti. - falou sem perceber, Nat gargalhava - Ops! Falei isso alto?


Poncho: falou princesa, mas não liga o apelido vai fazer sucesso. - estava rindo também ao abraça-la.


Nat: esse é ótimo! Eu costumo chamar ela de testão ou cabeça de balão, além de grande não tem nada mais do que ar! - voltou a rir.


Any: Poncho, como você namorou esse ser que sua irmã descreveu agora?


Poncho: eu não namorei! Fiquei com ela duas ou três vezes depois de tomar um belo porre! E isso eu tinha dezessete.


Nat: só bêbado mesmo pra encarar aquilo lá. Por falar nela, sei que não vai gostar Poncho, mas...


Antes que terminasse a frase, Damayanti abriu a porta pra eles com um sorriso enorme no rosto, só não era maior que a própria testa.


Damayanti: Poncho que saudade! - foi abraça-lo, mas ele desviou.


Poncho: não acredito que dona Ruth desceu tão baixo.


Any: eu já esperava por isso.


Damayanti ficou sem graça com a reação de Poncho, mas não se deu por vencida.


Damayanti: e você quem é? - perguntou pra Any.


Any: é balão mesmo. - falou pra Nat que voltou a rir na hora - Seguindo por dedução, sou a noiva do Poncho.


Damayanti se sentiu boba pela pergunta, e sem ter mais o que falar deu passagem pra que eles entrassem.


Ruth: finalmente chegou! - se aproximou de Poncho - Falou com a Dama? Ela tava louca pra te ver.


Poncho: já viu, agora vou subir. - manteve a expressá séria, mas ao olhar Any se derreteu - Vem princesa.


Ele já estava subindo quando sua mãe o chamou.


Ruth: Poncho, seu quarto está arrumado, o da Ana é o de visitas do outro lado do corredor. - errou o nome dela propositalmente.


Ele parou de andar e lentamente se virou pra mãe.


Poncho: o nome é Any! E ela vai dormir comigo!


Ruth: não na minha casa. - cruzou os braços.


Poncho: pois bem. - desceu novamente - Nat, adorei te rever maninha, mas não dá.


Ruth: não dá o quê Poncho?


Poncho: pra ficar aqui com essa sua infantilidade.


Alfonso pai: o que tá acontecendo aqui? - perguntou entrando na sala.


Poncho: dona Ruth pra variar achando que pode controlar a vida de todo mundo, primeiro a palhaçada no aeroporto, depois a Damayanti e agora esse negócio de dormir em quarto separados. - falou bufando de raiva.


Alfonso pai: de novo isso Ruth? Dai-me paciência! Seu filho mal chegou e você já quer que ele saia? - perguntou tentando manter a calma - Any, perdão por tudo isso, Ruth às vezes perde a noção. Podem subir e se acomodar em seu quarto filho.


Any: tudo bem sr. Alfonso. - disse timidamente.


Alfonso pai: nada de senhor, se vai casar com meu filho tem que me chamar de sogrinho. - piscou pra ela.


Any sorriu: tudo bem sogrinho. - ela agarrou a mão de Poncho, feliz por pelo menos seu sogro ser legal.


Subiram as escadas e foram pro quarto de Poncho.


Poncho: ah qual é! - assim que entrou viu uma foto de Damayanti na mesa de cabeceira - É palhaçada demais!


Any: me dá isso. - falou séria.


Poncho só entregou, sabia que quando Any ficava daquele jeito não adiantava discutir. Seguiu ela até a sala onde todos estavam.


Any: deixaram isso no quarto do MEU Poncho. - jogou o porta retrato no colo da Damayanti - Obrigada querida, mas nessa época do ano ele não vai precisar de espanta moscas. - falou séria.


Damayanti ficou sem reação, Nat e Edu seguravam o riso e Ricardo já explodia em gargalhadas.


Poncho ficou quieto, só olhando a cena.


Ruth: como você ousa tratar minha convidada assim? - perguntou furiosa.


Any: perdão dona Ruth, mas não tenho sangue de barata correndo nas veias.


Deu as costas e subiu as escadas possessa.


Assim que entrou no quarto Poncho a abraçou por trás.


Poncho: o que foi aquilo minha linda?


Any: acesso de raiva, não tô conseguindo me controlar ultimamente.


Poncho: e o que eu posso fazer pra te acalmar um pouquinho e sorrir pra mim? - perguntou beijando o pescoço dela.


Any: tá no caminho certo. - sua voz saiu baixa - Mas acho que se fizermos amor agora, sua mãe vai farejar e subir aqui antes que me livre da sua camisa.


Poncho: ok, mas a noite você não me escapa.

Sempre Sua - Anahi e Alfonso (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora