Capitulo 4

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A conversa.

Ele me leva ate um corredor longe de tudo e de todos. Oque me deixa um tanto assustada, afinal não sabia oque ele queria comigo. Nem mesmo como descobriu o meu nome.

Mas algo nele era familiar. Seus olhos. Seu nome. Sera que eu o conhecia? Bem...vou descobrir isso agora.

Ele me levou em direção ao armário do zelador. Nós entramos nele e depois Aspen fechou a porta.

- OK. Pode me explicar oque esta acontecendo ? - Perguntei um tanto apreensiva.

- Claro que posso.- ele falou com um tom que não consegui distinguir.-Mas antes de tudo acho que você precisa saber o porque estou aqui. Bem...como eu já disse antes, meu nome é Aspen e....digamos que à alguns anos atrás nossas familias eram grandes amigas.- com isso ele deu uma pausa. Acho que queria ver minha reação. Não estava entendendo nada. A única família que MEU PAI considerava nossa amiga, era a família Leger, mas não os vejo a tantos anos...será que...?
Ele abriu a boca para continuar mas eu o cortei.

- você é Leger? Aspen...Leger? - perguntei ao me lembrar vagamente de um garotinho que brincava comigo quando era menor. Ele tinha olhos verdes, como os dele. Sera que realmente era ele?

Quando falei seu sobrenome, percebi que ele deu um leve sorriso e seus olhos brilharam.

-Sim, eu sou Aspen Leger.- ele afirmou ainda sorrindo. Não entendia a razão se sua alegria. Mas resolvi não perguntar.

Ele ficou por uns 20 segundos me observando. Oque me deixou perplexa. Logo depois ele sacudiu a cabeça um pouco e disse :

- Desculpe a distração.- distração com oque? - voltando ao assunto. Vim falar com você sobre o seu pai.- meu pai? Como assim? Oque ele podia saber sobre meu pai?

- Oque você sabe sobre meu pai?- perguntei e sentir alguma coisa escorrendo por minha bochecha. Lágrimas. Mesmo depois de tanto tempo eu ainda não superei a morte dele. A sua ausência.

Aspen se aproximou de mim cuidadosamente, e limpou minhas bochechas das lágrimas. Essa atitude me assustou um pouco, não esperava que ele fizesse isso. Eu mal o conhecia.
Ele viu minha expressão quando as limpou, e logo recuou, como se estivesse envergonhado.

-Bem...respondendo sua pergunta.- ele estava um pouco nervoso.- Seu pai não morreu de uma parada cardíaca.- quando ele me disse isso, arregalei os olhos. Como assim meu pai não morreu de uma parada cardíaca ? Ele ficou louco?

- Seu pai foi assassinado. - ele falou calmamente. Mas eu não consegui evitar e mais lagrimas vieram.
- Oque você disse?- claro que eu sabia muito bem oque ele disse. Mas não consegui acreditar.- Meu pai...era um homem nobre e justo. - falei com um tom de firmeza. - ele nunca faria mal algum a ninguém... - antes que eu pudesse continuar ele me interrompe.
-Não disse que seu pai fez mal a alguem.- ele falou se aproximando de mim.- Muito pelo contrário, seu pai foi morto porquê era alguem que tinha opinião, que protegia as pessoas que amava, e...defendia o direito daqueles que não conseguiam se defender.- com isso ele baixou a cabeça e logo depois me encarou.- foi por isso que ele morreu. Por defender os outros.

Não estava conseguindo assimilar as coisas com clareza, como minha vida virou de cabeça para baixo em menos de oque? 3 Horas?

Tinha que saber mais coisas. Esclarecer oque estava acontecendo. Precisava de respostas.

Reuni forças para levantar a cabeça e erguer o olhar para encara-lo de frente. Quando o fiz me assustei um pouco porque ele já estava me encarando.

- Quem matou meu pai?- perguntei com uma mistura de : raiva, tristeza, e indignação.

- Eu não posso afirmar nada. Mas creio que o nome do homem que seja o responsável pela morte se seu pai, seja Clarckso.- ele respondeu com calma e raiva ao mesmo tempo.

Eu nunca ouvi falar em nenhum Clarckson antes. Mas se ele foi mesmo o culpado pela morte de meu pai, eu iria leva-lo a justiça. Custe oque custar.

- Não conheço nenhum Clarckson.- afirmei. Já não chorando mais.
- Duvido que conheça.- ele afirmou.- e digamos que não é nada fácil encontra-lo.

Quer dizer que ele já tinha começado a fazer as buscas por Clarckson? Afinal de contas porque um vizinho que eu não via fazia 15 anos esta me ajudando em algo tão...dentro da familia?

- Espere um pouco.- disse com firmeza e ao mesmo tempo com desconfiança- porque você esta me contando essas coisas? E porque quer me ajudar? Você quase nem me conhece!!!!- afirmei meio confusa. Ele me encarou por um instante, e depois baixou o olhar.

- Digamos...que eu fiz uma promessa. E te ajudar em relação ao seu pai, faz parte dela.- e disse e percebi um pequeno brilho em seu olhar.

- E como você sabe sobre tudo isso? A morte de meu pai!- disse olhando para ele.- e quem lhe garante que meu pai foi mesmo assassinado. Como pode ter certeza?

-Você se lembre que nossas famílias eram amiga?- assente - pois bem...antes de...meu pai morrer - sua voz fraquejou um pouco, mas ele continuou.- ele me disse do porquê termos nos mudado. E que ele se arrependia de não ter tido coragem para ajudar o sr. Singer. Ele também me disse que era para eu contar a você. E te ajudar.

Fiquei pasma com aquilo. Será? Meu pai foi realmente assassinado?

- Oque mais ele disse?- perguntei curiosa.
- Para eu não ter medo. E ser corajoso.

Quando eu ia fazer mais uma pergunta, escuto a campa tocar e nos levantamos do chão - acho que nenhum de nós nem mesmo prestou atenção que estava sentado no chão. Ele se levantou primeiro e depois me ajudou e levantar.

- Te vejo mais tarde?- ele perguntou me encarando de uma maneira que eu não consegui distinguir.
- Sim. Preciso de respostas.- afirmei a ele.
Logo depois fomos em direções opostas. E vi ele sumindo no corredor.

É parece que esse vai ser um ano letivo BEM LONGO, E COMPLICADO.

Andando pelo corredor, sentir algo brotar dentro de mim. Uma sensação diferente. Era pura raiva. Como alguem matou meu pai. Ele era um homem de familia e meu herói. Preciso encontrar o culpado, e fazer justiça.

Oque estão achando? Espero que estejam gostando. Deixe seu comentário e se gostar, deixe seu "goste"!!!!!!

Apenas Um Ponto FinalOnde histórias criam vida. Descubra agora