P.O.V : Aspen.
Eu a levei para o armário do zelador como havia planejado. Ela parecia um pouco assustada, mas não dei muita importancia a isso.
Caminhamos o tempo todo em silêncio. Enquanto andávamos eu tentava organizar na minha cabeça tudo oque diria para ela.
Afinal, não é todo o dia que você recebe a noticia que seu pai não não morreu de um ataque cardíaco, e sim assinado.Chegando la, Fechei a porta e ela começou a falar.
- OK. Pode me explicar oque esta acontecendo ? - Ela Perguntando um tanto apreensiva.
- Claro que posso- falei pausadamente -Mas antes de tudo acho que você precisa saber o porque estou aqui. Bem...como eu já disse antes, meu nome é Aspen e....digamos que à alguns anos atrás nossas familias eram grandes amigas.- com isso dei uma pausa, queria ver sua reação. Queria ver se ela se lembrava de mim. Não sabia porque o fato de ela lembrar de mim, seria tão importante. Mas eu com certeza ficaria muito feliz.
Ela não falou nada então eu resolvi continuar. Mas antes de falar qualquer coisa ela me interrompeu.
-você é Leger? Aspen...Leger? -
Ouvindo ela falar meu sobrenome, não pude evitar um sorriso - um leve sorriso.
Ela se lembrou de mim. Ela não fazia ideia do que aquilo significava pra mim.-Sim, eu sou Aspen Leger.- afirmei ainda sorrindo. Acho que foi tudo oque consegui dizer na hora. Se disse mais alguma coisa na quele momento soaria um tanto quando desesperado. Como por exemplo : não acredito, você lembrou mesmo de mim?!
Fiquei por uns 20 segundos a observando. Oque a deixou um pouco perplexa. Oque eu estava fazendo ? Foco Aspen. Foco. Não podia deixar transparecer oque eu estava sentindo por ela. Então disse :
- Desculpe a distração.- Ai. Droga, eu não acredito que acabei praticamente de dizer que estava distraído com ela. Precisava reverter essa situação - voltando ao assunto. Vim falar com você sobre o seu pai.
Ela fez uma cara de interrogativa. E então disse :
- Oque você sabe sobre meu pai?- sua voz saiu um tanto quanto embargada, e percebi que ela começou a chorar. Não pensei duas vezes, e me aproximei dela limpando sua bochechas molhadas. O gesto a deixou um pouco assustada. No mesmo momento em que percebi isso, recuei e me repreende mentalmente seu burro, você acabou de encontra-la e já a assusta?!
-Bem...respondendo sua pergunta.- estava um pouco nervoso.- Seu pai não morreu de uma parada cardíaca.- quando eu falei isso, ela arregalou os olhos. Devia estar pensando que eu estava louco.
- Seu pai foi assassinado. - falei o mais calmo possível, apesar de saber que em uma situação como essa eu não deveria estar calmo.
Quando terminei de falar, percebi que mais lagrimas escorriam por suas bochechas, tive vontade de abraça-la, de dizer que tudo ficaria bem. Mas é claro que eu não fiz isso.
Ela se encolheu no chão e abaixou a cabeça.
- Oque você disse?- Sua voz mais uma vez saiu embargada. Acho que ela não conseguiu acreditar no que disse.- Meu pai...era um homem nobre e justo. - falou com um tom de firmeza. - ele nunca faria mal algum a ninguém... - antes que ela pudesse continuar eu a interrompe.
-Não disse que seu pai fez mal a alguem.- falei me aproximando dela, me sentando no chão.- Muito pelo contrário, seu pai foi morto porquê era alguem que tinha opinião, que protegia as pessoas que amava, e...defendia o direito daqueles que não conseguiam se defender.- com isso eu baixei a cabeça e logo depois a encarei.- foi por isso que ele morreu. Por defender os outros.Ela enterrou a cabeça entre seus braços.
Eu fiquei encarando-a por uns breves instantes, eu imaginava a dor que ela sentia. Afinal também perdi meu pai. Ela levantou a cabeça um pouco e me encarou.
-Quem matou meu pai?- perguntou com uma mistura de : raiva, tristeza, e indignação.- Eu não posso afirmar nada. Mas creio que o nome do homem que seja o responsável pela morte de seu pai, seja Clarckson.- respondi com calma e raiva ao mesmo tempo.
-Não conheço nenhum Clarckson.- afirmou. Já não chorando mais.
- Duvido que conheça.- eu disse.- e digamos que não é nada fácil encontra-lo.Eu já tinha começado as buscas por esse indivíduo desde que meu pai o mencionou em seu leito de morte. Mas infelizmente não encontrei nenhum vestígio si quer.
- Espere um pouco.- ela começou um tanto apreensiva - porque você esta me contando essas coisas? E porque quer me ajudar? Você quase nem me conhece!!!!- afirmou meio confusa. Eu a encarei por um instante, e depois baixei o olhar.
- Digamos...que eu fiz uma promessa. E te ajudar em relação ao seu pai, faz parte dela.- disse, oque não era mentira, afinal eu prometi isso a meu pai. Mas agora não era apenas isso, não era apenas a obrigação de cumprir promessas, eu queria mesmo ajuda-la.
- E como você sabe sobre tudo isso? A morte de meu pai!- disse olhando para mim.- e quem lhe garante que meu pai foi mesmo assassinado. Como pode ter certeza?
-Você se lembre que nossas famílias eram amiga?- ela confirma - pois bem...antes de...meu pai morrer - minha voz fraquejou um pouco, mas continuei.- ele me disse do porquê termos nos mudado. E que ele se arrependia de não ter tido coragem para ajudar o sr. Singer. Ele também me disse que era para eu contar a você. E te ajudar.
Relembra a morte de meu pai doeu muito, mais do que eu pensei que doiria. Eu ainda precisava dele, e acho que sempre precisaria.
- Oque mais ele disse?- perguntou curiosa.
- Para eu não ter medo. E ser corajoso.Quem bom que a campa tocou bem na hora em que ela ia começar a falar. Porquê acho que ela iria me fazer mais perguntas, e eu não sei se conseguiria responde-las sem derramar algumas lágrimas.
Levantamos do chão - acho que não prestamos muita atenção para o fato de estarmos no chão.
- Te vejo mais tarde?- perguntei encarando-a de uma maneira que logo depois me repreende por demonstra .
- Sim. Preciso de respostas.- afirmou.
Logo depois fomos em direções opostas.Essa não era exatamente a resposta que eu queria mas...
Enquanto andava pelo corredor, comecei apensar em como ela reagiu. Ela era muito forte. Eu consiguia ver a força através dela. Mas mesmo assim, dava para perceber que ela estava muito machucada.
Eu precisava ajuda-la. Não importa como, eu precisava.
Iai oq estão achando? Digam suas opiniões e suas idéias, adoraria saber. Bjs
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Apenas Um Ponto Final
FanfictionEsta fic menciona os personagens de uma das minhas series de livros favoritos : A Seleção. Como seria a vida de America se fosse uma garota normal que muda de vida quando entra em uma faculdade? Quando se depara com um pequeno pedaço de seu passado...