Capitulo 9

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Lembranças e lágrimas.

Enquanto estou andando pela rua, sinto como se uma raiva incomparável tomasse conta de mim. Antes eu pensava que tinha perdido meu pai. Agora eu sei que ele foi arrancado de mim, e da minha família sem mais nem menos. ELE FOI TIRADO DE NÓS.

Enquanto ando reviso tudo oque Aspen me dissera antes.
*meu pai não morreu por um ataque cardíaco. Ele foi assassinado.
*o suposto assassino se chama Clarckson.

Tudo ainda esta muito vago. Eu preciso de fatos concretos. Preciso de respostas.

Nem percebi, mas já cheguei em casa. Abro a porta e me deparou com May - minha irmã mais nova- correndo em minha direção, e logo pulando em sima de mim me dando um forte abraço. Que eu logo retribuo.

- Iai, como foi o seu primeiro dia de aula? - May pergunta curiosa.

Eu gostaria de dizer a ela oque tinha acontecido. Gostaria mesmo. Mas não podia. E não devia. Então apenas disse :
- Corrido.- disse tentando disfarçar oque estava sentido por lembrar de tudo oque me foi revelado.
- Eu imaginei.- ela disse com um sorrisinho e logo foi se sentar no sofá.

Quando ela se sentou, eu tive uma ideia brilhante. Talvez minha mãe conhece esse tal Clarckson. Ela poderia me dar informações valiosas para encontra-lo.

- Cade a mamãe? - pergunto.
- Esta no quarto descansando.- May responde.
- OK, vou falar com ela!

Digo isso, e vou em direção ao seu quarto. Quando chego perto da porta ouso um choro. Eu sabia que seria ela a chorar.
A porta estava entreaberta então dei uma pequena espiada pela brecha.
Quando olhei vi minha mão segurando uma das camisas de meu pai e um porta retrato. Nesse mesmo instante sem eu ao menos perceber sinto uma lágrimas escorrer por minha bochecha.
Novamente pensei em tudo oque Aspen havia me dito. E senti meu sangue ferver.
Respirei fundo e contei ate 10.
Quando terminei meu corpo já estava mais calmo. Porem meu cérebro não, ele raciocinava tudo oque eu e minha família havíamos passado pela morte de meu pai. Nesse instante me enche de raiva, e revolta.

Abri a porta com cuidado e me aproximei da minha mãe.
- Mãe, você esta bem?- tinha certeza de que essa pergunta era desnecessária. Afinal eu já sabia qual seria a resposta.
Ela se levantou da cama, limpou as lagrimas rapidamente e depois me encarou.
- Filha eu...- sua voz estava embargada demais para ela continuar. Então eu simplesmente a abracei. Abracei-a com todas as minhas forças.

Apesar de não demonstra eu sabia que minha mãe amava muito meu pai. E ele a ela.

Ficamos um tempo abraçadas e eu faço carinho na cabeça dela e logo a solto.
- Desculpe filha...- ela falou com a voz ainda embargada.- eu devia ser mais forte. Devia animar vocês. Mas quem esta me animando são vocês.- ela disse e mais lagrimas vieram (de nós duas) - principalmente você América. - ela falou com um sorriso frágil.

- Papai gostaria de nos ver sorrir.- digo também com a voz embargada. Desde que o perdemos...eu não tenho dito papai, pois sempre que eu dizia essa palavra sentia um vazio imenso dentro de mim. E uma dor incomparável.

Eu e minha mãe conversamos um pouco ate que me lembro do verdadeiro motivo para eu ir vê-la. E resolvo perguntar :
- Mãe mudando um pouco de assunto... Você conhece algum Clarckson?

Quando pergunto isso vejo minha mãe ficar pálida. E começar a suar. Ela fica apenas calada e então de alguns segundos abre a boca com a resposta :
- Sim...- ela fala ainda pálida.- ele era...

Continua...

Oi pessoal oque acharam desse capitulo. Espero que tenham gostado. Comentem suas opiniões. Bjs

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