Capítulo 4

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Pai: Por favor, não machuque eles...
Zack: Isso só depende de você. Fala, Alana.
Eu: Pai... faz o que ele quer... sério, ele já me cortou... faz o que ele quer... o Mathew está no quarto e o Mathias foi machucado mais seriamente, e está se recuperando. Não brinque com ele, por favor...
Pai: Alana, querida! Pergunta o que ele quer...
John: Chegou onde eu queria. Hoje, eu quero dez mil. Vou pensar no que vai ser amanhã.-nisso, soltou uma risada diabólica.-E não adianta rastrear o chip. Vai ser descartado. Até mais.

Desligou e olhou pra mim.

-Bom trabalho, Alana. Volta pro quarto.
-Eu... quero ver o Mathias.
-Vou mesmo ter que repetir? Volta pro quarto.

Fui obrigada a voltar.

-E então?
-Falei com seu pai.
-Que também é seu pai.
-Não considero ele como pai. Foi embora quando eu tinha três anos e não voltou mais. Só ligava. Por isso não considero ele.
-Ele fala tanto de você.
-Ele nunca disse que eu tinha irmãos.
-Não sei o motivo, mas...
-Entra.-era Hugo. Ele trouxe Mathias.
-MATHIAS!-Mathew gritou e foi a encontro do irmão.-Estava tão preocupado com você... está bem?
-Estou.
-Thias...-abracei, pois também me preocupei com ele.
-Oi, Alana.
-Lindo reencontro de família. Agora, sentem aí e não façam barulho.-Hugo era mais mal-humorado do que parecia. Saiu e nos deixou sozinhos denovo.

(...)

-CALADO!
-Eu só quero ir embora...
-Já mandei ficar CALADO!-aquilo ecoava por todo o corredor. John ficou mais agressivo do que era. Parece que Ruy acionou a polícia. Eu e Mathias ficávamos ainda mais angustiados quando Mathew gritava. Era demais pra nós. Nosso irmão estava sofrendo por causa do Ruy, pois foi ele que fez coisas que não devia. Logo John chegou na porta.

-Mathias. Vem.-agora acabou. Levou minha companhia.-Logo será sua vez.

Tremi ao ouvir aquilo. Em seguida, gritos e mais gritos chegavam a mim como um alerta, um aviso do que iria acontecer.

-Alana, vamos.

(...)

Acordei toda dolorida. Estava amarrada em uma cama. Ao meu lado, meus irmãos. A cada movimento, mais dor. Meus braços e pernas estavam todos cortados, assim como os deles. Ficamos lá por um bom tempo. Meu estômago doía, pareceu que eu não comia a dias. Zack chegou na sala muito estressado.

-Come isso.-me entregou um pote com uma espécie de sopa cremosa.-Vamos, garoto! Levanta!-entregou mais um pote para os meninos. Comemos.-Para ficarem cientes da gravidade, vocês ficaram assim por uma semana.

Nos olhamos. Uma semana... tempo suficiente para eles nos soltarem. Mas não aconteceu. Ficaremos lá por muito tempo, segundo Zack. John continuava agressivo de uma forma absurda.

-Vão tomar banho. E rápido, não estou com paciência hoje.

Fomos para os banheiros. Haviam roupas nos cabides. Tomei meu banho e me vesti. Saí para a sala.

-Ótimo. A enrolada chegou.-John disse e borrifou um tipo de perfume em mim.-Vamos. Já sabem que tentar fugir é inútil.

Eu, John e meus irmãos fomos em um carro. Hugo e Zack foram em outro.

SequestradaOnde histórias criam vida. Descubra agora