Capítulo 1

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Essa é a minha primeira adaptação.. Então se ela não ficar boa podem xingar a vontade

Ps: Eu não sou uma pessoa que revisa, então se tiver algum erro desculpe..

Boa Leitura..

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O asfalto era uma mancha negra sob os pés de Louis quando trocou a corrida esportiva por uma fuga pela vida. Na umidade tropical da noite de verão, todo o corpo se cobriu de suor. Consciente das respirações frenéticas atrás dele, forçou-se a não sentir a dor do esforço.

Fuja, não deixe que o peguem.

Não conhecia aquele bairro, mas sabia que era a linha de demarcação onde os subúrbios se encontravam com a região industrial no norte de Twin Cities. Não era o melhor lugar para um homem sozinho correr, especialmente com as luzes das ruas queimadas. A única iluminação vinha dos anúncios de néon de uma fileira de boates apertada entre armazéns de quatro e cinco andares.

Aumentando a velocidade e ignorando a dor nos tendões das pernas, subiu na calçada. Graças a Deus não escorregara; eles o pegariam e o roubariam ou morderiam ou...

O que eram ? Tinham dentes, dentes longos. Haviam rosnado e exibido as presas. Quando começara a correr, deram-lhe uma dianteira, rindo, como homens faziam quando queriam amedrontar um menino. Rezara para que apenas ficassem lá e não a perseguissem, mas sua oração não fora atendida.

Estavam perto, os pés batendo no asfalto no ritmo de seu coração disparado. Jamais seria capaz de fugir deles. Mas talvez pudesse se esconder. A direita, na esquina, um armazém escuro parecia chamá-lo, as imensas portas duplas abertas.

Louis correu para dentro e, tarde demais, percebeu seu erro. Caíra numa armadilha, ninguém a ouviria gritar. Os pulmões prestes a explodir, lutou para se manter sobre as pernas trêmulas.
A escuridão era tão intensa que mal podia perceber as paredes em torno, as janelas como bocas sem dentes abertas contra o céu negro. Massas escuras de grandes objetos empilhados o obrigaram a andar com mais cuidado.

Pisou numa tábua solta e perdeu o equilíbrio. Os braços batendo no ar, virou-se, tentando evitar uma queda. Mas não conseguiu.

Antes que atingisse o piso de concreto, mãos fortes o agarraram pela cintura e o puxaram para a escuridão.

O homem que o segurava respirava pesadamente, como se estivesse tão cansado como ele. O hálito quente lhe atingiu o rosto. O cheiro era fortemente masculino, terreno. Não era um dos perseguidores de dentes longos, mas não conseguia saber se estava a salvo.

Os braços fortes o apertavam, circulando-o, mantendo-lhe os braços presos. Ele recuou um passo, puxando-o para um ponto ainda mais escuro. Uma janela à esquerda, fechada com tábuas mal pregadas, deixava entrar tênues raios da lua crescente. Uma farpa de madeira lhe feriu o ombro e um prego lhe agarrou a camiseta, Louis lutou.

- Solte-me. Quem é você ?

- Eu o salvei daqueles idiotas loucos lá fora. Não vai me agradecer ?

- Se me soltar.

Ele roçou o nariz em sua testa, como se lhe sentindo o cheiro.

- Acho que não.

A intensidade dele agora o amedrontava mais que seus caçadores. Os braços apertados em torno de seu corpo, ele o estudou, como ele também o estudava. O rosto a milímetros do dele, a postura agressiva. Ombros largos e quadril firme contra o dele. Era duas vezes mais largo que ele e uma cabeça mais alto. Todo músculo e poder. Maior que todos os parceiros de dança com quem se apresentara durante anos.

Beijo Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora