Capítulo 6

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Ao chegar em casa, Styles encontrou um enorme sanduíche de peito de peru sobre a bancada da cozinha. Deus abençoasse Niall, cozinheiro e mordomo que trabalhava para ele há vinte anos.

Não era apenas uma grande cozinheiro, mas também compreendia suas manias e sabia quem e o quê ele era. Trabalhava de segunda a quinta-feira, do meio-dia até terminar tudo, e se recusava a morar com ele, apesar das muitas tentativas de Styles. Tinha uma família, assim ele compreendia.

Devorou o sanduíche e tomou dois copos de água. Jamais ficava sem apetite. Adorava carne e gastava calorias em excesso, assim não precisava temer problemas de pressão. Além disso, ainda era jovem.

Com pouco mais de noventa anos, Styles vivera menos de um terço da expectativa de vida média de um lobisomem. Três séculos eram mais do que o bastante. Não era imortal e se sentia grato por isso.
Sofrera muito em seu quase um século de vida. Virá horrores e participara de outros, amara apenas uma vez... Um amor impossível. E isso lhe ensinara a ser cauteloso sobre o amor.

Até tomar o adorável Louis Tomlinson nos braços. A princípio, quisera apenas mantê-lo a salvo dos vampiros e depois liberá-lo para nunca mais vê-lo. Deixou o prato vazio na pia e foi para seu escritório.

Engraçado como a vida jamais segue os planos feitos por um homem, pensou. Não precisava da distração que era um homem sexy.

Vivia uma vida simples, mas estava sempre ocupado com compras de propriedades. Comprava sistematicamente terras de florestas nas regiões ao norte do estado, a maioria terras devolutas.
Se pudesse, compraria todas, mas havia as reservas indígenas e não podia lhes negar o direito de aumentarem seus territórios. Estava perto de começar a preparar uma reserva para lobos. Nesse momento, um arquiteto de Minneapolis desenhava o projeto de acordo com as especificações de Styles.

O sonho de uma vida inteira, a reserva protegeria aqueles que considerava seus parentes mais próximos no reino animal.

As matilhas de lobo eram poucas em Minnesota, graças aos fazendeiros apavorados que atiravam indiscriminadamente em lobos que se afastavam das matilhas, e de caçadores em busca de um troféu para montar e exibir para amigos.

Se pelo menos houvesse uma forma de proteger sua espécie de vampiros. Além de se unirem em diversas matilhas e se fortalecerem contra os presas longas, ou se aliarem aos sanguinários bastardos, era melhor que um lobisomem vivesse sozinho.

Havia algumas matilhas que participavam do esporte sangrento... Uma retaliação cruel contra os vampiros... Mas Styles não aprovava a violência sem sentido.

Embora fosse membro, há anos Styles não participava das reuniões do conselho. Era um conglomerado de representantes das diversas nações paranormais - vampiros, bruxas, lobisomens, fadas, elementares e outros. Tentava construir a paz entre as nações e defendia a tolerância.

Nenhum humano fazia parte do conselho. Humanos eram apenas distrações para os paranormais, a serem evitados por lobisomens.

Poucos os consideravam uma necessidade, menos os vampiros.
E, no entanto, Styles não combateria a atração de seu corpo por aquele homem; não sentira tanto desejo desde, bem, desde Nick.

Com Nick fora diferente, o laço entre eles tinha sido próximo, amigável, como família. E, ao mesmo tempo, não fora. Ele se sentira sexualmente atraído por ele, mas ele não, embora soubesse.

Pegou o porta-retratos da estante atrás da escrivaninha e observou o rosto emoldurado por cabelos vermelhos, com um sorriso tão brilhante que doeu saber que ela não fazia mais parte de sua vida. Passou o dedo sobre o rosto e disse:

Beijo Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora