Capítulo 5

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Depois de um longo banho de chuveiro, Louis apagou todas as luzes do loft. A iluminação da rua sempre lançava um raio de luz amarela no chão e essa noite se sentiu confortado por isso.

Depois de tudo que acontecera, mal podia esperar para se deitar. Mas, a caminho da cama, parou numa janela e afastou a cortina.

A conexão dos olhares a assustou, mas não se virou. Styles estava sentado do outro lado da rua, num banco do ponto de ônibus.

Seu guarda-costas pessoal.
Seu perseguidor pessoal.
Que era um lobisomem.
Devia estar horrorizado, mas tudo o que sentia era alívio.

Procurou, mas não viu nenhum vampiro escondido sob as árvores no parque em frente. Não que pudesse saber quem eram, mas, de qualquer forma, se estivessem lá, estava contente de ter um protetor perto.

Louis acordou com a luz do sol. Como era fim de semana, tinha o dia todo para pensar sobre seu estranho mundo novo.

- Preciso ligar para Zayn.

Começou a se dirigir para o telefone, mas parou à janela para olhar para o outro lado da rua. O banco estava vazio. Vampiros não saíam durante o dia, assim seu protetor se fora.

Como poderia aceitar tudo aquilo com tanta calma ? Perguntou-se enquanto pegava o telefone e discava. Porque tivera provas.

Tommo, Zayn o chamava com frequência, quando não usava o apelido Boo. Sempre disposta a ver o bem, mesmo quando em meio à maldade. E, se lhe mostravam a verdade, acreditava nele. Era perda de tempo negar o que testemunhara.

- Zayn, como você está ?

- São dez horas, Louis, como acha que estou ?

- Você geralmente está de pé às oito. Oh, não, você não gosta mais das manhãs por causa do seu namorado ?

- Podemos discutir isso mais tarde ?

- Certo, mas precisamos conversar. Styles disse alguma coisa ontem à noite que me fez pensar sobre seu namorado. Estou com medo por você, Zayn.

- Styles ? Quem diabos... É o seu lobisomem ?

- Ele não é o meu lobisomem.

- É mesmo ? Bem, não comece nada com o cara. Sempre imaginei você caminhando um dia pela igreja para se casar com um mortal. E sabe como tem medo de cachorros.

- Nem precisa me lembrar.

Preparara sua rota de corrida para evitar casas com cachorros atrás das cercas. Cachorros grandes, pequenos, não importava. Tinha um medo enorme deles.

- Escute, Louis, vamos nos encontrar no Moonstone às seis, está bem ?

Era o restaurante favorito deles e ficava a apenas alguns quilômetros de sua casa, na mesma rua.

- Certo, até mais tarde. O último a chegar paga a conta.

Agora, um bom exercício de natação na piscina. Abriu a porta do pátio e saiu para um belo dia de verão. Pássaros cantavam e a grama estava tão verde que parecia artificial. Tudo parecia bem, na verdade, devia ter sonhado que seu mundo estava de cabeça para baixo.

Saindo de box e camiseta, Louis jamais se preocupara que alguém pudesse vê-lo. O muro de três metros de altura e o fato de que vivia no alto da colina lhe garantiam a privacidade. E os proprietários dos andares inferiores tinham vista apenas para a rua do outro lado do prédio.

Pegou a barra da camiseta e a tinha puxado até as costelas quando alguma coisa pulou a cerca e caiu graciosamente, uma das mãos no chão numa postura predatória.

Beijo Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora