Estava sendo um canalha. Dois dias haviam se passado desde o ataque e Styles usara as desculpas de instalar novas janelas, verificar os terrenos e renovar o estoque do arsenal para limitar seu tempo com Louis.
Inferno, queria ir para ele, abraçá-lo, beijá-lo, fazer amor com ele e encontrar de novo seu lugar dentro dele. Mas o cheiro de vampiro persistia e não queria que soubesse que o repugnava. De uma certa forma, era verdade e não era. No entanto, sabia que era estupidez pensar que ele não sentia sua relutância.
Racionalmente, sabia que nada mudara entre eles. Era o mesmo garoto a quem amava, que queria que fosse seu companheiro pelo resto de suas vidas. E logicamente, seu cérebro o considerava repulsivo. Encolhia-se cada vez que via a marca vermelha em seu pescoço, que já estava desbotando.
Vampiros haviam matado cruelmente seus pais e o escravizado. Guerrearam contra as bruxas sem nenhum respeito pela vida humana. Vampiros eram criaturas malignas e nojentas.
E logo Louis se tornaria uma delas.
Não podia afastá-lo, porém sabia que ignorá-lo era muito pior. Precisava dele tanto quanto ele precisava de Louis. Não era vampiro ainda. Se não pudesse aceitá-lo agora, como poderia, depois que se transformasse ?Porque estava começando. Na noite anterior, ele gemera no sono, um gemido profundo, ansioso, que não era sexual. A fome de sangue começara a se infiltrar em seu sistema. Cada noite, depois que Louis dormia, ficava sentado na poltrona do quarto, sem dormir. Não dormia havia dias e, embora exausto, continuaria a vigiá-lo. Para descobrir mudanças, para saber suas necessidades.
Beije-me.
Ele dizia isso todas as noites antes de entrar debaixo dos lençóis. Mas não olhava para ele, como se soubesse que não lhe encontraria o olhar. Idiota !
Não seria vítima de pensamentos tortuosos. Seu cérebro o convencera de uma coisa irracional. Faria o melhor que pudesse, precisava fazer. Quanto mais tempo ficasse longe dele, mais se separariam. Ele o queria e iria para ele.
Sim, ele o beijaria e tudo seria como sempre fora. Ou preferiria morrer.
Louis procurou na gaveta de moletons. Normalmente dormia nu, mas vinha usando pijamas porque ultimamente sentia frio na cama.Styles estava dormindo na poltrona, assim não o roçaria por acidente. Provavelmente achava que ele não sabia, mas estava consciente, durante a noite, quando seu sono era leve, que ele o observava. De longe.
Estremeceu e segurou uma vontade desesperada de chorar. Pensou que tinha coisas mais importantes para pensar do que no namorado confuso. Como descobrir uma forma de lidar com o que estava se tornando. Podia sentir as mudanças.
Colocou um dedo na base do pulmão, onde o anseio começara. Era uma queimadura, uma ânsia que precisava ser satisfeita.
A fome de sangue, pensou, o lábio inferior tremendo. Não queria fazer aquilo, não queria beber sangue. Seria muito mais fácil... Se tivesse apoio. Uma lágrima desceu.
- Louis ?
Tirando o enorme moletom preto da gaveta e segurando-o contra o corpo nu, ele se virou e viu Styles em pé no outro lado da cama.
Calça de couro, peito nu, tão bonito.
Mas não era mais dele.- Alguma coisa errada ?
- Sim, tudo - disse ele, um suspiro erguendo-lhe o peito.
Contornou a cama e se aproximou. Não ficava tão perto há dias.
Lentamente, ergueu uma das mãos e passou um dedo pelo braço de Louis. O calor dele, seu cheiro másculo o tomaram, a pele tensa em antecipação.
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Beijo Da Lua
RandomEm fuga de vampiros sedentos de sangue, Louis Tomlinson foi parar direto nos braços de um lobisomem. E agora ele experimentava a linha tênue entre o medo e o desejo... Como homem, a sensualidade de Styles o atraí. Como fera, seu apetite insaciável o...