Diamante Negro

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Oh! Lápis que empunho em minha mão, criador de estórias, de vidas, de contos, de mundos, paisagens e universos. O nobre grafite que com seu breu constrói que nas mãos do poeta se torna deus, lápis, tu que tem a capacidade de criar mas sem a mão que o descreve e dá vida, vida nenhuma poderia criar, o que seria de ti sem mim e o que seria de mim sem ti. Tu não serias nada a não ser um pedaço de madeira que acabaria em mais uma lixeira nas esquinas da vida. Eu sem ti não poderia expor quem sou e quem penso ser, seria mais um abandonado sem consolo numa esquina. Então quem sabe assim não nos encontraríamos e poderíamos dar vida um ao outro. Talvez nosso destino seja, para sempre estar juntos, meu querido e amado lápis, quem dera se pudesse me falar quem eu sou e quem tu és, quem me dera se você fosse vivo para me dizer, mas sou eu que lhe dou vida a vida que desejo ter. Pobre lápis, meu melhor e mais calado amigo, que me consolas em tristes horas, que me ajuda a esclarecer as dúvidas que tenho, a expor meus sentimentos e descrever meu cosmos. Quão triste deve ser sua vida, devotado a um tolo, sem poder nada dizer, meu querido lápis quem me dera poder te entender e sobre sua vida escrever. Quão triste sua vida deve ser, uma vida que constrói e brevemente na lâmina se desfaz.

Oh! Meu querido e amado lápis...

Não fazes ideia do quão feliz me faz.

Meus Meros Devaneios Tolos-PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora