Amante

27 4 0
                                    


O único poeta morto sou eu

morto em meus devaneios

loucos como os seus

minha amada solidão

solidão na alma

em todo lugar

rodeado de outros mil

que sabem tudo

quem dera eu 

ser como eles

Absoluto

e não como sou

metamorfo

um ser simples

em constante mutação

que me deixa só

com minha amada solidão

pois a mim poucos

acompanham

e mesmo os poucos 

que perto estão

ainda não entendem

por isso vivo eu

e minha amada solidão

quem dera eu poder trazer

um deles comigo

como seria bom ter um amigo

aí, então, eu e a solidão

não estaríamos sós

pois entre nós

haveria alguém

enquanto isso não acontece

vivo nesse espaço 

eu e minha paixão.



Meus Meros Devaneios Tolos-PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora