Série sem título#13

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Pobre número injustiçado

Maldito

Maldizido 

Pobre coitado

Que assume a responsabilidade do azar

E das probabilidades negativas

O número temido pelos supersticiosos 

Pobre coitado

Que têm natureza tão soturna

Como a dos homens são 

Na verdade até pior

E o pobre coitado é o culpado

Pobre número injustiçado

Por estes criminosos

Que dizem dele ser a culpa do azar

O amável número que transmite

Toda a natureza humana

O belo e nobre número da solidão

Que na verdade é a realidade de nossos corações

Melancólicos

Poetas tolos de noites boêmias 

Românticos incorrigíveis 

Tolos homens como eu sou

Que nos devaneios dos platonismos se perde

Que tolo e hetério ser

 Que maldiz a um número

Seu sofrimento e seus desprezos 

A válvula de escape de sua dor

Pobre número sem culpa

O 13

Sem fim

O culpa dos homens 

O meu ser sem mim

A dor do coração que não pode ser curada nem por um serafim

O número amado sem igual

Que é dito horrível mais não sai 

do seu imaginário

nada anormal.

Pobre número como os homens é

E na verdade não

Pois é só um número

Fruto de devaneios desvirtuosos

Atribuídos a ti Sem razão.

Meus Meros Devaneios Tolos-PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora