A Amante.

4# Esporro paterno.

-Desculpa, Luca, eu estava me divertindo tanto que nem reparei na hora.
Vanessa estava ao lado dele prendendo o riso e eu mordendo os lábios por estar tomando esporro com 25 anos.
-Amor, chega disso, ela tem 25 anos.
-É amor da mana... -Falei com uma voz fofinha e ele suspirou, revirando os olhos.
-Tudo bem, mas na próxima você verá!
-Oh papai, sinto muito. -Subi as escadas correndo e suspirando toda boba, Felipe era um amor.

~Um mês depois~

Eu e o Lipe estavámos saindo frequentemente, ele me chamando de tudo quanto é apelido, princesa, anjo, amor, boneca e eu estava adorando.
Eu ia quase todo dia pra casa dele e aquela mulher me intimidando ainda mais.
Cheguei a pensar que ela tinha um crush no meu amor, mas descartei essa opção.

-Anjo, não vou poder te ver hoje, vou na casa da minha mãe em Lisboa, e volto semana que vem... -Falava pelo telefone.
-Nem um beijinho? -Perguntei triste.
-Quem derá, minha mãe está pegando no meu pé, não visito ela faz três meses.
-Tudo bem, vou ficar com saudades, Lipe.
-Eu também, meu amor, quando eu voltar eu juro que te recompenso.
-Hmmm, então tá bom! Vou te esperar e olha, me liga, tenho una surpresinha pra você hoje a noite.
-Por telefone? O que?
-Pensei que você fosse mais esperto. -Depois de segundos ele gargalhou.
-Você é metade anjo e metade demonio, garota.
-Você adora isso, que eu sei.
-Adoro sim, e vou continuar adorando pra sempre. -Meu sorriso se alargou mais ainda.
-Tchau, Lipe.
-Tchau, amor. -Desliguei e fui tomar banho, hoje eu estava de folga, então eu ia sair com os meus pombinhos.
-LUCAAAA! -Gritei e ele apareceu semi nu no meu quarto com uma expressão assustada, acho que eu atrapalhei a trepada de alguém.
-O que houve?
-Vamos sair? Hoje eu to de folga!
-Claro, antes deixa eu terminar meu trabalho? -Assenti e ele saiu do quarto, coloquei um vestido soltinho e uma sapatilha e mandei um foto pro Felipe.
Logo ele estava me ligando, fiquei confusa e atendi.
-Tira esse vestido e coloca uma coisa que esconda suas pernas. -Ele falava com raiva.
-Está tudo bem Felipe?
-Anjo... -A voz dele se acalmou e eu me sentei na cama preocupada.
-Oi, Lipe, aconteceu alguma coisa?
-Esse vestido está muito curto, morena.
-Meu vestido está dois dedos acima do joelho, Felipe, tá louco?
-Então coloca um short por baixo.
-Até longe você é controlador. -Resmunguei.
-Eu escutei isso, Ana.
-Que bom! -Ele riu e eu sorri.
-Vai colocar o short?
-Sim, ogro.
-Acho bom! Agora eu tenho que ir, beijos.
-Beijos.

Felipe era muito ciumento, depois que transamos ele ficou mais ainda, como se eu fosse propriedade dele, e eu não gostava muito daquilo.
-E esse sorrisinho aí? -Eu não havia contado para Vanessa sobre Felipe, achei que seria apenas mais um de meus casinhos.
-Nessa, vem cá.-Ela se sentou na cama e eu suspirei. -E o Luca?
-Tá tomando banho, entrou agora, pode relaxar.
-Eu estou enrolada.
-Como assim?
-Com um cara, estou me envolvendo com ele faz um mês.
-Bateu seu record! Quem é o sortudo?
-Felipe Ferraz! -Falei sorrindo e seu rosto pareceu morrer, o sorriso empolgado que tinha sumiu.
-O que foi, Nessa?
-É... Eu lembrei que tenho que tomar a pílula, eu não usei camisinha hoje.
Fiz cara de nojo e falei pra ela correr, agora eu estava mais aliviada, pois minha amiga sabia do meu peguete.
Eu estava apaixonada, era evidente.
Com um mês juntos Felipe conseguiu me fazer apaixonar por ele.
Ele era perfeito.