For The First Time, I Don't Care

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Esses dias vêm sendo bem agitados. Minha cabeça não anda muito organizada, embora eu tente de todas as formas direcioná-la para o que realmente importa. Minha melhor amiga está há poucos passos de ser expulsa da faculdade por roubo de provas e meu namorado parece estar desesperado para resolver isso, parece muito? Não é, porque além disso, eu sinto que ambos estão me escondendo algo. Isso sim, é o mais frustrante.
Estou sentada à beira do lago as 2 da manhã de uma quarta feira. Deixei a Iz dormindo no quarto e vim para cá tentando achar alguma solução, talvez ela esteja escondida atrás de um arbusto, quem sabe? Seria muito mais fácil.
Escuto um ruído atrás de mim e rapidamente me levanto, pensando ser algum bicho ou alguém bêbado (sim, tem gente bebem em pela quarta feira). Encaro o escuro por alguns momentos, até uma voz surgir no meio do vazio.
- Eu acordei e queria falar com você, fui até seu dormitório e só a Iz tava lá, presumi que estaria aqui, você costuma vir aqui as vezes. – ele falou vindo até onde eu pude vê-lo.
- Me assusta o fato de você me conhecer tão bem, mas estou feliz que tenha me encontrado. – virei-me novamente e sentei.
Esperei o Harry se juntar a mim do meu lado. Ficamos em um silêncio confortável por uns minutos, apenas nossa respiração, nossos pensamentos e uma coruja em algum lugar. A risada abafada do Harry invadiu meus ouvidos, me virei para achar o motivo da risada e encontrei um par de olhos verdes me encarando.
- Eu acabei de me lembrar de uma coisa. – ele disse olhando para o lago e depois voltando- se para mim – Me responde algo: por que você vem para cá?
- Não sei, é meio que inconsciente, eu ando e acabo vindo parar aqui. Por que? – respondi intrigada.
- Você não sabe que lugar é esse? Não lembra? – ele disse
Olhei ao redor procurando algo familiar, mas estava escuro e não consegui ver detalhes.
- Sério isso? – ele revirou os olhos – Vou dar uma dica. Chuva.
Olhei novamente para trás e uma lembrança invadiu minha mente:
"Corri em direção à chuva, talvez toda aquela água limpasse a tristeza da minha alma, eu teria continuado a correr se uma mão não tivesse puxado meu braço. Eu girei meu corpo e me deparei com um braço ao redor da minha cintura me puxando para mais perto, mais perto, mais perto. Em segundos a menina que corria sozinha na chuva se transformou em duas pessoas perigosamente próximas uma da outra. "
Como pude esquecer? Normalmente é a garota que lembra dessas coisas, mas com tudo aquilo eu esqueci do meu primeiro beijo com o Harry e o quão perfeito e clichê ele foi.
- Pela sua cara você lembrou. – ele falou sorrindo.
- Claro que sim. – disse me aproximando e dando um selinho nele.
- Le, você só vem aqui quando está tensa. – ele disse olhando ao redor. – Você vem aqui querendo segurança e tranquilidade, por causa das lembranças desse local. Mas de que adianta vir aqui sem a pessoa que te ajudou a criar essas memórias? Ou melhor: de que adianta vir aqui se não formos criar outras lembranças boas? Me deixe te ajudar.
Quando ele terminou de falar estávamos bem próximos, nossas respirações se misturavam e nossas bocas imploravam por contato.
- Não precisa pedir duas vezes. – falei e o beijei.
O beijo foi rapidamente correspondido e todos os meus problemas pareceram sumir. Ficamos ali por mais um tempo, eu e ele. Nos beijamos, rimos, conversamos, deixamos o silêncio nos visitar. Depois ele me levou até meu quarto, nos despedimos e eu fui deitar, eram 4 da manhã. Para minha sorte eu só tinha uma aula de manhã, então poderia perdê-la, dormir até 11 e assistir as aulas de de tarde.
Puxei o cobertor e parei para pensar naquela situação inesperada com o Harry. Talvez a resolução dos meus problemas não estivesse atrás de uma planta, talvez ela estivesse atrás de mim, o tempo todo. E, então, me permiti adormecer.
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Fui acordada pelo barulho insistente do meu toque de celular, olhei para a cama da Iz e percebi que ela já tinha ido para a aula. O quarto ainda estava escuro por conta das cortinas, meu celular brilhava e vibrava desesperadamente esperando eu atendê-lo. Peguei o telefone na minha cabeceira e olhei quem estava me ligando, era o Niall. E percebi que tinha três chamadas não atendidas: uma da Iz e duas do Harry. Deslizei meu dedo pela tela e atendi o irlandês.
- Olá, Leah! Eu te liguei para saber onde você está, porque daqui a pouco temos aula e não te vi pelo campus hoje. – pelo barulho do outro lado da linha percebi que ele estava caminhando.
- Eu não para a primeira aula, estou muito cansada. Obrigada pela preocupação, nós nos vemos de tarde, Loiro. – falei deitando na cama de novo.
- Erh... Leah, você não foi para a aula de manhã... e também não pareceu no refeitório no almoço. Uma pergunta básica... Você já sabe que horas são? – ele disse e parecia estar se divertindo com tudo aquilo.
Me desesperei e tirei o celular do ouvido para ver que horas eram. Já eram uma e quinze da tarde! Eu tinha aula de geometria do outro lado da universidade em 15 minutos. Coloquei o telefone novamente na orelha para responder o Niall.
- Meu Deus, tenho só alguns minutos para me arrumar e atravessar a ponte, obrigada por me ligar, de verdade. Preciso ir, nos vemos daqui a pouco. – falei saindo da cama e pegando umas roupas no armário. – Obrigada mais uma vez, até logo! – desliguei a ligação e coloquei o telefone dentro da minha bolsa enquanto vestia minha calça jeans.
Eu nunca fui de acordar cedo, sempre acabava acordando faltando poucos minutos para ir para o colégio, por conta disso adquiri a incrível capacidade de me arrumar em minutos. Quando saí do prédio de dormitórios faltavam 7 minutos para a aula começar e eu ainda tinha metade de uma universidade para percorrer.
Esbarrei em várias pessoas ao longo do caminho, eu estava correndo igual a uma louca para tentar chegar a tempo na sala. Quando avistei o prédio algo me deu mais velocidade ainda, eu não olhava para mais nada além do meu objetivo na minha frente e, infelizmente, isso me causou uma esbarrada dolorosa com alguém que estava passando pela frente do prédio. Eu derrubei tudo que estava na mão do garoto, então me abaixei rapidamente para pegar as coisas do chão, quando levantei e realmente olhei para a minha "vítima" percebi que era o problema em pessoa, Louis Tomlinson. Ao vê-lo a vontade de me desculpar tinha até sumido, infelizmente, ainda não virei uma completa mal educada.
- Foi mal – uma vontade de vomitar me subiu a garganta, mas tentei agir normalmente, eu tinha outros planos no momento.
- Ora, ora, eu achava que você estaria com raiva de mim por conta dos recentes acontecimentos, mas não achei que se atiraria contra mim, Leah. – ele falou com aquele sorriso de desdém no rosto. – Se se sente atraída por mim, era só falar, nós daríamos um jeito, não precisava apelar. – ele finalizou sua ironia com uma piscada.
- Você é nojento. – revirei os olhos. – Eu nunca ficaria com você, quanto a isso não precisa se preocupar, mas pera... "recentes acontecimentos? " Que eu saiba você levou um murro do Harry há mais de um mês. Seu controle cronológico é bem ruim.
- Aquele episódio foi lamentável, mas me magoa pensar que você ainda acha que ligo para aquilo. – e lá estava o sorriso sarcástico de novo – Estou falando da pré expulsão da Izzie, esse que é o acontecimento ao qual me refiro.
- Eu estou sabendo disso, acho que a escola inteira está, Louis. Mas que diabos você tem a ver com isso? E por que eu teria mais raiva de você? Se é que é possível. – eu disse.
- Ela não te contou? Pensei que fossem "melhores amigas" – ele disse enfatizando as duas últimas palavras. – Estou me encontrando com ela há umas três semanas, nas madrugadas, às escondidas. Confesso que isso torna as coisas mais excitantes e sexys, mas imaginei que você soubesse. – ele me olhou realmente pensando que eu sabia do que ele estava falando, mas eu não tinha ideia. – Estou vendo que eu vou ter que falar, basicamente, estamos nos vendo e ficando em várias partes da escola durante as madrugadas. Acho que o pior lugar que ficamos foi o armário do zelador, transar ali foi bem desconfortável sabe...
- Me poupe dos detalhes, Louis. Só termine de dizer o que eu deveria saber. – tentei tirar aquela cena da minha cabeça.
- Você é quem manda. – olha a ironia ai de novo! – Quando as provas começaram a sumir e a Izzie virou a principal suspeita, ela tentou provar sua inocência falando que estava me encontrando, que eram apenas fugidas para ficar comigo. Mas eu não apareço em nenhuma gravação, e eu não estou com vontade de entregar minha cabeça para a diretoria para tentar salvar a dela, ela vai ter que arrumar um jeito, porque eu não vou me arriscar. – ele disse como se estivesse fazendo a coisa mais certa do mundo.
Eu não sabia se ficava com raiva dele por ser um babaca, ou da Izzie por ter mentido na minha cara. Decide ficar com raiva dos dois. Olhei meu relógio e vi que faltava um minuto para minha aula, encarei o idiota na minha frente e a vontade de bater nele subiu com toda força, como eu estava com pressa, eu simplesmente joguei todos os papeis e livros dele que estavam na minha mão o mais longe possível e me diverti vendo a cara de surpresa dele e correndo para alcançar papeis que estavam sendo levados pelo vento.
Saí em disparada para dentro do prédio e acabei chegando na sala na mesma hora que o professor, entramos juntos e eu fui me sentar ao lado do Niall que me cumprimentou com um sorriso e um aceno de cabeça. Peguei meu caderno e comecei a prestar atenção na aula, mesmo com o acontecido de cinco minutos atrás. Tentei assimilar o máximo de coisa que o professor dizia, mas minha mente estava em outro lugar. Como a Izzie olhou nos meus olhos e mentiu? E pior: como ela pôde voltar com o cara que a tratou daquela forma? Ela mentiu para mim por semanas e nem sequer pensou em me contar, tá bom... com certeza eu ficaria super brava de saber que ela estava com o Louis, mas mesmo assim, ela devia ter falado, eu sou a melhor amiga dela! E quanto ao dito cujo, eu já não gostava dele, e agora, embora eu não achasse que fosse possível, ele me fez odiá-lo mais.
A aula acabou e eu me levantei para sair, me despedi do Niall e fui para outro prédio. Ainda eram duas e cinquenta e cinco, minha próxima aula só começava três e meia então eu tinha tempo para comer algo já que não tinha tomado café nem almoçado. Fui em direção à máquina de comida e tentei inserir uma nota para comprar um biscoito, mas a merda da máquina não estava aceitando a nota por estar amassada e ficava devolvendo e eu não conseguia pegar o que eu queria. Minha mente estava cheia, eu estava com raiva, nada parecia estar dando certo, o aparelho na minha frente virou meu alvo, descarreguei minha frustração com chutes e socos.
Eu estava com raiva e precisava aliviar isso, não se aquela crise estava realizando seu objetivo, mas não tive tempo de descobrir, porque me tiraram de perto da máquina e seguraram-me pelos pulsos.
- O que a coitada da máquina fez para você? Aposto que não foi tão ruim a ponto de você partir para o lado agressivo. – ele me virou e nos fez ficarmos frente à frente, então depositou um beijo na minha boca, permitindo que toda a raiva do momento sumisse.
- Meu dia não está lá essas coisas, Harry. – disse afastando nossas bocas.
- Me fale, estou aqui, não estou? Fala. – ele falou com um sorriso no rosto.
Então eu expliquei tudo para ele, desde de quando eu achava que a Iz estava me escondendo algo até meu "encontro" com o Louis. Ele ouviu tudo quieto até eu terminar. Daí ele decidiu se pronunciar.
- Ela mentiu para você e eu sei que para você isso foi uma puta violação de código das amigas e tal. Ela estava saindo escondida com um idiota que não merece ela e escondeu da gente simplesmente porque sabia que iríamos julgá-la. – ele deu uma pausa para me olhar nos olhos. – Sei o quanto é difícil para você fazer o que vou pedir agora, mas, por favor, não deixe isso impedir você de continuar ajudando ela a se livrar dessas acusações de roubo.
- Harry, ela me olhou nos olhos e mentiu, da forma mais fria e com muita certeza, eu acreditei nela. – disse desviando dos olhos dele.
- Eu sei o quanto pode ser sufocante ser crucificado por quem você ama em um momento onde você mais precisa deles. Eu sei o quanto dói pedir ajuda e as pessoas te virarem as costas para suas preces. – ele olhou para baixo e encarou o chão. – Eu sei o quão ruim é ser culpado por algo que você não fez, e ninguém acreditar em você, e ninguém ao menos tentar olhar pelo seu lado. Isso machuca, Leah. – ele me olhou de novo com o olho um pouco marejado. – Ela precisa de você, sei que ainda se importa com ela, não a condene agora, ajude-a, depois resolvemos isso.
- Às vezes eu sinto como se não te conhecesse, Harry. Você sempre evita falar de si mesmo, foge do assunto, fica grosseiro e agressivo. – encarei-o. – Eu não quero discutir com você sobre isso, pelo menos não agora, acho que você precisa estar pronto para me falar, mas eu só queria sentir que você confia em mim. – toquei o rosto dele com minha mão. – Enfim, eu vou fazer o que você disse quanto à situação da Iz, não estamos em uma boa situação para mais brigas.
Beijei sua bochecha onde uma lágrima havia escorrido, tirei minha mão de seu rosto e me levantei indo em direção à minha próxima aula. Ele não falou nada, nem levantou do banco em qual estávamos, continuou sentado, agora com a cabeça entre as mãos. Tem coisas que eu não entendo e que tenho medo de descobrir, porque, talvez, para eu entendê-las, o preço a se pagar seja alto demais. É melhor deixar as coisas como estão por enquanto.
Eu desliguei o meu celular pelo resto do dia, eu queria um tempo da minha vida pessoal, tive mais três aulas depois que terminei minha conversa com o Harry. Quando voltei para meu dormitório já eram sete da noite e encontrei a Izzie sentada na minha cama. Ela parecia estranha.
- E aí, Le? Como foi seu dia? – ela começou uma conversa. – Tentei te ligar, mas só caía na caixa postal.
- Você já sabe que eu sei do Louis, não é? Não precisa se fazer de desentendida agora, de qualquer maneira eu ainda vou continuar tentando impedir você de ser expulsa. – falei tudo sem nem olhar para ela, a raiva estava voltando em mim.
- Leah, me desculp... – ela tentou começar a falar.
- Eu tô cansada de mentiras, estou cansada de sempre tentar te ajudar quando você mesma se põem contra mim e contra si mesma! Qual é, Izzie? Mentir está se tornando tão fácil assim?! – eu estava ficando estressada de mais. – Qual é o problema de você ser franca? Tivemos que chegar ao ponto limite para eu conseguir arrancar a verdade de você, e mesmo assim foi só uma parte, porque o resto eu tive que ouvir da boca de um babaca que está transando com minha melhor amiga! – parei para respirar.
Ela sabia que eu não estava mentindo em nada, por isso ela estava segurando as lágrimas nos olhos, ela não as deixaria cair na minha frente, porque ela sabia que estava errada. Ela não ia fraquejar, não agora.
- Eu não suporto essas coisas, e você sabe disso. – peguei minha bolsa, eu precisava sair dali, de repente aquele quarto ficou pequeno demais. – Faça bom proveito da noite sozinha, amanhã nos falamos.
- Leah, onde você vai desse jeito?! Não pode sair assim! – ela levantou e veio até mim, mas fui mais rápida.
- Não é da sua conta ou como se isso fizesse diferença para você. – saí e bati a porta.
Eu precisava de tempo, precisava de algo para me fazer esquecer tudo. Peguei meu carro e dirigi até a boate mais próximo, alguma que não pedisse carteira de identidade. Entrei no estabelecimento e senti olhares sobre mim, universitárias me olhando e me xingando mentalmente, pessoas bêbadas de mais para reparar mais alguém entrando ali. A música estava alta e luzes coloridas saltitavam e piscavam pela parede, pelo chão, pelo teto. Atravessei a pista de dança com certe dificuldade por conta da quantidade de gente dançando, fui até o bar, me sentei e pedi uma dose de whisky. Percebi quando um cara se aproximou e sentou ao meu lado. Ele era ruivo, com algumas sardas, uns 1,85 e aparentava estar nos seus 24 anos.
- Boa noite. – ele disse e pediu uma cerveja.
- Não acho que tenha algo de bom nessa noite, mas, boa noite para você também. – falei e tomei a dose de uma vez só, a bebida desceu arranhando minha garganta.
- Parece que alguém aqui está com problemas. – ele disse bebendo um gole da bebida. – As pessoas normalmente só vêm aqui para isso, abandonar tudo por uma noite.
- É tudo o que quero no momento. – falei encarando meu copo vazio entre meus dedos.
- Ficaria honrado em ajudar você. – ele falou fazendo uma pequena reverência. – Poderia te pagar uma bebida? – ele disse se aproximando de mim.
- Não sou esse tipo de garota, eu nem sei seu nome e tenho namorado. – falei tentando cortar as tentativas dele.
- Me desculpe, fui rude em não me apresentar. Meu nome é Anthony, mas me chama de Tony. E qual o seu?
- Leah. – falei ainda olhando para o copo que tremia com a música alta.
- Agora que terminamos as formalidades, aceitaria aquela bebida? – olhei finalmente para ele e pensei que talvez não fosse nada demais. – Vai, por favor. Não vou dar em cima de você. Só uma, talvez não nos vejamos nenhum outro dia depois de hoje. – ele fez beicinho e ri da brincadeira.
- Tudo bem, eu aceito. Mas é só uma, depois preciso ir. – falei por fim.
Ele saiu do meu lado e foi falar com um garçom do outro lado do bar, o homem saiu e depois voltou com dois copos de vidro cheios até a metade de um liquido marrom claro. Observei Tony voltar com nossas bebidas em mãos, vi as pessoas dançando ao som da música, se divertindo, sem se preocupar com nada, tive inveja delas por uns segundos.
- Toma, vi que prefere whisky então pedi o meu preferido, espero que goste. – ele me entregou a bebida e sentou novamente ao meu lado.
Sentamos e conversamos banalidades, enquanto ingeríamos aquele álcool, no começo era ruim, mas quanto mais eu bebia, melhor ficava. Lembro de acabar meu copo, levantar para dançar e puxar o Tony pela mão. Lembro do sorriso dele, satisfatório até. Lembro dele colocando as mãos envolta da minha cintura, de me puxar para perto e tentar me beijar. Não lembro... Tudo virou um branco.
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Acordei desesperada, onde eu estava?! Levantei rapidamente da cama na qual estava dormindo, vasculhei o quarto com os olhos, era igual ao meu dormitório, mas era decorado de forma masculina, eu estava na ala dos meninos? Pelo menos eu estava na universidade. Fui até a janela e vi o campus, isso só confirmou o que eu estava achando. Mas de quem era aquele quarto? E o mais importante: como vim parar aqui? Tentei me forçar a lembrar de ontem, mas depois de um quase beijo com o carinha do bar, tudo era um grande vazio e eu estava com uma enorme dor de cabeça, meu cérebro latejava como se fosse explodir. Forcei memórias, mas nada além de dor vinha. Fui surpreendida quando a porta se abriu e um menino entrou.
- Finalmente você acordou, Le. Estava ficando preocupado já, ontem foi bem intenso. Então, acho que você precisa comer algo e depois levo você até seu dormitório. – o Niall estava falando tudo de forma rápida e aquilo só estava me confundindo mais.
Afinal, uma das minhas perguntas foram respondidas, era o quarto do irlandês, eu dormi na cama dele, mas como eu saí bêbada de um bar e vim parar nos braços dele? Acho que eu realmente preciso me lembrar de ontem à noite.



Blame Me // h.sOnde histórias criam vida. Descubra agora