A procura da felicidade

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Desde muito pequeno, sempre sonhei em ser grande e famoso. Ser importante do modo fosse lembrado por séculos e séculos depois de morto, sempre almejei lugares altos, casas bonitas e tudo que fosse bom. Tudo que não era parte da minha realidade. Sempre quis de resumo a felicidade, sempre achei que iria encontra-la nisso, em pessoas que me elogiasse, em prêmios que recebesse ou dinheiro que me pagassem.

Sempre quis ter a melhor casa, a melhor roupa, o melhor sapato, o melhor carro, a melhor esposa e por fim, a melhor família.

Sempre achei que encontraria a tão sonhada felicidade nessas coisas passageiras, mas não demorou muito para eu perceber que tudo aquilo não iria me fazer feliz se não utilizasse de maneira correta e com pessoas corretas. Percebi que não era necessária mansão olhando os moradores de comunidades, percebi que não era necessário carrão quando observei no fundo de um carro a frase: " é velho, mas é meu", percebi que fama e riquezas não trariam a felicidade quando ouvir boatos e vi reportagens de famosos que mesmo com toda grana e fama, se sentiam só, sentiam um vazio no peito e sofriam de depressão.

Me perguntei, o que falta? Mesmo com todo o dinheiro, fama e todos os adjetivos mais, o que falta para alcançar a felicidade?

Não precisei ficar rico, nem famoso, nem mesmo ter um carrão, nem mesmo me foi preciso eu sentir o vazio que eles sentem ou a depressão que eles passam, nada disso foi preciso para eu perceber que a felicidade assim como todas as outras coisas boas no mundo, só se tornam completas, quando estamos próximos de quem amamos e de quem nos amam até no sofrer.

Percebi que morar em condomínios e mansões era ótimo, só que era bem melhor morar numa casinha onde eu poderia ficar com que gostava e se importava comigo, ficar com a galera da bagunça que independente da minha situação financeira todo final de semana dava churrasco e praia. Percebi que melhor que passar o réveillon num cruzeiro ou praia famosa, era ficar com a galera que faz a "vaquinha "e compra o piru para o natal, que não liga se é pobre ou rico, se estudou ou não, que se contenta com um sorriso no rosto e é bem mais feliz que aqueles que possuem riquezas. Não digo que é ruim ser rico, ou não é bom ser bem instruído, digo que nada disso vale se não aproveitarmos o que conquistamos com quem realmente se importa com a gente e quer o nosso bem.



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