- Jace... - a garota de vestido branco o chamava - Vamos, temos que ir.
Depois de um tempo encarando a garota ruiva a sua frente ele finalmente se vira colocando seu capuz e foge pelo meio das sombras, logo em seguida desaparece.
Com metade da boate olhando Clary, Simon se aproxima dela e começa a dizer alguma coisa da qual ela não ouviu, tudo que ela ouvia era apenas um som de vozes sussurrando tão baixo que nem ela pode ouvir, e tudo à sua volta se passava em câmera lenta, até que o toque de Simon a trouxe de volta ao mundo real.
- Viu aquilo? - ela pergunta não tirando os olhos do garoto sem vida no chão.
Simon fixa o olhar no chão, simplesmente não tinha nada, nada além do piso preto do local.
- Não Clary... Não vejo nada, acho melhor irmos! - ele diz a puxando consigo para fora da boate.
Já do lado de fora a ruiva já havia explicado duas vezes ao amigo o que tinha visto lá dentro da boate.
- Simon, eu já disse o que eu vi, eu não sou louca! - ela afirma já com o tom de voz alterado, o melhor amigo dela não podia achar que ela estava louca, ela não estava louca, estava?! Claro que não.
- Eu não quis dizer isso, só estava falando que é meio estranho só vc ter visto aquela cena, outras pessoas estavam na boate e... Ouvi dizer que colocam uma coisa na ventilação... Pode ser isso - ele tenta se explicar, embora a explicação não fosse muito válida, nem convincente.
- Claro, e você respira um ar diferente do meu por acaso?! - ela desviou o olhar dele para a rua após ser respondida apenas com um olhar pensativo dele - Foi o que eu pensei. - ela deu sinal para o primeiro taxi que viu e ele logo parou próximo a eles, os dois entraram em completo silêncio dentro do mesmo.
Após a breve discussão sobre o ocorrido da boate, Clary finalmente chegou em casa e Simon, claro, foi para a dele.
Ao entrar em casa a garota vê a mãe, Jocelyn, deitada no sofá, ela estava dormindo, o que era uma coisa boa visto que já se passava das 2h00 da manhã e não iria querer ouvir a mãe dizendo como é perigoso a cidade de madrugada, ou fazendo as típicas perguntas de uma mãe preocupada.
Com um leve suspiro, Clary joga sua bolsa no sofá e pega a coberta que estava próxima ao sofá, em seguida ela coloca o tecido sobre a mãe e caminha até o seu quarto.
Amanhã vai ser um novo dia, ela pensa antes de cair no sono sem ao menos trocar de roupa.
**
- Jace! - Izabelle chama a atenção do garoto de cabelos loiros que a tão pouco tempo estava andando de um lado para o outro sem parar.
Após parar sua caminhada em círculos ele olha para Izabelle confuso, pensativo e até mesmo preocupado.
- Eu não entendo, como ela nos viu?! Como uma mundana nos viu? - ele parecia inconformado pela ideia de que Clary tivesse visto eles matarem aquele demônio na boate.
- Ela pode ser uma fada... Por que você se importa?! Matamos ele, não matamos? Caso resolvido - ela diz se sentando no sofá creme do Instituto.
- Ela não era tão bonita para ser uma fada - Alec finalmente se manifesta, porém seu comentário não ajuda muito, só deixa Jace mais confuso ainda, então ele dispara.
- Ela não poderia ser uma fada por não ser bonita o suficiente, não poderia ser uma vampira por não parecer morta e lobisomens andam em matilha... Então o que ela era?! Mundanos não conseguem nos ver. - com um longo suspiro Jace se jogou no sofá - Isso é complicado.
- Muito obrigado Alec, você poderia ter deixado ela como uma fada! - Izabelle revira os olhos - Esquece isso Jace, descansa um pouco e amanhã pensamos nisso.
Com um grunhido frustrado ele se levanta do sofá e passa as mãos nos cabelos.
- Como quer que eu durma sabendo que ela pode ser um demônio?! - ele encara ela por um instante.
- Ela pode ser uma feiticeira. - Alec diz simplesmente, sem qualquer emoção na voz, porém seu cansaço era evidente- Podemos dormir agora?!
- É Jace... Amanhã você vai atrás da sua feiticeira secreta - Izabelle é a segunda a se levantar do sofá- To indo dormir!
Seus passos mal fazem barulho pelo corredor do Instituto, mesmo ela estando com uma bota de salto por baixo do vestido.
- Eu também, e você deveria fazer o mesmo.
Alec que estava encostado na janela da um impulso para frente se afastando da mesma, após lançar um olhar amigável a Jace, ele se retira da sala, deixando o garoto loiro completamente sozinho na sala.
**
Após se mexer na cama, Clary abre os olhos, a claridade era pouca em seu quarto, ela se levanta preguiçosamente da cama e vai até a janela abrindo ela logo em seguida, após esfregar os olhos, ela olha para as suas mãos, estavam sujas... De tinta.
Ela vira rapidamente e olha espantada o seu quarto, as paredes, repletas de papéis pendurados, nos papéis espalhados havia um símbolo que Clary nunca viu na vida. Mas claramente ela quem desenhou aquele símbolo, repetidamente e em várias folhas. O pior de tudo é que ela não lembrava que havia feito isso.
Logo ela começa a recolher alguns papéis da parede, provavelmente Simon saberia o que significava, e ela torcia por isso. Ela sai apressada do quarto e quando estava prestes a sair de casa pela porta da frente, uma voz chama sua atenção.
- Oi pra você também.
Clary se vira, mesmo tendo a absoluta certeza de que a voz pertencia à sua mãe.
- Oi - ela diz simplesmente.
- Chegou tarde ontem... Lembra o que eu disse sobre tomar cuidado? - a voz de Jocelyn permanecia suave, ela não era de gritar, nem mesmo para dar uma advertência a filha por chegar tarde.
- Eu cheguei bem mãe, já estou em casa - Clary olha para ela- Estava com o Simon.
- Me preocupo com você, sabe disso não sabe?
- Sei, por isso digo para se preocupar menos, eu estou... -a campainha a interrompe, e para seu alívio era Luke, um amigo bem próximo de sua mãe.
- Bom dia Clary - ele lhe lança um sorriso enquanto segurava uma caixa nas mãos.
- Bom dia Luke, mãe, eu vou ir na lanchonete com o Simon, volto mais tarde - ela abre a porta, que logo é fechada pela mãe.
- Não vai... Precisamos conversar Clary - Jocelyn olha para ela, seu olhar transbordava medo, como se ela estivesse com medo das próprias palavras.
XX
HEY POTATOS!!!
MAIS UM CAPÍTULO, E EU ESPERO REALMENTE QUE VOCÊS TENHAM GOSTADO, COMENTEM E CURTAM
BJSS DA KATH :')
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Shadow Hunters
FantasySabe quando o mundo de repente vira de cabeça para baixo, um dia você é como qualquer garota normal de 16 anos... E no outro você simplesmente começa a enxergar o mundo diferente, como por exemplo ver coisas que antes você só via em filmes, livros e...