Capítulo Trinta e Sete - Frank

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Três Anos Depois

Três anos se passaram desde que eu tomei a melhor decisão que, algum dia, eu poderia ter tomado.

Mas, é claro, nem tudo são rosas, eu e Hannah tivemos nossos pontos altos e baixos no decorrer dos anos, mas, independente das brigas – que eram por motivos mais bobos que poderiam existir – as reconciliações eram as melhores.

Nossas brigas, normalmente, aconteciam devido ao ciúme exagerado.

Principalmente, desde que uma enfermeira nova começou a trabalhar no hospital, alguns meses atrás, mas eu sabia que Jessica brincava com fogo.

A enfermeira sempre achava um jeito de dar em cima de mim e eu me esquivava, na verdade, hoje foi um dia nos quais eu me esquivei, mas era tão irritante que eu já pensei na possibilidade de pedir pra Oscar dar um pé na bunda dela no hospital ou pelo menos trocá-la de área.

Antes que eu troque de hospital...

Foi aí que eu conversei com Elena no fim de semana passado, e, a propósito, agora eu tenho um horário decente no hospital, eu não hiberno em cirurgias, porque agora eu tenho alguém me esperando fora do meu local de trabalho.

— Frank, se Hannah não confia em você e fica com ciúmes exagerado o tempo todo, não adianta você mudar para China, longe da enfermeira, porque o ciúme vai continuar ali. – foram as palavras da minha amiga.

Ou seja, nada que eu pudesse fazer para que a situação fosse diferente. Hannah que teria controlar seus ciúmes, e eu não dou motivos para ela desconfiar de mim.

Combinei de almoçar com Hannah e é para onde estou indo agora, passei a manhã no hospital e fiz algumas cirurgias, e só voltarei para lá, às pressas, caso aconteça alguma emergência.

Vou até o restaurante combinado e ela já está me esperando. Quando a encontro, envolvo-a em meus braços e dou um selinho em seus lábios, sinto-a sorrir enquanto eu estou de olhos fechados, aproveitando a sensação de tê-la.

— Oi — ela diz assim que nós nos separamos.

— Tudo bem, Han?

— Tudo ótimo — ela fez uma careta — mas eu estou com fome. Vamos logo, Frank.

Nós entramos no restaurante e fomos perfeitamente atendidos, sentamos em nossa mesa que já tinha sido reservada para mim no dia anterior.

— E aquela enfermeirazinha? — pergunta — Eu quero me desculpar com você pelos meus ciúmes exagerados — ela faz um muxoxo — mas eu não respondo por mim se eu vir você com as mãos nela.

— Então, você não vai precisar fazer nada Han, porque eu já disse... Não quero e nem preciso de mais ninguém além de você.

Ela para alguns minutos e me encara.

— Por que você me chama de Han? — me surpreendo com sua pergunta, eu sou o único que a chama por esse apelido e, diga-se de passagem, eu adoro essa exclusividade. – Acho tão fofo. — um sorriso maroto aparece no canto dos meus lábios antes que eu responda.

— Seu nome lembra o Han Solo, e vocês dois são bad-ass.

— Quer dizer que, na verdade, esse apelido fofo é por causa de um personagem de Star Wars? Sério? Acho que você esqueceu a criatividade no ensino médio.

Para Sempre ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora