Capítulo 23

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                                       Desculpem se tiver erros.


-Muita fome? - Justin perguntou ao me ver já pronta para a faculdade.

-Bastante. - Respondi.

-Dormiu bem?

-Muito. Precisava de uma noite bem dormida. 

-Só não entendi por que você não quis dormir no meu quarto... - Faz uma pausa mas não retorna a fala.

-Como eu disse, eu precisava. - Falei friamente.

-Agir assim não vai resolver nada, se você não for direto ao assunto.

Me viro de frente e o encaro friamente.

-Quer mesmo saber?

Ele apenas assentiu.

-Por que você não quis vir comigo antes de ontem? Depois que me ligaram do hospital para eu ir ver o estado de saúde da minha mãe?

Percebi seu nervosismo, ele engoliu em seco.

-Eu já expliquei pra você Aurora, por favor, não foque em algo que não vai lhe trazer nada.

-Certeza que não vai me trazer nada? - Pergunto o encarando, meus olhos não se desviavam dos seus.

-Absoluta. - Sua voz tremeu ao me responder.

-Era o que eu esperava de resposta. - Finalizei e sai da casa em direção ao carro.

-Você vai ficar mesmo assim comigo?

-Não, mas por enquanto sim. - Ele franziu a sobrancelha.

-O que? - Perguntou novamente sem entender.

-Nada, apenas me encontre as duas na porta da faculdade, hoje vão cremar o corpo da minha mãe. Você vai comigo ou tem algo da empresa pra fazer? - Pergunto ironicamente.

-Já disse que vou com você, não precisa fazer charminho. 

-Até mais tarde. - Digo enfim.

(...)

-Meus pêsames. - A voz da Lorrana soou em meus ouvidos.

-Obrigada. - Agradeci.

-Sinto muito pela perda Aurorinha. - Luca me abraçou forte e eu retribuí. 

Forcei um sorriso.

-Não quero mais esse clima, por favor mudem de assunto. - Pedi.

-Como quiser vossa alteza. - Tielle tirou sarro.

-Sempre ela. - Sussurrei.

-Eu ouvi. - Retrucou

-Era pra ouvir mesmo. - Rebati.

(...)

As aulas voaram como pássaros de tão rápidas, na verdade meu coração não estava presente naquela sala de aula, eu estava longe.

-Senhorita Hernandez? Algum problema? - O professor me chamou atenção.

-Não estou me sentindo bem. Posso ir?

-Como quiser. - Respondeu.

Saí atordoada da sala de aula, meu coração pulsava cinquenta vezes mais forte ao lembrar que hoje o corpo da minha mãe seria cremado, eu não me sentia bem, meu corpo não repousava no chão, eu sentia que estava flutuando, quando alguém bate em mim e me tira da êxtase.

-Só podia ser. - Katrine revirou os olhos quando me viu.

-Se vai tentar me matar, mata logo, não é isso que você tá se tornando agora, assassina? - Meus gritos foram altos.

Conectados || Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora