Capítulo 2

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POV'S LAUREN

Terça-feira, 13 de maio de 2014

          Quando o sinal toca e eu olho pela janela percebi que a chuva ainda estava forte. Não dava nem para esperar na porta, então vou ter que ligar pro meu pai e pedir para ele vir me buscar. Estávamos precisando muito dessa chuva, pois o sol estava nos castigando! Eu não queria incomodar as meninas que me ofereceram carona, então preferi esperar meu pai mesmo.

          Papai iria demorar um pouco a chegar já que sempre tem um congestionamento sempre que chove, e ele trabalhava no centro da cidade – que era um pouco longe do meu colégio e mais longe ainda da nossa casa. – Assim que ele chega, imediatamente ele abaixa o vidro do carro e me chama. Rapidamente eu pego minha bolsa e coloca em cima da cabeça para me proteger da chuva e saio correndo para o carro.

- Obrigada por vir me buscar. Essa chuva não passa!

- E vejo que não trouxe o guarda-chuva num é, mocinha. – disse ele

- Logo cedo estava chovendo também, mas achei que o céu iria abrir agora; como sempre faz. - Respondo enquanto ponho o cinto de segurança e vejo nos pegarmos o caminho pra casa.

          Hoje eu tenho aula de educação física a tarde, e a minha preguiça era a maior do mundo. Pelo menos deu tempo de chegar a tempo de poder almoçar bem, tomar um banho rapidinho e correr pro ponto de ônibus. Eu estudava em uma das melhores escolas da cidade, e eles tinham uma estrutura de dar inveja; exceto a quadra de esportes. E claro que eu não poderia deixar de citar a biblioteca com mais de mil livros – é o paraíso –, eu sempre pegava um livro emprestado para levar pra casa ou passava ficava por lá quando eu sabia que a aula iria demorar a começar.

          Assim que eu chego, coloco minha presença na chamada e vou encontrar as meninas para irmos sentar na arquibancada. De lá tínhamos uma visão de todo o ginásio – o campo estava molhado - Quando nos dava coragem nós jogamos vôlei, futsal ou futebol. Eu gosto muito de praticar esporte – influenciada pelo pai -, mas quando a preguiça bate ninguém aguenta. Enquanto observo as meninas jogarem vôlei, não percebo John vindo em nossa direção. John era um menino bonito, e o mais nerd da turma. Há rumores de que ele era ou é afim de mim. Eu não dei muita atenção nisso até semestre passado, quando eu cheguei atrasada e ele havia guardado um lugar ao lado dele pra mim. Ele passou a maior parte do tempo falando sobre como ele era esperto e que a prova da semana passada tinha sido fácil, até que ele entrou numas conversas e repetiu umas quatro vezes que eu era linda e que gostava dos meus olhos verdes. Então eu comecei a dar meio que um leve gelo nele. Não queria ser grossa com ele, mas eu também não queria mostrar estar interessada.

- Vocês não vão jogar hoje?– disse John

- Hoje não, essa chuva deu uma preguiça... – sorrio

- E você não vai jogar? – perguntou Ally

- Não tem um time suficiente fora, estou esperando terminar a partida para poder entrar em algum.

- Que pena que as lindas e maravilhosas não estão no seu time – diz Normani sorrindo

- É uma pena mesmo.. – falou John me olhando por um tempo – É.. Então vou lá, acho que já vai terminar. Até depois. – ele acena com a mão e vai embora.

- Eu não vou nem traduzir esse "é uma pena mesmo"- fala Normani rindo e em seguida, Ally

- Há minha gente, me poupe viu.. – Digo com uma cara enjoada.

          Hoje a professora nos liberou mais cedo devido a umas pingueiras na quadra causadas pela chuva que não parou desde a madrugada passada. Desta vez, para minha infelicidade, não dava pra meu pai ir me buscar e nem minha mãe, então tive que ir de ônibus. Sorte minha que Ally trouxe guarda-chuva e também iria pro ponto. O guarda-chuva dela era grande, e deu certinho para nós 3 irmos juntas no mesmo. Por sorte – as coisas estão indo bem haha-, minutos depois que cheguei meu ônibus passou. Eu estava de short e um tênis que ficou ensopado, mas da cintura para cima então estava tudo bem. Sentei em umas das primeiras fileiras e segui ouvindo música até chegar a hora de descer. Acho que o dia era de muita sorte mesmo, pois quando desci do ônibus a chuva tinha cessado e deu para chegar em casa a salva.


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