Quando a gente chegou no parque, fomos pra uma barraquinha de tiro ao alvo.
- Preparado pra perder pra mim?- falei.
- Haha, estou preparado para limpar suas lágrimas, quando VOCÊ perder pra mim!- disse ele me empurrando de leve.
O rapaz da banquinha disse que cada um tinha direito a 5 tiros, então ele nos entregou duas pistolas, de início quando peguei a minha, pensei que seria tipo pistola de pressão. Só que eram pistolas d'água. Começamos o jogo, eu acertei de primeira 9 pontos, Josh acertou 8. Eu 10, Josh 9. Eu 4, Josh 10. Eu 5 . Josh 8. Eu 10, Josh 10. Ele ganhou.
-QUEMMMM VAI PERDER????? ÃÃÃÃÃÃNNNN? NÃO ESCUTEI!- Ele gritou feito um louco.
- Cala a boca seu idiota. - peguei a pistola da mão do rapaz da banquinha e atirei um jato de água na camisa azul de Josh , que por sinal ficava mais linda molhada pois colava naquele peitoral. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas tinha algo diferente.
- Não!! Você não fez isso.- ele falou como se fosse dar um ataque de raiva, e ficou olhando por alguns segundos pra mim, até que ele disparou um jato de água em mim.Fiquei ensopada. Continuamos naquela brincadeira até o rapaz da banquinha pediu pra gente parar pois ia acabar chamando o segurança. Mas no fim deu tudo certo, ele ganhou um porta retrato customizado pelas crianças da instituição.
Ele comprou um algodão-doce pra mim, e sentamos em um banquinho, que ficava perto de um lago. Tava fazendo um pouco de frio, MENTIRA, MUITO FRIO . Acho que o fato de nossas roupas ainda estarem molhadas contribuiu.
Nós ficamos em silêncio por um tempo. Até que meu queixo começou a tremer. Eu estava prestes a ter uma hipotermia ali. Então ele não falou nada, apenas me puxou delicadamente pelo braço, e me levou para o carro. Ao entrarmos, ele ligou o aquecedor, e tirou o meu cardigã, fiquei com vergonha pois, estava apenas de sutiã por baixo, não é sempre que a gente se depara com uma situação assim. Ainda bem que peguei um dos sutiãs que eu usaria na minha lua de mel frustrada.
Quando ele tirou a camisa azul, revelou um deus grego, que eu nunca havia percebido antes. Mas naquela hora passou várias coisas na minha cabeça, será que meu melhor amigo, que nunca me falou sobre nenhuma aventura romântica, era gay, ou será que eu nunca dei espaço pra ele me falar sobre o assunto por sempre está falando de mim, dos meus problemas.
-Josh? - perguntei, sem conseguir parar de fitá-lo.
- Oi boneca.- vi que uma vez ou outra ele olhava meus seios.
- O que houve com você, quando foi pra Nova York?
- Como te falei. Apenas trabalhava.- não era essa a resposta que eu queria.
- Não. Você nunca encontrou a garota dos seus sonhos?
- Encontrei.- aquilo de certa forma doeu meu coração.
- Ah. - falei quase sem voz.
Olhei pra ele, e ele me olhava também, dessa vez era diferente. Eu sentia atração por ele. Era errado pois ele era meu melhor amigo de infância, e como ele havia falado, já tinha a garota dos sonhos. Mas não me segurei, e acredito que ele também não.
Fui de encontro ao seus lábios, lentamente. Seu hálito era quente, era aconchegante. Era delicado. Mas a intensidade com que ele me beijava foi ficando forte, violenta, selvagem. Ele puxou a minha coxa, o que, em instantes me fez fica por cima dele. Ele fez uma trilha de beijos, do meu pescoço, ao meu seio.
-Não. Não quero desse jeito.- disse ele.
-Não quer desse jeito o quê?!- respondi surpresa.
- Não quero transar contigo num banco de um carro. Quero que seja uma coisa romântica, você merece mais.
Não sei se ficava com raiva por ele ter me deixado com esse tesão todo e depois, NADA. Ou se ficava feliz por ele pensar em mim dessa forma.
-Ok! Me leva pra casa, por favor.- falei procurando meu cardigã, que tinha parado de baixo do banco.
Josh me levou pra casa, o percurso inteiro foi um silêncio constrangedor. Até que chegamos. Quando abria porta do carro, e ia saindo ele me puxou, e me deu um beijo no rosto, eu até esperava mais, só que ao mesmo tempo estava chateada, pelo que havia acontecido há alguns minutos atrás.
- Boa noite, bonequinha.
-Boa noite, Josh.- o olhei mais uma vez antes de abrir a porta do carro. Entrei no meu quarto trancando a porta atrás de mim. Deixei meu corpo escorregar para o chão, fechei meus olhos e lembrei de uma vez em que eu estava noiva de Peter e Josh me mandou um sms falando para eu não me casar com ele, porque seria burrice.- Será que ele sabia de alguma coisa? Ou será que ele queria me proteger de algo? Eu não entendo.
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À procura da felicidade
RomanceAlexia Fox é uma garota inteligente e meiga. Ela é filha adotiva, nunca se importou com isso por amar de mais seus pais, e nunca se preocupou com o seu passado. Al, como todos a chamam, está noiva de Petter Stone, que por alguma eventualidade a aba...