Mortes

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Caroline narrando.

Cheguei na delegacia e pedi por Kol.
-Posso ajudar?
Pediu ele se virando para mim.
-Sim Kol.
-Espera você é Caroline não é?
-Sim, minha mãe me resgatou.
-Como assim? Ela invadiu o prédio?
-Sim.
-Não não isso não é bom ela pode morrer!
-Eu tenho uma mensagem, dela.
-Fale.
-Ela disse que foi um prazer conhecê-lo.
Ele sorriu. Como era gato!
-Você tem a chave de casa?
-Não só a do carro.
-Então pode ficar na minha casa até se recuperar bem, e salvarmos a sua mãe.
-Obrigado.
Falei abraçando ele.
Ele me levou pra casa dele me deu uma toalha e algumas roupas, eu tomei banho me troquei e ele tinha feito comida pra mim.
-Não precisava.
-Sim precisava, como eu ia deixar uma menina tão bonita sem comida? Deve ter comido muito mal lá.
-Para ser sincera sim, mas espera você esta me paquerando?
-Talvez...
Sorri e ele também.
-Pronto, uma bela e deliciosa panqueca de chocolate para você!
-Hmmmm parece estar maravilhosa.
-Experimente.
Eu provei, meu deus que maravilha, um homem lindo e que cozinha... O que mais eu quero?
-Não só parecia esta maravilhosa!
-Imaginei.
Ele se sentou do meu lado e ficamos conversando.

Tia Val narrando.

Recarreguei o revólver e sai de fininho em direção à um dos quartos. Nada, esse cara devia ter os escondido muito bem.
Ouvi passos vindo na minha direção imediatamente me escondi atrás da porta e apontei o revólver para o quarto, caso ele me visse eu tinha a arma apontada para ele. Então ele entrou no quarto, abriu um alçapão de baixo de um tapete, entrou e fechou, trancou-o por baixo.
Pensei em fazer o menor barulho possível ao caminhar para ele não me notar, abri o guarda-roupa daquele cômodo para procurar pistas. Nada. Já faziam 10 minutos que eu estava olhando para o guarda-roupa quando ouvi ele destrancando o alçapão. Entrei correndo e me tranquei no guarda-roupa. Ele saiu com uma bolsa nas mãos fechou o alçapão e a porta do quarto e saiu.
Imediatamente abri o guarda-roupa, e em seguida o alçapão. Entrei nele na esperança de encontrar uma das minhas crianças, mas a princípio não vi nenhuma, fechei o alçapão. Ainda lá em baixo, olhei ao redor a procura de algum sinal, mas nada. Esse lugar parecia um labirinto sem fim, eu entrava em um quarto e já tinha uma outra porta para outro cômodo. Fui indo até chegar em um quarto e logo que ia abrir a porta ouvi vozes vindo da porta na minha frente. Fiquei em silêncio para tentar ouvir, não parecia ser Aurora, nem Jason e nem Mike. Abri uma fresta da porta bem devagar e com muito silêncio. Espiei e vi Jason. Sem parar para pensar abri a porta e corri até ele. Depois vi Aurora. E por fim Mike. Eles estavam assustados com a minha presença.
Expliquei para eles e eles entenderam, mas então Jason quebrou o silêncio.
-Tia Val...
-Sim?
-Você acabou de assinar a sua sentença de morte.
-Como assim.
-Eu, Mike e agora você vamos morrer. Felipe quer ficar só com Aurora. E ele disse há pouco tempo atrás que ia nos matar.
-Não vou deixar isso acontecer. Ele não sabe que estou aqui.
-Sabe sim.
-Não não sabe.
-Sabe, ele a viu nas câmeras.
-Droga! Ao menos estou armada.
-Bom nosso única chance.
-Tia, eu não quero ficar sozinha com aquele cara, nem que vocês morram! Então precisamos de um plano!
-Tem razão querida.
-Eu tenho um meio plano.
Mike disse.
-É mais ou menos assim: Kol está lá fora e agora Caroline esta com ele, podemos tentar contato com ele e pedir ajuda.
-Sim mas como teríamos contato?
-Tia Val isso no seu bolso é um celular?
-Sim.
-Ligue pra ele.
Liguei.
-Alo? Kkkk
-Kol? É você?
-Mãe! Não! É a Carol!
-Filha? Passa o Kol por favor...
-Ele não pode agora, kkkk, ele esta com a boca cheia de comida.
-Então manda ele engolir e passa pra ele.
Depois de um tempo ela passou.
-Oi?
-Precisamos de ajuda.
-Claro.
-As 19:00 Felipe pretenda matar todos nós menos Aurora, você precisa prendê-lo antes disso, ou morreremos.
-Sem problemas, até as 19:00? Vou ver se consigo.
-Obrigado e cuide bem de minha filha caso não der...
-Pode deixar.
Desliguei.

Conversamos por um tempo, talvez uns 15 minutos...
-Quem vai ser o primeiro?
Entrou Felipe aos gritos.
-Minha mãe mandou eu escolher este daqui mas como eu sou teimoso eu vou escolher este daqui!
E apontou pra Mike.
-Venha!
Ele disse o puxando pelo braço.
Os dois saíram muito rápido, e nossas tentativas de salvar Mike foram inúteis.
-Mike não!
Olhei pra Jason.
-Ele é meu amigo desde criança e eu trouxe ele para esse inferno!
-Sinto muito!
Eu e Aurora falamos juntas.
Ele se sentou em um canto e começou a chorar.
-Quem você acha que vai ser o próximo?
Aurora sussurrou pra mim
-Não haverá um próximo. Assim que ele entrar por aquela porta eu vou atirar contra ele.
-Tem certeza?
-Absoluta.
-Precisamos ir.
Falou Jason se levantando.
-Porque?
-Eu tenho um plano! Só me sigam.
Ele abriu uma porta e foi indo pelas outras, eu e Aurora quase não conseguíamos acompanhá-lo.
-Atire na fechadura.
-Jason!
-Atire! Não vou deixar Mike morrer.
Eu atirei.
-Vamos não temos muito tempo.
Saímos em uma sala diferente daquela em que eu havia entrado, devia haver duas saídas.
-Por aqui.
Indiquei, nesse momento Felipe deve estar vindo ver o que aconteceu.
Ouvimos passos pesados e rápidos.
-Venham aqui!
E nos escondemos atrás de um sofá.
Felipe apareceu armado e com a cara com respingos de sangue. Era tarde demais para salvar Mike.
Ele desceu na passagem mas logo subiu e começou a nos procurar.
-Se sairem vou ser mais bonzinho!
Ele parecia irritado, saiu em direção a cozinha e nós fomos indo atrás dele. Escondidos claro.
Já enfurecido ele gritou.
-Saiam e eu devolvo Mike!
Jason tomou a arma de mim e saiu.
-Onde ele está?
-Largue a arma!
-Onde ele está?
-Não vou repetir! LARGUE A ARMA!
-ONDE ELE ESTÁ?
-Já disse a condição.
Jason atirou ao lado dele.
-Você sabe que eu quero ver você morrer mais que tudo, por conta de tudo o que você fez!
-Sei, mas não quer ver Mike morrer, não é?
Jason assentiu com a cabeça e largou a arma.
-Agora cadê ele?
-Bem atrás de você.
Jason se virou e Felipe atirou contra ele. Sem parar para pensar Aurora se jogou na frente dele para protegê-lo, o segundo tiro a acertou.
-Não Aurora.
Falou Jason já sem força.
Vi Felipe correndo até ela e a pegando já desmaiada nos braços, Jason foi deixado ali. Felipe correu até o quarto a deixou na cama e foi fazer um curativo, não vi exatamente onde a bala a acertou mas tive a impressão de ter sido no peito.
Eu corri até o banheiro e também fiz um curativo em Jason, por sorte a bala tinha pego somente em um pedacinho da perna, quase na cocha.
Dei alguns remédios pra ele e ele acordou pouco tempo depois, peguei um serrote não muito grande que estava na cozinha e cortei a perna de uma das cadeiras para fazer uma muleta.
-Jason, pode me ouvir?
Ele fez que sim.
-Fuja agora! A porta esta sem a trava, acho que ele saiu com Mike e esqueceu de trancar quando voltou.
-Não posso, Aurora.
-Eu vou salva-lá.
Ele fez que sim e saiu.
Peguei o revólver do chão, sobraram só duas balas.
Fui em direção ao quarto e disse:
-Mãos ao alto!
Mas ninguém mais estava no quarto, procurei, procurei mas não achei. Ele tinha deixado a casa com Aurora, será que ela está morta? Ou sobreviveu?


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Bom gente, esse é o último capítulo do ANO!
Eu quero agradecer a todos vocês porque hoje chegamos a 4MIL VISUALIZAÇÕES!!
E quero desejar um Feliz ano novo, que todos os seus desejos se realizem e que o ano de vocês seja repleto de paz e muito amor!
Feliz ano novo!
Com amor Gabi. <3

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