Capítulo 10

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X
Bastaram-lhe os primeiros goles para Amanda se libertar,
ainda mais, das prisões da timidez. Elas ficaram próximas ao bar
e na sequencia em que a cerveja acabava a Amanda e a Débora
iam pedindo mais.
- A Marry chamou a atenção da Amanda para que parasse
de beber, pois era ela quem estava de motorista e elas já tinham
experiência de como a amiga ficava, ao passar dos limites. O
álcool fez com que a Amanda perdesse a sensatez e deixou seu
discernimento turvo.
Foi isso que causou uma pequena discussão, um tanto desagradável
entre as amigas, após ela ser arrogante ao responder
para a Marry ir a pé ou de táxi se estava com medo de voltar
para casa com ela... Aquilo deixou Marry muito triste, mas ela
procurou não se abalar com a arrogância da amiga. Foi a Débora
quem tomou as dores e fez o maior sermão para Amanda,
deixando-a com vontade de beber ainda mais!
Enquanto a Débora foi dar um abraço na Marry, afim de consolar
a sua tristeza, Amanda foi até o banheiro dizendo que logo
voltava. Quando elas saem, é costume irem juntas, mas nesse
momento a ocasião não permitiu que elas fossem até o banheiro
para falar bobagens, passar maquiagem e dar altas risadas como
sempre faziam.
Enquanto se dirigia até o banheiro, Amanda foi avistada por
um caçador. Quando ele a viu passar em meio aquela multidão,
logo, decidiu ir atrás dela, mas a perdeu de vista quando passou
pela porta da qual ele era proibido de entrar.
O rapaz decidiu, então, esperá-la de frente à porta. Quando
ela, por fim terminou, de fazer a necessidades que a natureza
humana lhe exigia diante da quantia exagerada de álcool em tão
pouco tempo, foi lavar as mãos e, enquanto passava detergente,
olhou-se no espelho e se viu tonta. Teve ânsia de vômito, mas
conseguiu se segurar. Foi aí que olhando-se, analisou seu comportamento
com as amigas há alguns minutos atrás e ficou com
remorso. Sentiu vontade de chorar. Outras meninas entravam
no banheiro e viam o seu estado de melancolia e sentiam pena
dela. Uma garota educada perguntou a ela se estava tudo bem,
mas chateada ela não respondeu. Enxugou as mãos com papel
toalha e deu as costas de maneira indelicada para a moça.
Ao atravessar a porta quase passou desapercebida pelo rapaz
que estava ansioso lhe esperando. Mas enquanto caminhava em
direção as amigas com intuito de lhes pedir desculpas ela foi
abordada pelo rapaz, que muito se interessava em conhecê-la.
- Oi tudo bem? Você lembra de mim? Ele perguntou.
- Claro que sim, a Amanda respondeu. Foi você quem tirou a
nossa foto quando entramos né?
- Isso, fui eu mesmo. Ele respondeu-lhe e concluiu: - Então
estou interessado em te conhecer, pode ser?
A Amanda lhe olhou de cima a abaixo e o achou charmoso
e atraente.
- Claro que sim, ela lhe respondeu, aproximando-se dele e
atirando-se em seus braços o beijou.
- Que cheiroso, que perfume é esse?
- Vamos sair daqui? Ele lhe perguntou.
- Vamos sim, ela lhe respondeu. Para onde você quer ir?
- Pode ser pra minha casa. O rapaz foi bem direto.
- Então vamos. Sorrindo, maliciosamente, mordendo o lábio
inferior, ela lhe respondeu.
Mais fácil do que tomar doce de criança, ele pensou.
- E seu perfume? Qual é? Você ainda não me respondeu.
- Ferrari Black. O rapaz lhe disse!


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