Quando o Amor Acontece

Capítulo 11

- O que houve Gabs? - perguntou Kayla, estávamos no telhado da escola, poucas pessoas vinham aqui para jogar ou conversar, então era um lugar bem calmo para que eu e Kayla conversássemos não importando o assunto.

O ruim era que quando os professores vinham para cá vigiar muitos alunos acabavam indo para a diretoria. Como por exemplo, se um professor subisse agora eu e Kayla com toda certeza iriamos parar na diretoria, já que era proibido namorar dentro da escola nos horários de aulas.  

- Gabs? - Kayla chamou - Ainda é sobre o Alan? - perguntou, ela realmente estava preocupada. Kayla estava sentada enquanto eu estava deitado em suas pernas, eu estava tão cansado de ser o pombo correio dos meus pais que acabei levando isso para Kayla e tinha o sumiço do meu melhor amigo, Alan. 

- Em parte. - confessei. Kayla sorriu meio triste e se inclinou tocando seus lábios com os meus, mas antes que eu pudesse corresponder meu celular tocou. - Merda, agora que estava ficando bom. - brinquei fazendo ela corar. Eu sabia que estava na mesma situação mas ela apenas riu. 

Peguei meu celular surpreso por ter recebido uma mensagem e para me surpreender mais, a mensagem era de Alan: 

"Querido amiguinho. 

Aqui é o seu amigo Alan, como se não fosse óbvio, quem mais te mandaria mensagens a essa hora? Espero ter atrapalhado você e a Kayla, meu sonho estaria realizado. Mas vamos ao que interessa. Por Deus seu anta, não pense que eu te deixei ou coisa parecida, é o seguinte: Minha mãe enlouqueceu e me mandou para a casa do meu pai, para melhorar minha situação ele mora em uma fazendo e o único local que tem sinal nessa cidade toda é embaixo da escada do prédio do primeiro ano. O que é quase uma maratona para chegar, então me ame vadia. Estou morrendo de saudades de você piriga, manda abraços para a minha Kaylinha linda e diz que amo ela okay? ~ brincadeirinha querido, você é o único que eu amo. Acho que estou ficando gay nessa cidade. Gabriel me socorre, me tira daqui. É caso de vida ou morte. Grita pro mundo que ano que vem estou de volta. 

Do seu lindo, tesudo, sexy e tudo de bom... 

Amigo Alan. Beijo nessa sua bunda branquela"

- É o Alan? - perguntou Kayla e eu assenti. 

- Ele está vivo! - falei e ela riu. - E por incrível que pareça me mandou um texto - disse rindo. Passei o celular para Kayla que gargalhou do texto que Alan havia me mandado. 

- Eu não sei do que eu dou mais risada nesse texto - confessou colocando a mão na barriga. - Só podia ser Alan mesmo. 

- Sim - falei sorrindo mais calmo, aquela mensagem me tirou um peso extra dos ombros. Agora teria que resolver o negócio com os meus pais que haviam brigado e que estavam me usando como um pombo correio. 

- Você voltou a sorrir! - suspirou Kayla - Posso lhe pedir um favor? - perguntou Kayla e eu assenti. - Minha mãe pediu para que você fosse lá em casa para ela te conhecer. Você poderia ir almoçar hoje lá? - perguntou sorrindo fraco me fazendo rir. 

- O que você não me pede sorrindo, que eu não faço chorando, Dona Kayla? - perguntei sentando me e logo coloquei minha mão em sua cabeça bagunçando seus cachos ruivos - Mas em compensação, você terá que ir jantar lá em casa. Principalmente por que a tia do meu pai vai chegar e eu quero te apresentar para ela. - falei sorrindo para Kayla ainda com a mão em sua cabeça, ela corava fraco por causa disso. 

- Eu realmente te amo, sabia? - disse ela se inclinando e beijando minha bochecha. 

- Eu também te amo ruivinha! - falei sorrindo para ela.