Sonhos, amores e terrores

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"Seus olhos estavam fixos aos meus, o azul profundo de sua íris me empinotizava, não haviam mais preocupações ou medos, tudo pareceu desaparecer ao meu redor. Suas mãos tocavam minha cintura e iam subindo pelo meu corpo, espalhando choques por toda a minha pele até chegar ao meu pescoço. Ele me puxava para mais perto, colando nossos corpos, como se fosse possível se aproximar mais e se inclinava em busca de meus lábios.Minha mente não reciocinava, eu já sabia ou que ia acontecer, mas nunca pensei que esse momento chegaria. Seus lábios começavam à roçar os meus e seus olhos se fecharam..."

Acordei assustada com o despertador, não era a primeira vez que sonhava com House, à dias ele vem atormentado meu sono e é sempre a mesma cena, nunca cheguei a terminá-la. Eram 5:45 da manhã, minhas olheiras denunciaram as noites mal dormidas. Entrei para o banheiro, tirei meu pijama, fiz um coque um pouco solto e entrei no box. Liguei o chuveiro deixando-o na temperatura mais quente que consegui e entrei debaixo da água quase fervente,ela escorria pelo meu corpo tirando tudo de negativo que eu carregava e aos poucos fui relaxando e deixando com que a água caísse sobre o meu rosto me deixando cada vez mais leve e me preparando para mais um dia de trabalho.

Preparei minhas panquecas, meu copo de leite e liguei a televisão para ver o jornal, não que eu gostasse,mas para mim é importante estar informada do que acontece no mundo, mas nunca consegui ver o noticiário inteiro, sempre tem uma notícia que consegue acabar com o meu dia.

Saio de casa e vou direto para o hospital, o horário da manhã é sempre cheio. Entro no escritório,sento na cadeira e já preparo o café de House. Logo Chase e Foreman chegam e se servem também. Já temos um paciente. Laura Miller, 45 anos, diagnosticada com febre alta, visão embassada, tontura, dores abdominais e inchaço das canelas. Aparentemente eu arriscaria ser uma gripe ou uma virose qualquer, se não fosse pelo enchaço e um pequeno detalhe que esqueci de mencionar:Laura tem uma rara doença chamada Síndrome de Edward.House adorará o caso.

Como já esperado, a bengala empurrando a porta entra na sala e logo atrás House, que já chega fazendo uma de suas piadas sarcásticas sobre sua vaga no estacionamento.

-House, temos um caso - Foreman diz ignorando sua irônia.

-Uou! Não consegue nem esperar eu entrar? Cameron nem me entregou o café fazendo aquele olhar tentando me seduzir ainda, esse foi um novo recorde!

Reviro os olhos mostrando indiferença mas sinto minhas bochechas esquentarem um pouco e vejo que House também percebe. Droga!

-Não se preocupe Dra. Cameron seu segredo está guardado comigo - lança uma piscadela zombando de mim
Entrego a ficha da paciente a House.
- Foremam, você faz o exame de sangue e trás o resultado dos glóbulos vermelhos. Chase, faça um eletrocardiograma e Cameron fique aqui, preciso falar com você.

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