Bom dia?

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** Oii gente! Eu demorei mas postei! Espero que vocês não queiram me matar, por que o capítulo de hoje vai ser meio tenso. No próximo capítulo vai ter toda a explicação do porque que eu não citei o nome da criança, ele vai ter um significado importante pra nossa Cameron. Não tinha ideia de que nome por no capítulo, então ignorem esse nome sem graça kkk Desculpe qualquer erro! Beijão! ❤**

Já  haviam se passado três dias e nossa paciente ainda não tinha melhorado. Como eu era a principal encarregada de ir ver se ela estava bem a cada hora, acabamos criando um carinho uma com a outra. Ela me chamava pra brincar toda a hora, pedia para eu por comida na boca dela e soltava uma gargalhada gostosa toda vez que eu fazia cócegas nela. A avó nunca ficava com ela e quando ficava, estava na poltrona dormindo ou lendo suas revistas.

A enfermeira me contou que sua mãe tinha morrido no parto e sua avó desde então, rejeitava a neta e se considerava apenas responsável por sustentá-la. House como sempre não ligou muito pra história dela, ele estava mesmo era estressado porque eu estava dormindo todas as noites com a pequena no hospital e não com ele. Mas eu resolvi ignora-lo, ele podia não se importar com ela, mas eu sim.

No dia seguinte, House resolveu que ela deveria fazer uma cirurgia no cérebro para testar seus estímulos e ver o que realmente estava acontecendo. Infelizmente eu era a responsável por dar essa notícia pra ela.Ela já tinha sofrido tanto, morria de medo de tirar sangue! Imagina avisar ela que deveria fazer uma cirurgia acordada.

- Oi lindinha! Como é que você está hoje? - digo animada.

- Oi Tia Cameron! Bem, bem, bem eu não estou né? Mas eu vou melhorar! - disse sorrindo com os olhinhos fechados pra mim.

- Lógico que você vai melhorar! E sabe o que vai fazer você melhorar mais ainda? - digo sentando ao seu lado na cama.

- O que? - diz entusiasmada.

- Promete que vai ser corajosa?

- Prometo Tia Cameron!

- A gente vai precisar fazer um passeio bem aqui, pra ter certeza que está tudo certo aí dentro da cachola - aponto pra sua cabeça - Mas pra isso, você vai precisar ficar acordada nesse passeio pra gente ter certeza de que você vai estar bem. Você topa?

Ela põe as duas mãozinhas no rosto com medo. Pego estas e beijo a palma de cada uma com cuidado e sorrio para ela.

- Tudo bem, eu topo - sorri pra mim com seus olhinhos azuis brilhantes.

- Essa é a menininha da Tia Cameron! - pego ela em meus braços e dou um beijo em sua bochecha.

Bato na porta da sala de House e entro para lhe dar a notícia da confirmação da cirurgia.

- House! Você não vai acreditar! Eu consegui fazer ela deixar a gente fazer a cirurgia! - digo contente.

- Parabéns, Dra. da pediatria! - diz em tom de deboche.

- House... Por favor, você vai salvar a vida dessa criança! As noites que ficamos separados, eu te prometo! Eu vou te recompensar! Não culpe ela! - ponho minhas mãos em seu rosto e toco meus lábios nos seus, num selinho demorado.

- Tudo bem, vá prepará-la pra cirurgia e nos encontramos depois, ok?

- Ok!

Após prepará-la e tentar explica da maneira mais divertida possível como seria a cirurgia, resolvi levá-la para a sala onde seria o procedimento para ela se sentir mais a vontade.

-Bom, vejo que você gostou da sala, né mocinha? - House diz entrando na sala sorrindo para ela com suas mãos para cima,cobertas por luvas.

- Quem é você? - pergunta  com a cabecinha inclinada.

- Eu sou o Dr. House, vou fazer a cirurgia em você hoje.

- E quem são aqueles alí ?- apontou para uma salinha onde estavam Chase e Foreman.

- O loirinho é o Dr. Chase e o careca Dr. Foreman - digo enquanto aplicava a anestesia nela - Os dois também estão cuidando de você, eles que vão observar todo o nosso passeio hoje.

- Ah, entendi - diz sorrindo.

House já havia passado por várias partes do cérebro dela e eu,como sempre, estava ao seu lado, mostrando cartões com imagens para elas decifrar para mim. No entanto, no meio da cirurgia, a pequena começou a ter convulsões. Chase e Foreman entraram na sala e avisaram que não era nada que House havia feito, por que eles monitoraram cada momento da cirurgia.

- Cameron! O que você fez? - gritou House enquanto tentava controlar a crise da menina.

- Na...Nada! Eu não fiz nada! - digo tremendo sem saber o que fazer.

- Como não fez nada! A única que teve contato direto com ela foi você! Estava tão apagada a paciente, como sempre, que agora todo o seu "amor", só piorou as coisas! - House ainda gritava comigo.

Quando conseguiu fazer as convulsões pararem, a criança começou a ter uma parada cardíaca. Chase, Foreman e House tentavam fazer seu coração voltar ao normal com os choques e com massagem cardíaca, mas ela não aguentou.
Senti como se meu coração tivesse rasgado no meio, a minha menininha...

- Cameron, saia da minha sala agora! - House ergueu ainda mais o tom de sua voz

Saí correndo da sala de cirurgia, sem acreditar em tudo o que havia acontecido. House me culpando, sendo grosso comigo, gritando, a morte da paciente que mais amei... Tudo parecia ser um pesadelo, e eu não aguentava mais, precisava acordar deste!

Peguei meu carro desesperada e sai em direção ao meu apartamento. Não queria ter que enfrentar a cara de desapontamemto de House para mim, seu ódio. Sem enxergar direito o trânsito com as lágrimas que escorriam pelo meu rosto, tentava inutilmente enchugá-las com a minha blusa, no entanto,quando fechei meus olhos para secá-las, tudo ao meu redor desapareceu.

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