Capítulo VI: Symphony For The Devil

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Capítulo VI: Symphony For The Devil

Olívia Heinz

É engraçado como estão as coisas estão agora, seria hilário se não fosse doentio, é a primeira vez em semanas que me deixam em paz, que me dão espaço, em que eu posso pensar em meus próprios planos sem ter que desempenhar o meu papel na grande engrenagem mágica de desejos de meu pai. Mas eu sei o porquê disso? Estão todos a beira de um colapso desde aquela manhã.

Já se passaram três dias, e nesse curto período se houve de tudo e tentou-se de tudo, mas sem nenhuma resposta. Céus! O homem além de um egocêntrico tinha também um temperamento insuportável. Precisava de ele quebrar o nariz de meu irmão? Precisava sair daquele jeito?

- Claro que precisava. O homem parecia um bicho enjaulado – murmurando enquanto fitava o teto – E claro, mostrar as tatuagens e os músculos para a plateia.

Donatello Masen havia partido há três dias, e há três dias vivíamos uma guerra interna, pois o desejo do grande Petrus Heinz havia sido pisoteado e estraçalhado. O homem conseguia mudar tudo de uma hora para a outra. Até a raiva e a ira dele era opressora. Podíamos senti-la até há alguns passos de distância. Tudo naquele homem era um emaranhado de possibilidades intensas, porque ele era intenso.

- Isso não é problema seu, Olivia – puxando o travesseiro para perto – Você ficou aqui na casa, aquele egocêntrico que quebrou o protocolo.

- Que droga, onde ele está indo? – disse Leona correndo para se juntar as demais na sacada.

Todas nós, assistíamos a Mercedes voar pelas ruas em uma velocidade acima de uma velocidade normal. Ainda consegui ouvir Siby murmurando algo, enquanto ela e Sebastian descutiam educadamente, claro que era porque ele queria imediatamente denunciar o delinquente ao meu pai e ela queria tentar resolver aquilo antes de ter que desagradar meu pai com aquela nova faceta do tal Masen.

Eu ainda estava abobada, minha respiração presa na garganta, ele realmente fizera aquilo,. O homem não media as consequências do que fazia. Certo. Ele já foi um cretino insuportável desde o lual no Hawaii, onde alias, eu quis realmente matar alguém pela primeira vez.

- Acho que devíamos ir atrás dele Siby – disse Leona enquanto remexia nas bolsa procurando as chaves do carro – Naturalmente não todos, mas..

- Ah, pelo amor de Deus, Leona.- a olhei seria e me virei – Ele saiu porque ele quis. E até eu sei que a essa altura aquele ali faz o que quer.

Ignorei a minha postura diante da situação, o sarcasmo me escapou sem querer, voltei-me para meu irmão que estava sentado no primeiro degrau da escada, praguejando enquanto o nariz quebrado minava sangue. Dei meia volta e corri para o interior da casa, pegando um pano e o balde de gelo antes de voltar a sacada. E me ajoelhar ao lado de Eike.

- Ele me paga, eu juro Liv, aquele desgraçado – grunhindo enquanto eu pressionava uma compressa de gelo.

- Eike, esquece isso por agora. – eu estava preocupada enquanto segurava a compressa – Ele quebrou seu nariz. Acho melhor irmos no doutor Cooper.

Foi um caos, e a tal comemoração quase virou um velório ou o local de uma chacina. Com muito custo, consegui argumentar com meu irmão, e deixamos as escadas para imos até o consultório do médico, mas sempre sobre os protestos do meu irmão.

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