Uma garota suicida

O interro

Acordei com algumas vozes vindo do andar de baixo, me levantei e desci as escadas. Vejo Matt comprimentando meus avós depois meus tios. Matt iria ficar comigo até depois do interro, disse que era para me dar forças, mais nem era por isso,  pedi para ele ficar, queria mesmo que nunca fosse embora. Chegando na sala, todos me comprimentaram e falaram seus pequenos diacursinhos de interro. Apenas balancei minha cabeça, pois não saia nem uma única palavra.
Disseram que a tarde seria o interro, então me arrumei e fui mais cedo com o Matt, queria um tempo sozinha. Andamos até o cemitério, por incrível que pareça estava um dia ensolarado, eu pensava que todos os interros eram dias chuvosos todos vestidos com seus casacos pretos segurando um guarda chuva. Mais acho que me enganei...
- Sofi? Você esta me ouvindo?
- Ah. Sim Matt.
Olhando pra ele, nem tinha persebido que estava falando comigo ja faz um tempo.
- Olha Sofi. Sei que é dificil, mas não se preocupe eu vou sempre estar aqui, mesmo que você não esteja bem.
Dando um beijo em minha cabeça e me abraçando logo depois.
Realmente depois disse não ouvi mais nada, apenas caminhei onde todos estavam esperando o caixão de meus pais. Não quis ficar perto então fiquei a ums cinco metros de distância, pois sabia que se encarasse a verdade, meu coração se apertaria e eu iria desabar. Por um momento tudo ficou preto, a verdade tinha passado tão claro em minha mente, tudo passou tão rápido, minha mãe estava morta, meu pai estava morto e quase perdi o Matt. Mas eu ainda tinha ele comigo, a perda dos meus pais estava acabando comigo, tentava ser forte.
Olhei pros dois túmulos e vi. Vi meus pais lá olhando e dizendo que era para mim ser forte de agora em diante. Não consegui ver mais nada, pois estava caindo, senti mãos fortes me segurando e alguém chamando meu nome. Mais eu já estava longe quando ouvi meu nome. Abri meus olhos e estava em outro lugar, estava num campo coberto por flores de todas as cores o céu estava lindo. Olhei para frente e vi meu pais andando em minha direção, dai pensei pronto eu to morta também.
- Não minha querida, você não esta morta. Disse meu pai.
- Mais como vim parar aqui?
- Sua mente nos permitiu entrar para se despedirmos.
- Não quero me despedir, queria ficar com vocês.
- Ah. Meu anjo, não pode vir conosco, você esta viva. E alem do mais, não pode abandonar o Matt. Ele sofreria tanto sem você. Disse minha mãe.
Não tinha me lembrado do Matt, não aguentaria ver ele sofrendo tanto.
- Como fasso pra voltar?
- É só pensar que quer voltar querida.
Fechei meu olhos e pensei no Matt.