A viagem.

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    Eu estava com o coração apertado. Só de pensar em ter q ir embora, isso estava me deixando muito aflita.
   Precisava de um tempo pra mim. Decidi ir para o paraiso tentar me acalmar um pouco. Deixei a porta do quarto trancada e fui. Pulei a janela e parti para o paraiso .

   Algumas pessoas dizem q gritar acalma o coração, e foi isso q eu fiz, gritei. Gritei com todas as minhas forças. Isso durou cerca de meia hora, sem pausa pra respirar, afinal, sou vampira.

   Ñ queria voltar pra casa, resolvi ficar por ali mesmo. Deitei na grama macia e dormi. Ñ porque estava com sono mas por costume mesmo.

   Acordei, era mais ou menos três e pouco. Tive um sonho com minha mãe verdadeira, eu acho, isso me deixa muito aflita. Estão sendo mais constantes esses sonhos. Desde que resolvi ir pra Transilvania, os sonos ficam mais repetitivos.

   Passei o resto da madrugada acordada. Oito da manhã. Resolvi ir pra casa do Adriano, até porque, vou embora, tenho q aproveitar o máximo de tempo possível ao lado dele, afinal, eu meio que...to gostando do Dri.

   Fui pra lá invisível, pulei o muro e fui diretamente para a janela, tentei abrir mas estava fechada. Droga!
   Bati duas vezes, logo ele abriu. Ele ñ viu nada pois eu estava invísivel ainda.
- Mel?- ele perguntou. Estava lindo, cabelos bagunçados e cara de sono. Lindo.
- oi. Como vc sabia q era eu?- perguntei aparecendo.
- ué. Vc é a unica vampira q conheço. A unica q tem mania de invadir a casa dos outros pela janela, e...tem também o seu cheiro doce que é inconfundível.
   Eu sorri, meu coração cambaleou um pouquinho, cheguei a corar, coisa q nunca aconteceu comigo.
   Eu entrei e fui direto pra cama dele.
- oque foi Mel?
- eu tenho uma coisa pra te falar.- ele ficou sério e sentou-se ao meu lado.
- fala ai!
- meus pais...vão viajar.
- ãhn?  Como assim?
- meu pai foi transferido pra empresa do Rio.
- mas...então.
- eu vou morar no Rio- ñ aguentei e começei a chorar. Ele me abraçou me passando segurança.

- eu ñ quero ir Dri.
- ñ fica assim Mel.
   Ele acariciava meus cabelos, me senti tão bem nos braços dele. Ficamos um tempo ainda abraçados, até Adrino levantar_se bruscamente.

- oque foi?
- eu tive uma idèia!- ele sorriu.
- que idéia?
- Mel, pensa!
- pensar em que?
- vc é vampira.
- e??
- e vc tem poderes.- deu de ombros.
- e dai?
- pensa Mel!- ele levantou as sombrancelhas.
- onde vc ta querendo chegar.
- Mel... clonagem- disse ele lentamente para q eu pudesse diregir e entender a idèia.

- vc se clona e manda seu clone com seus pais.
- hum, pode até ser mas ñ sei.
- Mel, vc disse q ñ queria ir ai é com vc.- ele deu de ombros.

    Talvez ele deve estar fazendo isso ñ ppr mim mas por ele.

- ñ sei se quero abandonar meus pais.
- bom, vc vai pra Transilvania e vai abandona-los do mesmo jeito!
- nossa valeu!- disse irônica.
- deixa de drama Mel. Eles vão estar com vc. Tecnicamente falando claro. Só q vc humana. Só humana estará com eles. E vc poderá resolver tudo antes de voltar e ter sua vida de volta.

  Isso é verdade.
- e vai ser a filha normal q meus pais merecem.
- ei- ele se ajuelhou em minha frente colocando os braços sob meu joelho.- vc é normal. Ok.
- ñ eu sou vampira. Ok. Isso ñ é ser normal.
- vc é diferente. Ser diferente é normal.
- ai Adriano que coisa clichê.
  Ele riu.
- seja feliz por ser diferente Mel. Um mundo com todo mundo igual é sem graça.
   Agora quem riu foi eu.

- ok. Eu ja vou.- me levantei e fui em direção a janela.
- ñ esqueça que eu to aqui para oque precisar.- ele segurou minha mão.
- obrigada!- falei olhando profundamente em seus olhos. Ele levou uma de suas mãos no meu rosto e sorriu. E que sorriso. Foi se aproximando e me beijou, um beijo calmo e suave.

- tial.
   Parti pra casa. Fui direto pra minha janela, entrei e encontrei a porta do meu quarto aberta, e com a fechadura quebrada. Merda!
  Eles sabem que ñ estou em casa. Então, vou pra porta né.
   Parei em frente a porta da sala, respirei fundo e abri.
    Meu pai estava sentado no sofá, e minha mãe andava de um lado para o outro. Quando me viu parou e me encarou, percebi sua cara de preucupação.

- ONDE VC TAVA MENINA??- ela caminhou em minha direção irritada.
- ali.- disse simplesmente.
- VC SAI DE CASA, PASSA A NOITE FORA, CHEGA E Ñ DIZ NADA!
- Mel pensamos q vc tinha fugido. Estavamos quase ligando pra policia.- meu pai sempre foi mais calmo.
- mãe eu
- NEM VEM DIZER QUE TAVA NA CASA DA ELYSA OU DA CLARA- disse cortando minha fala- eu liguei pra elas ok.
- eu tava purai, pensando, precisava de um tempo.
- e porque ñ avisou?
- porque eu ñ quis!

    As vezes é bom sair assim, sem dizer pra onde, assim vc sabe q quanto mais te procuram, menos vão te achar.

- Mel eu sei q vc está chateada, mas nunca mais faça isso ok.
- ok.- nunca mais saio sem deixar meu clone.

   Virei as costas e fui pro quarto.
    Começei a arrumar minhas malas.
   Decidi que ñ iria. Irei ficar e meu clone irá no meu lugar, será melhor assim.
   Coloquei algumas roupas na mala, e algumas em uma mochila pra mim ficar.

  Terminei desci pra cozinha preparar algo pra comer, tava morrendo de fome, meus pais já tinham saido pra trabalhar.
  Fiz um misto quente com suco de laranja.

   Depois de comer decidi ir pra casa da Elysa, até porque faz tempo que ñ nos vemos.
   Cheguei lá, ela estava sentada na frente de casa com Clara.

- oii meninas!
- oi Mel!
- oi. Vc sumiu oque houve?
- eu... vou embora. Morar no Rio.- elas se entreolharam.
- sério?
- sim!
- vamos sentir sua falta!- disse Clara me abraçando  "mentira.ñ vou sentir nada" pensou ela, eu fiquei besta ao ouvir o da Elysa " até que enfim"

   Minha nossa! Sério isso?
Eu ouvi isso mesmo?
Inacreditável. Imagino o quanto devem falar de mim.
- ok. Tial. Adeus pra vcs!- sai dali depressa pra ñ fazer bestera, estava com muita raiva.muita raiva mesmo...
...

Está ai mais um capitulo, espero q estejam gostando....
Bjs até o próximo
*-*

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