Capítulo 53 - My life is over

4.2K 237 19
                                    


Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cu e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro perto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram.



- Você é Isabella Santoni? - Um perguntou.



- Não. - Falei. - Sou a vó dela. - Ironizei.



- Entre no carro. - O outro falou. - Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Ian e esse é Dwayne, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Texas, não é?



- Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. - Cortei aquela apresentação clichê. Eu precisava chegar e pegar o celular de Bruna para telefonar para Vitti ou para alguém que tivesse notícias dele, eu não havia dormido a noite inteira preocupada, meu pai havia o machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ele não ter revidado. Pensei tanto nisso que quando dei-me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Vitti por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ele podia ser tudo, gangster, mau-caráter, criminoso, mas era ele quem eu amava.



- Chegamos. - Dwayne disse. - Estaremos aqui na hora que você sair.



- Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando seus passos pela escola à mando dele, então não tente dar uma de espertinha. - Ian completou.



- Isso tudo é exagero. - Protestei.



- Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. - Fiquei quieta e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.



- ISABELLA? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... - Desabei, a abracei fortemente e comecei à chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Bruna não estava entendendo nada. - O QUE...



- Meu pai... Meu pai, Bru. - Eu não conseguia falar. - Ele descobriu tudo, Manuela contou tudo, ele foi até o restaurante e.. - Respirei fundo tentando conter as lágrimas. - Viu a gente e fez o caralho á quatro, ele bateu em Vitti, ele deixou Vitti inconsciente, meu namorado está no hospital e eu não tenho notícias dele, não tenho. Não sei o que fazer, Bru. Preciso da sua ajuda.



- Vou ligar para Gui, espere.



- Não aqui. - Falei e conteu o resto da história, contei que eu iria para o Texas e ela começou á chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava presa.



- Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Vitti... - Ela concluiu. - Eu não quero perder você, não quero perder minha melhor amiga. - Chorei mais ainda.



- Nós nunca vamos nos separar. - Prometi. - Nós podemos arrumar um emprego e morar juntas, nós sempre sonhamos com isso.



- Mas não no Texas. - Ela disse.



- Eu sei... - Eu não tinha mais o que falar.



- Eu sei que nada vai nos separar. - Ela riu tentando me tranquilizar. - Nem uma merda de outro estado.



- Preciso saber do Vitti. - Insisti.



- Ok, sobe para a sala, eu vou ao banheiro e voltarei com notícias. - Assenti e fiz o que ela pediu correndo. Cheguei na sala e vi Manuela sentada, conversando com suas amigas serenamente, me enchi de raiva por saber que ela era o motivo de tudo isso e quando vi, eu estava indo em sua direção.

PossessivoOnde histórias criam vida. Descubra agora