Capítulo 2 - Oh shit

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Acordei em um quarto totalmente escuro e com uma dor de cabeça muito forte, levantei-me procurando algo que pudesse iluminar aquela droga de quarto, mais provavelmente uma luz, e... sem sucesso. Consegui ouvir risos exagerados distantes, eram os filhos da puta, deduzi.


A porta se abriu e com ela veio uma claridade infernal, o tal de Arthur acendeu a luz (a qual eu não tinha achado ali perto da porta porque estava totalmente escuro) e logo me avistou sentada na cama com uma cara tipo "vai tomar no cu"




- Seu cabelo esta horrível. - Ele disse.




- Ah obrigada, mas você trabalha em algum salão de beleza ou algo do tipo? Bem que eu percebi seu jeito meio afeminado. - Falei com raiva.



- Se você quiser eu posso te mostrar o afeminado. - Ele disse sendo safado. Idiota.



- Cara, o que vocês querem comigo? Me deixem ir.



- Ah isso é com o Rafa e não sei se ele vai deixar você ir embora tão cedo, até porque... você sabe demais.



- Eu estou pouco me fodendo pra ganguezinha de vocês, se eu sei quem faz parte ou não, eu só quero ir embora. Caramba.... - O garoto me olhou e apenas riu, o que me irritou totalmente, aproveitei que a porta estava aberta e saí batendo perna, o ignorando totalmente e enquanto andava por aquele corredor enorme pude perceber que estava em um luxuoso apartamento. "Filhos da puta e rico" pensei comigo, ao acabar o corredor eu me vi numa sala de estar enorme, onde havia dois babacas sentados no sofá e falando merda.



- Eu quero ir embora dessa droga. - Gritei, parando na frente da televisão que eles estavam assistindo, impedindo eles de olharem. Avistei um troféu onde havia um bonequinho segurando uma bola de basquete e joguei-o no chão com força, como aquelas crianças cujo seus desejos não são concedidos. O garoto dos olhos verdes levantou-se rapidamente como se fosse me matar.



- Sua vadia. Você é louca? - O outro garoto o segurava para eu não levar uns cascudos na cara. - Você quebrou o nosso troféu, esse troféu nós ganhamos no campeonato do ano passado contra os maiores times de basquete acadêmicos de Los Angeles. Você sabe o quanto nosso time ralou para conseguir isso? - Eu aprendi algo: nunca quebre troféus, você vai ouvir coisas desinteressantes e ainda vai ter a chance de levar uns tapas na cara.



- Esse troféu aí? Importante? Olha o jeito que ele se espedaçou ao cair no chão, pelo amor de Deus, garanto que até as medalhinhas de Honra ao Mérito são melhores, no próximo campeonato me volte com algo menos vagabundo, obrigada. - Podia ver a raiva nos olhos do garoto, o troféu realmente era importante, eu percebi isso quando ele se desfez do outro garoto e me deu um tapa estalado no rosto, fazendo meu rosto quase fazer uma volta de 360º perfeita. Logo ele me jogou no sofá com força, senti meu corpo ficar meio dolorido, por mais que o sofá fosse confortável, ele me jogou com tamanha brutalidade. Fui dominada pelo medo, eu não tinha nem pra quem pedir ajuda. Maldita hora que eu fui sair de casa, odeio minha vida.



- Você tem que saber quem manda, e quem obedece. - Ele disse friamente, apontando o dedo para minha cara, enquanto eu continuava jogada no sofá do mesmo jeito que ele me deixou. - Pelo visto, você não esta sabendo do que somos capazes, esta nos vendo como uma ganguezinha iniciante, porque se não,você não estaria tão afiada desse jeito... Não concordam comigo, Arthur? Cadu? - Cadu e Arthur apenas balançaram a cabeça, como se eles estivesse mais ou menos recriminando a tal atitude do garoto dos olhos verdes, o qual eu ainda não sabia o nome.

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