Capítulo 17 - Help Me...please!

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- Pai? - Me assustei ao vê-lo.



- Onde você estava? - Ele disse com a voz calma, mas mesmo assim dava para ver que ele estava puto da vida, em momento ele tirou o jornal de seu rosto.



- E-eu... - Droga, não conseguia dizer nada.



- Fala, Isabella. - Ele gritou, atirando o jornal longe e vindo em minha direção. Manu riu, duas Manu's que eu odiava na minha vida, que beleza - Você não vai me dizer onde você estava? - Ele perguntava me olhando com certa fúria, chegava a ser doloroso.



- Eu estava.... - Pensei. - Na casa da Bruna - Menti legal, ou será que eu deveria dizer que eu estava me envolvendo com um gangster inconsequente e eu estava na casa dele? Não, esquece.



- Ah, na casa da Bruna? - Ele disse ainda desconfiado.



- Óbvio que ela está mentindo, amor. - Emanuelle se pronunciou.



- Cala a boca, vadia. Volta para a sua esquina. - Gritei.



- Olha o respeito, Isabella. - Meu pai me repreendeu. - As vezes eu acho que eu fiz algo errado em relação à sua criação. - Ele disse respirando fundo e aquilo me doeu. - Mas enfim, ligue para Bruna. quero ver se é verdade. - Droga, fodeu a porra toda. Bru não estava falando comigo, não sei se ela iria me acobertar, não sei nem se ela iria me atender.



Peguei meu celular com as mãos super trêmulas, eu estava mais do que fodida, Rafael nem precisaria se dar o trabalho de me matar, meu pai já faria isso. Ele não tirava os olhos de mim em nenhum momento, apenas esperando eu fazer a tal ligação. Liguei, chamou. Mas só chamava mesmo, ela não me atendia.



- Atendeu? - Ele perguntou.



- Você ouviu algum "alô"? - O cortei.



Liguei novamente, e ela não atendia, liguei mais uma vez e nada. Amém, Senhor.



- Pai, ela deve estar dormindo. Dê um tempo, por favor. - Senti um alívio me percorrer.



- Ligue de novo. - Emanuelle disse, incrível como ela só queria ferrar com a minha vida.



- Não se meta, mas que droga mesmo. - Disse irritada com tudo.



- Ok, Bella... - Meu pai falou. - Eu vou dormir, estou super cansado, mas amanhã é outro dia. - Aquilo soou como uma ameaça.



Deitei em minha cama perdida em pensamentos bons e ruins, eu estava exausta, então adormeci. Mais um dia que eu não estava nem um pouco a fim de enfrentar. Levantei-me quase caindo de tanto sono, e o pior era que aquela escola era turno integral, eu não merecia tudo isso. Fiz minha higiene, vesti-me, peguei minhas coisas as quais eu lembrei que eu havia deixado em algum lugar da sala no terrível dia anterior. Peguei uma maçã de leve na cozinha, pois eu não havia tempo e nem pique para um café da manhã reforçado.



Logo lembre-me que meu carro não estava na garagem, estava com Rafael. Merda, será que meu pai havia visto? Claro que havia, até porque ele sempre saía antes de mim, seria mais outra coisa da qual ele me cobraria à noite. Eu desejava não voltar. Mas agora a questão era: como eu iria para a porcaria da escola? Eu só me fodo nessa vida, era impressionante isso, eu poderia ser uma adolescente normal, mas não, parecia que isso não era possível. Depois que eu conheci Rafael tudo virou do avesso, tudo mesmo.



A escola era longe, realmente longe, só de carro dava uns 30 minutos, imagina se eu pegasse um ônibus, chegaria lá na minha formatura. Comecei a caminhar pela rua, pensando numa possibilidade de ir para aquela joça, óbvio que eu ia ter que ir até o apartamento de Rafael e talvez pegar uma carona com ele, era o jeito.

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