Capítulo 11 - Fred

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Já havia passado uma semana e Bruna ainda fazia questão de não olhar em minha cara e isso doía pra caramba. E eu ignorava Rafael de todos os modos, pois eu coloquei em minha cabeça que eu não iria mais ser feita de idiota por ele, é como se eu quisesse me livrar e deixar de ser atraída por ele.



- Bruna, posso falar com você? - Perguntei esperançosa ao ver ela passar por mim no corredor, desde que a gente havia se desentendido eu não deixava de correr atrás dela nem uma única vez. Bruna não me respondeu, apenas continuou andando. Segurei a droga do choro.



- Ih ! Acho que sua amiguinha não quer mais saber de você... Até que eu entendo ela.



- Rafa... - Revirei os olhos ao avistar ele, que se mantinha com as mãos no bolso.



- Lindo como sempre. - Ele disse e eu fechei a porta do meu armário com força.



- Não, idiota como sempre.



- Posso até imaginar porque ela não quer falar com você. - Ele disse e riu.



- Ah é? Então me diz o porquê. - O desafiei.



- Simples... Eu e você. - Ele disse indiferente. - Vá lá e confie na sua amiga, conte para ela que nós transamos, que você é apaixonada por mim e que eu te proporciono muito prazer. - Eu ri debochada.



- Não sonha. - Falei.



- Mas não é verdade? Ou você vai dizer que nós nunca transamos?



- Vou dizer que nós nunca transamos, pelo menos para tentar ficar feliz... - Rafael me olhou e riu.



- É incrível como você mente para todos e para você mesma. - Ele tocou em minha ferida, aquilo me atingiu em cheia. - Pensei que você fosse mais inteligente... Me ignorar, não vai fazer você se afastar de mim. Eu te tenho, entenda isso.



- Não, você ACHA que me tem. É bem diferente.



- É aí que você se engana...BELLA. - Ele deu ênfase ao meu apelido.



- Me deixe em paz, Rafael. Eu estou apenas tentando ser quem eu era antes de te conhecer.



- Ok, mas só pra te avisar que: Sua pureza não volta, eu não posso te devolver ela. Desculpe. - Ele disse implicante como sempre, riu e saiu. Filho da puta.



Bateu o sinal e fui para a sala de aula sem vontade alguma. A aula de inglês foi normal, tirando a parte que eu tive que ver minha melhor amiga rindo loucamente com Jenni como se elas realmente fossem íntimas, caralho, elas não eram, nunca foram. Ridículo isso. A verdade era que Bruna me fazia muita falta, ela era praticamente minha única amiga, a única pessoa que eu podia confiar e não confiei.



- Professora? - Chamei e ela me olhou. - Será que eu posso ir tomar uma água?



- Não está se sentindo bem de novo, Isabella? Aham, sei. - Manoela se meteu.



- Garota, me responde uma coisa, eu te chamei no assunto? Ah claro que não, é que ser metida é sua especialidade.



- Eu falo o que eu quiser. - Ela tentou se defender.



- Só fala o que quiser pessoas com conteúdo, e não, você não tem isso. - Manu ficou quieta. - Ah e eu tenho uma pergunta: Como vai as coisas com o seu pai? Fiquei sabendo que ele descobriu que havia um garoto em sua casa, alguma coisa assim... - Fui uma verdadeira megera, confesso, mas não mais do que ela. Manu me olhou com uma cara do tipo "como você sabe?" e eu ri, enquanto a turma cochichava. - Ah e se você quer saber, não, eu não estou me sentindo mal... Só estou com sede. Isso te incomoda?

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