Parte I - 29

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Laboratório subterrâneo:

- Essa foi por pouco, mas parece que a peitos de vaca não teve tanta sorte assim.

Comentou Evangeline ao se levantar e encarar a porta trancada. Ela olhou em volta, o corredor por onde entraram estava deserto, um alívio pelo menos. Ela limpou seu uniforme enquanto andava até o corpo de Riley.

- Eu realmente não esperava que ela sacrificaria a si mesma para te salvar. - revelou enquanto se agaixava próximo o garoto. - Eu não sei direito o que está havendo, mas parece que ela está apostando bastante em você, Sr. Virgem.

Agora eu não sei se essa aposta terá resultados bons ou ruins.

- Certo, agora preciso encontrar um jeito de sair daqui e relatar o que houve para a senhorita.

Evangeline continuou a caminhar enquanto deixava o corpo do garoto para trás caído no chão branco daquele corredor. Ela pouco se importava com o que aconteceria à ele, no momento sua missão era mais importante que tudo.

Antes que pudesse dar o próximo passo, algo passou ricocheteou no chão e atingiu o teto, depois a parede e depois sumiu; em seguida, algo passou próximo ao seu rosto e acertou a parede, depois o chão e sumiu.

- Eh...? Mas o que foi isso agora...?

Perguntou-se enquanto tocava com a ponta dos dedos sobre a região em que sentia um pequeno ardume no rosto, levou os dedos até a altura dos olhos e percebeu que havia sangue neles, uma fina linha vermelha escorria por seu rosto exatamente onde uma munição de calibre médio raspou.

Ela olhou com espanto para a direção de onde os dois primeiros disparos vieram e automaticamente ergueu as mãos conjurando uma nuvem negra e saltou num recuo enquanto uma chuva de disparos veio ao seu encontro, mas todas as balas entraram na nuvem negra e desapareceram completamente.

Droga, mas um segundo e eu estaria com alguns buracos a mais.

Algumas armas começaram a surgir das paredes e mirar completamente na direção da garota, em seguida começaram a disparar, forçando-a a se movimentar rapidamente para conseguir desviar.

Droga, desse jeito eu não vou conseguir conter todas, gastei boa parte do meu poder enquanto observava aqueles dois ontem... Espera aí! E quanto àquele maldito virgem... Hm! É uma sorte ele não ter sido atingido ainda. Bem, ele não significa nada pra mim, então não tenho porquê me preocupar. Só preciso garantir de tirar meu traseiro com segurança desse lugar.

Evangeline se levantou já pensando numa estratégia pra escapar dali, ela poderia usar o corpo do garoto como escudo e escapar, mas se fizesse isso, Nebrissa poderia descobrir e com certeza ficaria bem irritada. Nesse caso ela poderia usar o garoto como distração ao jogá-lo pra um lado enquanto se movia para o outro, afinal, ele não significava nada para ela é não tinha porquê se importar.

As armas começaram a se mover e a disparar novamente, e dessa vez foram todas simultaneamente.

- Ah, droga! Você vai me pagar muito caro por isso mais tarde, seu maldito careca!

Gritou irritada ao correr em direção ao garoto e se jogar no chão deslizando até ele e o abraçando.

- Casulo Negro!

Exclamou e uma sombra surgiu no chão para onde ela caiu puxando o corpo de Riley consigo, as balas passaram a poucos milímetros de seus corpos até seguiram retamente no corredor.

Dentro daquela sombra era como uma pequena doca, apesar de ser tudo completamente negro lá dentro e haver uma fraca névoa emanado, o espaço era suficiente para apenas uma pessoa, por esse motivo Evangeline estava sentada sobre o colo do garoto.

Bem, ele não vai se importar. E também...

- ... Desse jeito eu é que vou acabar morrendo aqui.

Comentou enquanto rasgava uma parte da camisa de Riley para fazer uma amarra em seu braço esquerdo onde uma bala a acertou, mas que por uma sorte do acaso, atravessou sem danificar seus ossos.

Ela urrou de dor ao dar um nó apertado para estancar o sangramento, e logo em seguida sentiu seu braço esquerdo ficar completamente dormente. Sua visão começou a ficar lentamente turva e começou a se sentir um pouco zonza também.

Ainda não! Não posso cair num lugar como esse, e ainda por cima com um garoto. O que será que a senhorita iria pensar se me visse assim agora? Eu preciso me manter consciente e derrubar aquelas armas. Com Nebrissa trancada naquela sala e o careca desmaiado no momento, não há ninguém para testemunhar o que vai acontecer, então posso usar minhas melhores habilidades para resolver essa situação.

- Muito bem, agora eu quero que você fique quietinho aqui e não faça nenhuma idiotice. Agora, vamos ao show!

Ela saltou para fora já preparada para o que viria e no mesmo instante uma chuva de disparos veio em sua direção, ela estendeu as duas mãos e conjurou uma nuvem de sombra em cada uma das mãos por onde as balas entraram e desapareceram.

- Hora de devolver!

A chuva de balas saiu das sombras em direção às próprias armas, chegando a destruir algumas mais próximas. Evangeline se moveu rapidamente enquanto avançava sobre a arma mais próxima que começou a disparar, ela esquivou dos tiros, deu alguns passos na parede e depois saltou, conseguindo derrubar a arma no teto com um forte chute.

Droga! Isso realmente dói pra caramba!

Sentiu seu braço doer centenas de vezes ao se mover todas as vezes.

Com um rápido reflexo ela curvou seu corpo trás conseguindo desviar por pouco de mais uma chuva de balas que veio em sua direção. Ela se moveu de uma lado para o outro se esquivando dos disparos, e ao chegar bem próxima da arma que atirava, uma lança escura surgiu sob sua mão direita.

- Lança Negra!

Exclamou ao lança-la na direção da arma e destruí-la completamente. Agora só havia mais duas armas que estavam próximas uma da outra. Mais uma vez à lança escura surgiu sob sua mão direita e no momento que ia lança-la uma bala atravessou seu abdômen.

Mas o que...?

Ela sentiu seu corpo ficar milhares de vezes mais pesado e suas pernas mais fracas, ela mal conseguia se manter de pés e logo tombou pra frente indo de encontro ao chão. Como não tinha mais forças para tentar amortecer a aqueda acabou por bater fortemente com a cabeça no piso, e isso fez com que um linha de sangue começasse a descer por sua testa.

As armas começaram a mudar a direção e mirar onde ela havia caído, e teve certeza absoluta pelos sons maquinais que não tinha mais escapatória, a próxima chuva de tiros lhe deixaria completamente retalhada.

Droga... Parece que dessa vez não vai ter escapatória... Esse vai ser o meu fim...

A Cidade Escolar (Light Novel Project Pt-Br)Onde histórias criam vida. Descubra agora