A Cidade Escolar (Light Novel Project Pt-Br)

Parte I - 26

Quarto Laboratório:

O trio andava pelos corredores desertos do gigantesco laboratório subterrâneo que estava completamente deserto. Devido ao ataque do Mascarado, todas as atividades, pesquisas e teste estavam suspensos por tempo indeterminado.

Como o elevador estava bloqueado, eles tiveram de encontrar uma rota alternativa, que foi através dos grandes dutos de ventilação.

- É estranho voltar aqui novamente.

- Você não está mais usando uma mascara e também está vestindo roupas comuns, está tudo bem para você se for pega pelas câmeras de segurança?

- Não se preocupe, eu sou uma usuária de raio, então manipular a eletricidade e alterar as imagens nas câmeras de gravações é tão fácil quanto respirar para mim.

- Oh, uma habilidade um tanto incomum para uma aluna do ensino médio.

- Você aí, fique calada, ainda não aceitei a decisão de ter vindo conosco.

- Ora, ora, por que está tão irritada assim, peitos de vaca? Será que você gostaria de ficar sozinha com o Sr. Virgem aqui?

Evangeline zombou levando a mão a boca enquanto dava um pequeno risinho.

- Ei... Eu ainda estou aqui, sabia... - Riley protestou, mas nenhum das garotas pareceu ligar para ele.

- Você realmente está querendo ser morta, não é?

Nebrissa ameaçou enquanto soltava algumas faíscas elétricas de seu cabelo.

- Que medo. Você é bem assustadora às vezes, agora sei porque não é popular entre os garotos. Quero dizer, eles apenas são atraídos por você por causa dessas duas bolas de carne que você tem aí na frente.

- Oh, então você está com inveja? Quer que eu te diga o segredo para se alcançar a proporção certa, pois vejo que os seus pararam de se desenvolver há muito tempo.

- Ora sua tampinha...!

- O que você disse, stalker?!

- Morra, vaca leiteira!

- Morra, vaca sem peitos!

As duas garotas se atacavam verbalmente sem hesitação alguma. Elas pareciam ser inimigas naturais, não importa como fosse visto, ambas não se davam bem como água e óleo.

Riley apenas escutava tudo calado, pois não queria se envolver nos assuntos delas.

Essas duas realmente não se dão bem de forma alguma. Isso está deixando o clima completamente irritante aqui.

- Hm?

Ele, de repente, parou. Ficou totalmente imóvel como um estatua de pedra enquanto parecia olhar para o além.

- Ei, o que houve, Riley?

- Tem algo estranho aqui. - ele se agachou - É como se houvesse uma passagem de Spirituali bem abaixo dos nossos pés.

- Do que você está falando? - Evangeline perguntou - Eu não estou sentindo nada.

- Eu também não.

Nebrissa concordou, depois andou até a parede mais próxima e tocou a palma de sua mão. Ela podia usar sua habilidade com eletricidade através das estruturas de metais que haviam nas paredes para fazer uma varredura de todo o andar em que estavam.

- Espere, algo não está certo aqui.

- O que você quer dizer?

- Quando eu invadi esse lugar antes, eu fiz uma varredura completa desse andar através das estruturas de metais dentro das paredes. Mas algo está diferente de antes, é como se a estrutura de todo o andar estivesse completamente alterada.

- Eu sinto um fraco rastro de Spirituali vindo dessa direção.

Riley se levantou e seguiu em frente, Nebrissa o seguiu logo após e por ultimo foi Evangeline, que não estava entendendo o que estava acontecendo ali.

Eles andaram por um longo corredor branco cheio de portas de cada lado, cada uma dessas portas dava acesso a uma sala de pesquisa diferente, ou a uma sala de testes. Todas eram equipadas com fechaduras eletrônicas que estavam em vermelho no momento, o que significa que estavam trancadas.

Era estranho andar por aquele corredor deserto enquanto se ouvia seus próprios passos ecoarem. Lhes dava uma sensação estranha de que a qualquer momento alguém surgiria de uma daquelas portas.

O piso feito completamente de mármore branco refletia o trio enquanto passavam. Riley tinha um mau pressentimento quanto mais se aproximava de onde sentia a fraca energia emanar.

Eles então chegaram a um beco sem saída. Não havia mais nada ali além de uma grande parede branca, a qual o trio ficou encarando sem saber o que fazer.

- E então, é apenas isso?

Evangeline perguntou aparentando estar decepcionada com aquilo. Ela suspirou em afirmação a sua completa decepção.

- Parece que não há qualquer saída por aqui. Vamos dar a volta e ver se encontramos outra rota...

- Não.

Nebrissa protestou.

- Algo não está certo aqui.

- O que você quer dizer? Não está vendo que não há mais nada aqui? É apenas um beco sem saída alguma.

- É isso o que eu estou dizendo. Isso não está certo. Essa parede não estava aqui antes.

Nebrissa respondeu de forma indiferente.

- O quê? Você está querendo me dizer que essa parede surgiu assim de repente aí? Tem certeza de que não se enganou com a estrutura do lugar?

- Sim, é impossível eu me enganar com algo tão simples assim. - Nebrissa afiou os olhos - Algo está completamente errado aqui. Riley o que...

O garoto parecia totalmente focado na parede, pois não piscou por um único momento sequer. Ele se aproximou lentamente enquanto estendia um dedo bem próximo à parede para toca-la.

E no momento em que tocou, um forte estrondo tomou conta do lugar seguido de um lampejo que obrigou as garotas a fecharem os olhos repentinamente e quando os abriram novamente, tudo o que viram foi um corpo no ar.

O cheiro fraco de carne queimada, as roupas completamente chamuscadas e os cabelos levemente fumegantes. O corpo do garoto caiu imóvel no piso de mármore fazendo um som brusco.

Nebrissa e Evangeline estavam completamente atordoadas com aquilo e nem sequer conseguiram ter uma reação naquele momento. Nebrissa num impulso se moveu em direçao ao corpo do garoto enquanto gritava por seu nome.

- RILEY!!!

Mas que porcaria é essa...? - Evangeline perguntou-se com os olhos atônitos após ver 'aquilo' a sua frente. Esse lugar... Guardava algo assim?