Paradise

World

O mundo era a coisa que mais intrigava os sentimentos de Mark. Tudo era muito assustador, sabe. Sair; conhecer pessoas; falar com estranhos. Era tudo muito complicado para aqueles que não o conheciam. Era tudo muito fascinante aos olhos dos curiosos. Era muito belo para aqueles que sabiam apreciar cada milímetro das coisas, desde o calor do sol até o gelado vento das noites. Multidões, barulhos, concreto e prédios formando um incrível contraste com campo, fauna, flora, silêncio. Mark amava esse contraste. Era incrível como um lugar tão pequeno como o mundo - ou grande, dependendo do ponto de vista - podia ter tantos ambientes diferentes.

Mas claro, tudo eram suposições que o garoto fazia ao ver livros e enciclopédias. Tudo que conhecia se resumia àquele quarto branco, que só possuía uma pequena cama e um simples criado mudo. Às vezes, algumas pessoas estranhas apareciam e o levavam para uma espécie de jardim, onde o menino se divertia olhando os diferentes tipos de cores de flores que lá haviam. Mas isso era em momentos raros, então as páginas com simples fotografias e algumas descrições confusas para sua mente o divertiam. Sempre fora muito conformado. Gostava até certo ponto de sua realidade.

Mas sua verdadeira felicidade era encontrada no mundo de Morfeu. Sonhar era seu paraíso particular. Seu verdadeiro mundo. Lá podia definir por si só tudo que tivesse vontade. O céu poderia ser da cor que ele quisesse. Poderia até mesmo mesclar, por exemplo, roxo com laranja sem que ninguém o dissesse que aquilo era errado ou que não fazia sentindo. Lá podia viajar para qualquer lugar que vira escrito naqueles tão amados livros ou simplesmente, quando sentia suas crises de criatividade, criar seu próprio lugar ideal.

Masera também no sonhar que Mark o encontrava. Talvez fosse ele que fizesse omundo de Morfeu ser tão especial, seu pequeno paraíso. Talvez porque ele fosseseu paraíso mais precioso.