O Acaso Perfeito

Capítulo 8

Ao chegar na cidade senti uma pontada no peito e fomos direto ao cemitério, onde estava enterrado o meu pai.

Fiquei arrasada, amava muito o meu pai, apesar das mágoas que sentia.

Na realidade a culpa não era dele, era minha, eu era fraca demais para suportar ficar na mesma cidade que Amanda e Richard. Por isso preferi fugir e viver longe de meu pai.

Desejei que Charles estivesse aqui comigo, pois ele me fazia me sentir forte e me lembrava de quem eu havia me tornado.

Estava como uma menina que teve seu coração partido pela primeira vez chorando nos braços de Adam. Ele me abraçou e por um instante me senti confortável e segura nos braços dele.

Depois de chorar nós braços dele fomos a antiga casa de papai. Onde minha irmã estaria, relutei para não ir mas era preciso. Pedi a Adam para ficar comigo, me sentia segura ao seu lado.

Ao chegar na casa, ondas de lembranças dominavam meu ser, era medo, raiva, dor , ciúme e ódio inexplicável. Falei para Adam que não conseguiria, era duro demais para mim. Adam sorriu para mim, me beijou o rosto e me disse que eu era forte e que estaria ao meu lado como sempre esteve.

Toquei a campaia e minha irmã abriu aporta. Adam havia ligado e falado para ela que estávamos indo para lá.

Senti meu coração bater mais forte, a Amanda me olhou e chorando me abraçou.

- Papai morreu.

Relutei ao abraço dela mais achei melhor fingir que não me importava com o passado.

- Eu sei, já fui me despedir dele no cemitério antes de vir para  cá.

Entrei e vi Richard no sofá, ele levantou ficou paralisado me olhando, sai dos braços da Amanda e segurei na mão de Adam. Estava apavorada como uma criança, lágrimas escorriam de por meu rosto. Richard saiu do seu estado de chock e se aproximou.

- Oi Elizabeth. - Disse seco, eu não o reconheci.

Ele chegou perto da Amanda como se quisesse se proteger de mim. Estranhei seu ato.

-  Tentamos entrar em contato com com você, mas não tínhamos nada a seu respeito. - Eu apenas assenti.

- Papai chamava por você. - Amanda disse chorando.

- Imagino. - Eu disse seca e de cabeça erguida.

Queria correr dali. Amanda mandou Richard levar minha mala para meu antigo quarto e insistiu para que eu ficasse lá porque tinhamos assuntos a resolver com a morte de papai.

Meu telefone tocou. Era Charles querendo saber onde eu estava, pedi licença e fui atender. Notei que Richard não parava de me olhar e isso estava né incomodando profundamente.

Charles me deu quinze dias de folga e falou que ao final de semana iria me visitar, desliguei o telefone mais antes ele falou uma coisa que jamais havia falado.

- Eu te amo Elizabeth. - Fiquei surpresa pois nos nunca falavamos de sentimentos.

- Também te amo Charles. - Disse de imediato.

Quando desliguei Richard me olhou como se reprovasse minha atitude no telefone. Mas que era ele pra achar algo de mim? Ele que me traiu com minha irmã.

Fui levar Adam na varanda da casa.

- Não me deixe aqui com eles fique comigo. - Supliquei.

-  Sabe que não posso mas amanhã estarei aqui bem cedo. - Eu assenti triste e ele sorriu pra mim.

- Você está linda Elizabeth, muito charmosa. - Disse pegando na minha mão e me fazendo girar enquanto eu gargalhava.

- Bobo. - Falei e o abracei.