Talita
Já se passaram mais de 4 meses desde que minha vida sofreu uma das voltas mais difíceis que já sofri e, possivelmente, sofrerei. Há 4 meses todos os meus planos foram destruídos e fiquei totalmente sem rumo.
Foi e ainda é muito dificil, mas estou me esforçando para que eu consiga recomeçar a viver. Sim, parei de viver de fato desde aquele 29 de agosto e só Deus sabe o tanto que me esforcei para evitar isso.Conheci o Rafael, o cara que mais amei - e ainda amo - na vida, num reality show, o qual entrei com o objetivo exclusivo de captar dinheiro para que eu realizasse meu sonho: ser piloto de avião. Tentei evitar o sentimento, me sentia insegura lá dentro sobre a reciprocidade ou não dele em relação a nós e só depois que eu sai que me senti totalmente segura e me entreguei completamente a ele.
Me mudei para o Rio de Janeiro para ficar perto dele, vivíamos como casados, mesmo em casas diferentes. Tínhamos muitas pessoas que torciam pela nossa relação e éramos realmente felizes.
Além de ganhar um homem maravilhoso, carinhoso, parceiro, ganhei uma família. Uma família completa, algo que eu nunca tive antes. Por mais que minha mãe sempre tenha se esforçando para suprir a ausência do meu pai - que nos abandonou e ignorou minhas constantes buscas por ele - sempre faltava algo, faltava aquela figura paterna que eu sempre quis ter.
A família do Rafael é um dos maiores presentes que eu poderia ganhar nessa vida. Muito mais que uma, agora, ex cunhada, sua irmã Juliana se tornou minha melhor amiga, e seus pais, o considerava como se fossem meus.
Depois dele terminar nosso relacionamento sem nenhuma explicação sequer, cortei totalmente qualquer possível contato com ele. Bloqueei em todas as redes sociais possíveis, apaguei as nossas fotos do instagram e ameaçava bloquear qualquer um que postasse foto nossa, doía demais lembrar que tudo aquilo que vivemos não existia mais. Quanto a sua família, mantinha sempre contato com seus pais, suas ligações eram constantes uma vez que não tinha ninguém no Rio de Janeiro, apenas eles. E Juliana, que estava fazendo um intercâmbio, continuou minha amiga, do mesmo jeitinho, sem mudar nada, apenas tendo um assunto proibido entre nós: seu irmão.
Estava pensando em voltar pra minha família em Goiânia, mas isso seria pior. Já sofri demais e não iria fugir de nada, apenas iria aprender a viver sem ele. E vou conseguir.