11- Convite

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[Recado sobre o dia das atualizações do livro e outras coisas no meu perfil]

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- Posso falar? - Raquel perguntou entusiasmada.

- Pode amiga. - Lia disse desviando seus olhos dos meus.

- Eu fui convidada para ir a uma festa. - disse. - E adivinha quem vai dar essa festa? - perguntou ela, esbanjando alegria.

- Você sabe que sou péssima em adivinhar. Fala logo! - disse.

- Laura! - disse ela com um sorriso de orelha a orelha.

- Laura?! - eu e Lia perguntamos em uníssono.

Bom, Laura era uma garota que desde do ensino fundamental tinha uma implicância com a Lia. Na verdade Raquel e eu nunca soubemos o motivo concreto por tamanha implicância. Oque Lia nos contava era que Laura dava em cima do Júlio por isso elas nunca se deram bem.

- Ela me deu três convites. Um pra mim, um pra a Betina e um pra você Lia. - disse mexendo na mochila.

- Eu não vou! - Lia disse.

- Como assim?! - Raquel perguntou incrédula.

- Eu não suporto aquela garota como você quer que eu vá no aniversário dela? - disse ríspida.

- Pela consideração da nossa amizade. - Raquel disse, enquanto caminhávamos até a sala.

- A Betina vai com você! - disse apontando pra mim. - Assim você não ficará sozinha.

- Eu?! - perguntei incrédula.

- Sim, você! - Lia disse com uma voz carinhosa. - Raquel, eu realmente não quero ir pra essa festa e pode ter certeza que você não vai ficar sozinha, pois a Bê vai com você. - disse ela dando um sorrisinho pra mim.

- Será que tem como a gente deixar esse assunto pra depois? - disse adentrando a sala de aula.

- Sem me enrolar vocês duas, em? - Raquel disse após nos sentarmos.

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Às aulas começaram e terminaram bem entediante, como sempre. Tive geografia, química, biologia, filosofia e a terrível matemática.

- Podemos conversar agora? - Raquel disse, enquanto eu arrumava o material dentro da minha bolsa.

- Conversar oque? - desconversei.

- Sobre a festa na praia de amanhã. - disse.

- Raquel você ainda está com isso na cabeça? - Lia perguntou se aproximando da gente.

- Ela é sempre insistente. - disse em um tom deboche.

- Mas oque que custa às duas me acompanharem nessa festa?! Não fazem isso nem pela a melhor amiga? - disse ela nos abraçando.

- Nada de chantagem, em Raquel! - Lia disse rindo.

- É sério! Por favor!  - disse ela.

Olhei pra a Lia e depois encaramos a Raquel juntas.
- Tá bom! - Lia disse. - Satisfeita? Nós vamos com você.

Ela deu um grito baixo e continuou a dizer:
- Já disse que amo vocês?! - Raquel disse sorrindo enquanto tirava os convites entregando pra mim e pra a Lia. - O horário e o nome da praia estam anotados aí! Amanhã a gente combina a hora de se encontrar. - disse. - Agora eu tenho que ir, pois preciso passar no banco pra resolver alguns problemas dos meus pais. - disse sem dar chance da Lia e eu dissermos alguma coisa.

Ela simplesmente deu um beijo no nossos rostos da Lia e às poucos sumiu no corredor do colégio.

- Você vai ir mesmo? - Lia perguntou.

- Vou! - disse enquanto caminhávamos.

Um silêncio angustiante se formou e eu achei que esse era o momento de perguntar.

- Lia, perai! - parei ela no corredor. - A Raquel nos interrompeu, mas agora podemos conversar sobre aquele assunto de cedo.

- Bê, se tem alguma coisa sobre o Diego que você quer saber pergunta a ele. - afirmou.

- Ah então você começa oque queria dizer e agora não quer terminar. - disse fingindo que estava chateada.

- É sério, Betina. - deu um sorriso. - Antes de qualquer coisa, conversar com o Diego ele vai te explicar tudo. - disse. - Eu acho. - sussurrou achando que eu não iria ouvir.

- Eu escutei, viu? - dei um sorriso de leve. - Mas O.K não quer me contar não contar. - murmurei.

- Bom, se você quiser você vai lá pra casa pra você conversar com ele, e ainda passar a tarde comigo. - disse.

- Tá bom, então! Mas antes tenho que falar com meus pais, sabe como eles são, né? - disse pegando celular.

Liguei pra casa e no segundo toque minha mãe atendeu, ela implicou um pouco por ser dia de semana mais logo deixou.

Assim que saímos do colégio, pegamos um táxi com a Lia para chegarmos mais rápido e assim foi. Dito e feito.
Paguei ao taxista a quantia que o taxímetro marcava, depois de longos minutos a Lia recusando.

- A casa deve estar vazia, como sempre. - Lia disse após girar a maçaneta. 

Segui Lia que depois de cumprimetar a Maria assim que guardou a chave, subiu às escadas. A casa estava silenciosa, oque acusava que seus pais não estariam lá.

Maria era a governanta da Lia e do Diego desde pequenos.
Os pais da Lia nunca foram tão presentes o quanto ela gostaria que fosse. Quase sempre que eu ia na casa da Lia eles estavam na empresa ou em alguma reunião em outro estado. Eram e são sempre focados no trabalhos. Apesar da Lia se queixar deles sempre serem uns pais ausentes, nas poucas vezes que conversamos eles foram bem educados e me trataram super bem.

- Você sabe que pode ficar aqui como se fosse sua casa, né? - Lia disse procurando alguma roupa para se vestir no armário. - Você quer vestir algo? - perguntou enquanto eu me sentava na ponta da cama.

- Você sabe Lia que suas roupas nunca iriam caber em mim - disse colocando minha bolsa em cima de uma poltrona dando um riso em seguida.

- Eu não sou gorda tá! Você que é magra demais. - jogou uma blusa em mim.

Joguei a blusa na mesma intensidade fazendo com que acertasse em cheio seu rosto.
Nós rimos.
Ouvimos alguém bater na porta e em seguida a mesma foi aberta.

- Eu trouxe um lanchinho pra vocês! - Maria adentrou o quarto com uma bandeja de   biscoitos e sucos em uma das mãos.

- Sempre atenciosa! - dei um beijo em sua bochecha pegando a bandeja da mão dela.

Ela sorriu em retribuição.

- Maria você sabe se o Diego está aqui em casa? - Lia perguntou de dentro do banheiro.

- Ele saiu mais cedo e chegou a pouco tempo, mas deve estar no quarto. - disse ela indo em direção a porta. - Bom, eu ainda tenho que arrumar o resto da casa. Se vocês quiserem algo é só chamar. - fechou a porta.

- Vai lá falar com Diego amiga!  - Lia disse se jogando na cama.

- Eu nem sei mais se é uma boa ideia, ele pode achar que sou uma intrusa. - disse rindo.

- Para de enrolar, Bê! - apontou pra a porta. - Vai lá!

Suspirei.
- Você pode me mostrar pelo menos qual é o quarto? - sorrir.

- O último do corredor. - disse.

- Ok. - disse mais pra mim do que pra ela.

Suspirei e caminhei até o fim do corredor. Uma porta branca com uma placa azul escrita 'Não incomode'.

Respirei fundo e bati três vezes na porta.

No último InvernoOnde histórias criam vida. Descubra agora