Capítulo sete- O encontro

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Estava num sítio desconhecido, todavia nunca tinha lá estado na minha vida. Encontrava-me sentada num banco feito de ramos de árvores, folhas e flores acabadas de desabrochar, que sítio tão estranho, contudo lindo, havia árvores estranhamente lindas, definidas por espirais, espalhadas pelo campo, as ervas eram de um verde especial, impossível de o explicar, sentia algo mágico á minha volta, parecia ser uma energia e este sítio cheirava mesmo bem. Conseguia ver o sol e a lua ao mesmo tempo, apontei o dedo na direcção da lua, e conforme eu movia o meu dedo, a lua ia atrás. Fiquei faxinada com o que acabara de fazer, não sabia como conseguira fazer aquilo, entusiasmei-me com aquilo, fiz algo que era impossível e continuei a fazê-lo até ouvir um barulho que me chamava a atenção, um som de um cavalo a relinchar. Decidi ir saber de onde vinha esse som, levantei-me do banco e corri á procura desse tal cavalo que relinchava. Procurava e procurava, mas não encontrava nada. Pelo que parecia ser, encontrei uma floresta, mas uma floresta diferente, á medida que passava por milhares de atalhos, encontrei animais que nunca tinha visto na minha vida até hoje. Todos os animais continham misturas de várias espécies de animais juntas, mas tinham uma combinação perfeita, vi um gato branco deitado num ramo de uma árvore, parecia ser uma amendoeira. Esse gato tinha umas orelhas de koala, a sua cauda semelhava-se a uma cauda de leão e tinha uns olhos grandes azuis. Não esquecendo, os vários animais estranhamente diferentes dos que vi durante a caminhada percorrida. Cada vez que avançava, conseguia ouvir nitidamente o relinchar do cavalo e acelarei o meu passo. Quando a floresta finalmente acabou, estava num campo só com a erva, porém não se via vivalma. Do nada, vi uma rapariga montada num cavalo palomino, não conseguia ver bem quem era, porque ainda estava longe. Ao começar a ver a imagem mais nítida, não queria acreditar no que estava a ver com os meus próprios olhos... Aquela rapariga montada em cima do cavalo, era a Rita! Eu não estava a acreditar no que via, não podia ser ela, mas era a Rita. Ela chegou ao pé de mim e desmontou do cavalo, e vi aquele sorriso que há muito tempo que não o via.

- Oh meu Deus! Rita, és mesmo tu?

- Claro que sou! - Ao ela ter dito aquilo, abraçámo-nos entrelaçadas e ali ninguém nos podia separar. Há tanto tempo que desejava encontrar-me com Rita mais uma vez na vida. Finalmente tinha matado as saudades por Rita, é tão bom poder estar com ela outra vez. - Senti a tua falta Maria!

- Também eu, tive mesmo muitas saudades tuas coração. Pensava que nunca mais iria voltar a ver-te, mas estás aqui!

- Eu vou estar sempre ao teu lado Maria, não te esqueças disso, por favor! Quando te sentires sozinha, eu estarei ao teu lado, nunca te esqueças.

- Não me esquecerei.

- A minha mãe precisa da tua ajuda, tu tens de ajudá-la.

- O quê? Tens a certeza? - Por acaso, nunca mais me lembrei da Alice, mas não compreendia o que Rita dizia, porque iria a mãe dela querer a minha ajuda? Aliás, ele odeia-me depois do episódio confrangedor de Rita. - A tua mãe nem me quer ver pela frente!

- Não digas isso, tu irás perceber, quando chegar o momento, basta quereres. - Sinceramente, não estava a perceber nada do que a Rita queria dizer com aquilo, mas aceitei na mesma a responsabilidade de ajudar a Alice, o que quer que seja.

-OK...

- Força, tu consegues. Adoro-te muito Maria, espero que consigas ajudar a minha mãe.

- Eu também Rita, adoro-te infinitos. Eu preciso de ti!

Rita soltou um grande sorriso, os seus olhos azuis brilhavam como estrelas perdidas no céu. De repente, uma luz branca e forte tapou-me a visão, e acordei.

Não passara de um sonho, mas será que foi mesmo um encontro que tive com Rita, através deste sonho, no outro mundo? Aquele sonho deixou-me pensativa durante minutos, tinha de fazer o que Rita me pediu. Estava cheia de dúvidas, secalhar estarei a ser parva, afinal foi só um sonho apenas. Será que a Alice, está bem? Será que ela precisa mesmo de ajuda? Tinha de falar sobre este sonho com Carlos, preciso da opinião dele. Espreitei as horas no telemóvel, ainda eram cinco da manhã. Fiquei aliviada, sempre podia dormir mais duas horas e voltei a pôr-me em posição de conchinha.










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⏰ Última atualização: Jan 23, 2016 ⏰

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