Cap 7

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1 semana nessa ''tribo'' de soldados, eu já estava me sentindo ansiosa, acho que é devido aos remédios que eu não tenho tomado, a insônia, a dor de cabeça, a falta de fome, estava cada vez mais insuportável, estava sendo difícil suportar, porque tem ele e o que eu sinto quando estou perto dele não facilita em nada só piora meu estado mórbido, as alucinações estão frequentes tenho me controlado muito para não ter em publico, porém eu já era acostumado com tudo isso.

Tenho me esforçado nos treinamentos também, só que ultimamente estou parecendo uma zumbi pálida e cheia de olheiras, o pessoal tem perguntado o que eu tenho, falo que estou bem, mas aqui para nós estou é bem mal, tenho me saído bem nas provas logico que não sou á melhor mas não sou a pior, e afinal eu tenho que fazer de tudo para me tornar oficialmente uma soldada do exercito, porém as dores que sinto, a vontade de estar sempre deitada nem que seja olhando para o teto branco gélido não facilita em nada, muito menos que na maioria das noites fico pensando em como vai ser meu enterro, de que cor será o caixão, se alguém vai chorar, se alguém vai sentir minha falta. Tenho falado com a minha mãe, porém ela está muito ocupada me contando sobre a garotinha de cabelos loiros e olhos castanhos que pretende adotar do que percebendo que estou bem mal, esses dias a solidão tem me corroído como a terra corroeram os ossos, ou como um homem corroeu uma mulher mentalmente.

Red: Emma!

Eu tinha esquecido que estava em uma roda de conversa no refeitório, ela passava a mão em frente ao meu rosto em movimentos frenéticos, querendo ser notada.

Emmaline: Red?

Dei um sorriso malicioso, eu era uma ótima atriz.

Red: Sua vez sua maluca, não sei no que tanto pensa, um dia desses, sua cabeça pode estourar de pensamentos.

Olhei sem saber do que ela esta falando.

Carol: Deixe-me adivinhar, você não sabe do que estamos falando?

Emmaline: É acertou.

Carol é mais uma das conhecidas que tenho por aqui, ela é loira. Tem a Kessie, Luana, Tess, elas sentam frequentemente junto comigo e a red.

Kessie: Estamos falando dos homens mais gatos do quartel!

Elas deram risadinhas, mais na minha cabeça isso soou mórbido.

Kessie: Vamos Emma! Sua vez de falar qual homem é o mais gato para você.

Maldito. Entrou em meus pensamentos sem permissão, aqueles olhos ridiculamente verdes, aquele sorriso que o faz ficar irresistível.

Red: Que cara é essa Emma?

Arregalei meus olhos. Elas estavam me olhando maliciosamente, que eu saiba ninguém ler pensamento né?

Emmaline: A única que tenho? Mas quem vocês responderam?

Red: Azeda.

Estirou-me a língua, e eu balancei a cabeça negativamente. É estranho, afinal eu sou estranha. Porém tem pessoas ao meu redor, mas sinto que ao mesmo tempo não tem nenhuma, me sinto só, Nostálgica, sufocada. Quero estar no meu quarto deitada, esperando o tempo passar, esperando á hora de nunca mais acordar.

Tess: Eu falei o Ronick, a Kess o Black, a Luana o Vicentt e a Red o Rafael Forbs.

Tá, ela acha ele bonito, logico que acha, mas quem não? Mas o problema todo começa quando a Tess pronuncia o nome dele, eu sinto algo, é quase como se tivesse uma geleira no meu estomago e isso é um pouco do que sinto, quando estou perto dele. Estranho, eu só sinto isso perto dele será...

Red: Ou então atração?

Percebo que ela estava falando comigo, mas atração acho que é isso o que sinto por ele, exatamente é isso.

Emmaline: Por quem eu acho gato ou sinto atração?

Balançarão a cabeça em concordância. Falei o nome da primeira pessoa que passou.

Emmaline: Finick.

O que foi um erro.

Red: FINICK.

Eu literalmente congelei de vergonha, e também pelo fato da Red ter gritado o nome dele, e ele ter escutado. Ele não tinha um porte atlético musculoso, mas pelo que percebi, adora ler, Curte The Beatles e tem olhos castanhos. Já falei que acho homens de olhos castanhos muito atraentes?

Ele olhou para a mesa, confuso.

Finick: Hm,Olá?

Red: Não era nada, a Emma que é uma fofa, e falou que você ficava muito bem com farda, aliais ela ainda não o viu sem né!

Tá onde posso esconder meu rosto nesse momento? Essa seria uma boa hora para uma dose de bebida alcoólica, eu estava descontraindo mas as alucinações vem do nada, tento me focar o máximo nos meus dedos, era apenas uma brincadeira um mal entendido mas devido ao meu estado não posso ficar nervosa, as alucinações tendem a aparecer. Tudo começa a ficar embaçado ouço vozes ao meu redor, ouço passos, barulho de portas batendo, minhas mãos estão geladas, cravo minhas unhas na palma da mão, sinto o sangue a começar á escorrer e volto ao normal.

Todos na mesa estão rindo, menos eu. Escondo minhas mãos na farda, e me levanto abruptamente eu tentei muito ficar sem eles, sem meus cigarros, mas eles me acalmam.

Emmaline: Licença.

Todos me olham estranhos, acho que pensam que sai por causa do acontecido, que foi uma simples brincadeira, mas pra mim sempre acaba acontecendo esses tipos de coisas. Ouço a Red perguntando se estou bem, repito para mim mesmo, que sim.

Emmaline: SIM, estou Ótima.

Vou em direção à saída só quero ficar sozinha, só quero meus cigarros, minha bebida. Só quero eu e de companhia vou chamar a solidão para dançar.






Olá meninas mais um Capitulo, espero que gostem! vocês sabem que gosto de escreve-la quando tenho surtos criativos, e sobre a depressão da Emma é psicótica.




A Solidão de Emmaline PARADAOnde histórias criam vida. Descubra agora