CAPÍTULO 22

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TONY:


Não estou mais preocupado com a falta de memória da Ángel. O doutor disse que é um sintoma normal por causa do sedativo. Dentro de pouco tempo terei a Ángel 100%. Daqui a dois dias é o nosso casamento. Nossos filhos estão bem, então formaremos uma família feliz.

Depois de algumas horas, o doutor me chamou dizendo que ela já havia se recuperado da falta de memória.

Entrei em seu quarto sem bater, e sou recebido pelo seu melhor sorriso. Sorriu de volta e fecho a porta atrás de mim. 

Vou ao seu encontro e lhe dou um beijo sedento de desejo e cheio de saudades. Como eu a amo.




ÁNGEL:

Aos poucos, memórias do passado vinham à minha mente, e em seguida uma forte dor de cabeça me apunhalava. O doutor havia me dito que era normal. Essa perda de memória era apenas sintoma do remédio que ele me havia medicado. Me explicou tudo, e disse que eu era mãe de dois lindos gêmeos. Na hora, outra memória surgiu. Eu estava escolhendo os nomes dos bebês. 

Logo, eu já havia recuperado todas as idéias. Lembrando de cada detalhe. O sequestro, meus filhotes, os abusos, e meu casamento que estava chegando. Se eu estivesse certa, seria daqui a dois dias. 

-Senhora San romão, seus filhos estarão liberados hoje a tarde, e seu namorado e pai de seus filhos estã lá fora. Posso chamá-lo?

-Não só pode, como deve.

Ele apenas sorriu de uma maneira gentil e saiu.

Ai Tony, espero que você goste do nomes dos nossos filhos. Quero registrá-los logo.

Sou surpreendida quando a porta se abre. Não bateram antes de entrar, e quando eu já iria reclamar, vejo que é o homem dos meus sonhos. Abri meu melhor sorriso, ele no entanto, continuou me encarando com a maior cara de bobo apaixonado com o sorriso do tamanho do mundo.

Fechou a porta e veio me beijar. Estava com tantas saudades desse beijo. Depois disso, nada mais vai nos separar. 

De repente, a porta se abre, e revela alguém com um revólver apontado pra nós. Quer dizer, pra mim.

-Nem um pio ou eu atiro. - Disse e trancou a porta.

-Por favor, abaixe essa arma. -Tony disse se aproximando.

-Mais um passo e ela morre.

Tony parou.

-Por que você está fazendo isso? Eu nunca te fiz nada. 

-Ah não? E por se sentir superior? E por roubar o amor da minha vida? Tentei separá-los, mas vejo que só a morte separaria vocês. Amei saber que você tinha sido raptada. Mas infelizmente o destino juntou vocês de novo. E se ele não é meu, também não será seu. -Disse Giovani, que imediatamente deu um tiro. A bala agarrou bem no meio dos meus seios, ou melhor, em minha costela.


TONY:

Gritei desesperado e fui ao encontro dela. Ela estava parada. Parecia fraca, não piscava. Olhei para a Giovanni, que nesse momento sorria vitoriosa, e saiu do quarto. Corri atrás dela. Ela não mataria a Ángel e sairia impune dessa, a mais não ia mesmo. Corri, eu corria mais que ela, claro. Vi meu alvo, e a derrubei, a alcancei bem fácil. 

-Você vai me pagar sua desgraçada. Te odeio, te odeio como nunca odiei ninguém. Não sei como tive coragem de me envolver com você. Mas você vai pagar pelo que fez.

A levei pra delegacia perto do hospital. A prenderam logo em seguida. Voltei pro hospital chorando com dois policiais.

Entrei no quarto da Ángel, e a vi deitada na cama. Estava louco, eu vi quando a bala a acertou.

-Senhor, onde está a falecida? 

-É aquela.- apontei pra Ángel

-Não, não morri, Tony.

Corri ao seu encontro.

-Acho que você não vai se livrar assim tão fácil de mim..- sorri.

-Mas como? Eu vi quando a bala te acertou.

-Na verdade, acertou o meu pingente. 

Ela retirou o colar do pescoço, e vi a bala presa.

Como o revólver estava no chão, os policiais levaram para concluir a situação, junto com o pingente. Recolheram as provas, e eu ainda não estou acreditando no que aconteceu.

-Isso me pareceu mais aquele filme. 

Tudo finalmente acabou. O hospital foi avisado de tudo.

Ángel foi liberada naquela mesma tarde junto com nossos filhos. 

Teríamos que prestar um depoimento... fomos direto pra delegacia, e depois fomos embora.

Depois de tudo, ela percebeu que seu aniversário, era bem no dia do casamento. 


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