CAPÍTULO 16

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ÁNGEL:

Fomos comprar os móveis da casa. Tony disse que ele havia juntado economias e dinheiro do seu trabalho. Bom, não questionei, eu acreditava nele. Comprei uma cama de casal, geladeira, TV, sofá, fogão, guarda-roupa, micro-ondas...enfim muitas coisas. Gastamos uma bolada. Eu achei aquilo tudo desnecessário, mas, ele insistiu tanto pra eu levar tudo que eu havia gostado, que levamos quase tudo da loja.

Aproveitamos, e fomos ao shopping, passamos em lojas infantis, e compramos cem pacotes de fraldas. Exagerado? Talvez sim, com certeza. Mas eu estava esperando gêmeos, com esses pacotes todos, eu iria ficar despreocupada por um tempo. Compramos vinte caixas de lenço-umedecido, trinta pomadas, algumas caixas de perfumes, duas banheiras brancas, que vinham com adesivos coloridos, duas saboneteiras, dois pacotes fechados com quinze sabonetes cada. Shampoo e condicionador também, com tudo isso, enriquecemos a loja. Levamos quase tudo. Eu não me espantei com o preço das coisas. Mas Tony mais uma vez disse que eu não deveria me importar com o valor. Já estava pensando que o Tony era rico e eu não sabia. 

Pra falar a verdade, eu não sei mesmo. Ele não gosta de falar muito do pai. Será? E porque ele mentiria pra mim? Vou tirar isso a limpo depois. 

Fomos até a farmácia e compramos alguns remédios infantis. O que me impressionou, foi a quantidade de camisinhas que Tony havia pego. Não sabia se ria, ou se ficava vermelha. Ele também pediu que pegasse duas caixas de pílulas anticoncepcionais. Que safado. Pensei.

Esse era o meu garoto, sorri..

Saí da mesma, e eu estava cheia de sacolas. Não resisti quando vi alguns manequins com roupinhas de bebês. Queria tanto já comprar suas roupinhas. Mas como não sabia que sexo eles eram, deixei pra vir depois. Mas aproveitei o momento, em que avisto algumas roupas de grávida. Fiquei ali olhando os lindos vestidos. Só olhei pro Tony que estava do meu lado que sorria, e balançava a cabeça num "sim, você pode pegar o que quiser".

Entramos, e eu peguei quase todas as peças de roupas que existiam ali. Com tantas sacolas em mãos, fomos até o carro, colocar nossas coisas no lugar, quando saímos e eu senti a brisa no meu rosto, rapidamente um calafrio percorreu o meu corpo, olhei pra trás, mas só via pessoas saindo e entrando em seus carros. Fomos até o nosso carro, e colocamos nossas sacolas dentro do porta-malas.

-Admita- disse enquanto Tony fechava o porta-malas e colocou suas mãos em volta de minha cintura, - eu te falei, não foi? 

Sorri.

-Tenho muito pra gastar, desde que seja com você. - disse se inclinando para me beijar...

Entramos no shopping novamente, e fomos pra praça de alimentação. Eu estava faminta. Nesses últimos dias, eu estava comendo igual a uma onça, mas uê, estou comendo por 3. O que posso fazer?

Depois de comermos, fomos em direção ao nosso apartamento.




-Te amo, sabia?- disse Tony enquanto me deitava na cama, e tirava minha roupa com tranquilidade.

-Sim, já te disse que sempre soube. Seu mulherengo. - disse enquanto lembrava da primeira vez que nos vimos. Ele estava aos beijos com a Giovana, e me soltou uma piscadela. Eu só o beijei.

Tivemos uma noite de amor. Como sempre. 



Acordei grudadinha com o Tony, ele ainda dormia como um anjo, me levantei com cuidado para não acordá-lo, dei um beijo em sua testa, fui para o banheiro, fiz minha higiene matinal, e fui me banhar, escovei meus dentes e vesti um roupão. Sai, e Tony ainda dormia. 

Desci até a cozinha, e não tinha nada, afinal, não tinha geladeira ainda. Então decidi sair pra comprar algo pra comermos.

Subi, escrevi um recadinho dizendo que sairia. 

Deixei no criado-mudo da cama velha que existia lá e fui ao mercado mais próximo que havia.

Andei umas duas quadras, e avistei um supermercado. Já estava exausta de tanto andar. 

Entrei no ambiente, e peguei um carrinho. Peguei algumas coisas básicas para podermos comer naquela manhã apenas. 

Fui pro caixa, e olhei para o outro lado da pista, vi o Tarado, ele me olhava com um sorriso. 

O que eu faço agora?

Esperei todos passarem, e uma jovem que estava atrás de mim, me perguntou porque eu estava tão tensa. 

-Não é nada- respondi com um sorriso forçado.-

Você me faz o favor de me acompanhar até minha casa? Eu estou grávida e não vou aguentar carregar essas coisas sozinha.


Ela me ajudou, acho que assim, ele não faria nada contra mim.

Ele estava dentro do carro, encostado na calçada, assim que me viu sair do mercado, ligou o carro e o jogou para cima de nós, subindo no meio fio, quase nos atropelando. A garota ficou tão assustada. Fiquei mal por ela. Imagina se esse infeliz a machucasse por minha causa? 

Adiantamos nossos passos e ela me acompanhou até minha casa.

Depois que algum tempo eu vim processar o seguinte: O Tarado quer me matar.




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