Possuído?

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-- Será que da para você dizer logo o por que de ter gritado feito um louco, Luís? -- disse Alice, num tom arrogante em que ela era ótima em fazê- lo.

Luís então decide contar aos seus amigos logo, pois virá na sua mente algo ainda mas importante, ele tinha que saber o que era aquilo que puxou teu pé, pois se aquela coisa queria matar ele, talvez ele estivesse correndo perigo, e pior, talvez não só ele, também todos ali estivessem correndo perigo.

-- Sentem se para não caírem -- disse Luís, olhando para todos seriamente.

Todos se sentaram, pois queriam saber o que ocorrerá com Luís, ele estava estranho aos olhos de todos ali, Luís estava sentado com os olhos vermelhos como quem estava quase a ponte de chorar.

-- Agora conte -- disse Alice.

-- Eu decidi ir nadar com vocês, mais ao chegar na metade do caminho algo puxou meu pé para baixo, algo tentou me matar a qualquer custo...-- disse Luís, parecendo mais nervoso a cada palavra.

-- Você está louco, cara? -- disse Gabriel.

-- Cala a boca Gabriel, eu acredito nele pois algo puxou meu pé na escada ontem a noite também -- disse Alice.

-- Não me mande calar a bo -- Gabriel congela, após se lembrar daquele quarto que ele achará na noite passada -- Vêem comigo. -- Gabriel disse, se levantando da ponte de madeira e andando até a casa.

-- Pera aí Gabriel -- diz Alex, que finalmente falará algo, ele só ficará observando, como se estivesse pensando sobre cada palavra em que os amigos dizeram.

-- Não cara, espera você, você é o dono desta casa agora não é? Então precisa ver isto, me segue. -- disse Gabriel por fim.

Todos decidem então seguir os passos de Gabriel. Quando Gabriel passa pelo corredor e chega na porta pela qual ele entrará antes, ele sentirá um calafrio.

-- Nos trouxe aqui para ficarmos vendo você olhando para uma porta? Abra logo isto -- disse Alice, fazendo Gabriel suspirar e abrir a porta, com ele adentrando nela primeiramente e acendendo o interruptor.

-- O que é isso? -- pergunta Gabriel, apontando para as marcas vermelhas na cortina, pela qual ele tinha certeza que eram sangue.

-- Eu não sei Gabriel, só me lembro que este era o quarto que minha Vó nunca me deixou entrar quando eu morava aqui. -- diz Alex, olhando para o porta jóias.

-- Isto é sangue? -- perguntou Alice, apontando para as marcas na cortina.

-- Eu não sei, nunca tinha entrado aqui -- disse Alex.

-- Luís? -- perguntou Gabriel, fazendo com que todos dirigissem seus olhares para Luís.

-- Ei -- disse Alice, tacando uma almofada que ela achou num dos baús em Luís, porém ele pegou a almofada com rapidez com a mão direita e jogou a no chão com força, ele estava em frente a porta, portanto ele era o que estava mais perto da porta.

-- Luís, você tá bem cara? -- perguntou Alex, claramente preocupado com o amigo, ele parecia um cadáver de tão branco que estava é seus olhos estavam escuros como a noite. Todos ficaram quietos por alguns segundos, aguardando ele ter alguma reação, pois todos estavam assustados.

-- Todos irão morrer - Luís diz com um sorriso no rosto, sua voz está mais grossa do que o normal e suas pupilas estão dilatas, sua aparência é obscura, assustando mais ainda todos.

-- O que ele disse? -- perguntou Alice, olhando para Thiago com receio.

-- Ela não aceitará isto, todos terão que morrer. -- disse Luís, ou aquilo que o possuirá.

-- DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO!? -- gritou Alice.

-- Cale a boca, vadia -- respondeu aquilo que possuirá Luís, com um sorriso sobre a face do rosto de quem aquela coisa o possuirá.

Em seguinte, Alice se dirige até Luís, levando sua mão pronto para dar lhe um tapa no rosto. Porém ao levantar sua mão, Luís segura a mão de Alice, e em um milésimo de segundo, ele a morde. Alice range de dor, e consegue soltar suas mãos dos dentes de Luís.

Gabriel, saindo do petrificamento pela qual ele estava, puxa Alice para perto e sí. Novamente dirigindo seu olhar para Luís, o que está havendo?

Em um único gesto, rápido e certeiro, Thiago pega um pedaço de madeira que estava perto da cama, e o arremessa com toda a sua força na cabeça de Luís, acertando o alvo.

-- Por que você fez isso!!? -- exclamou Gabriel, Thiago estava pronto para dizer alguma coisa porém Alex esclareceu.

-- O que você queria? Que ele continuasse desse jeito e começasse a morder a todos? -- disse Alex, soltando um riso no final da frase. -- Me ajude a leva- lo até a sala.

Ao segurar Luís, Gabriel e Alex sentiram um cheiro estranho no corpo do amigo, como se ele estivesse podre, apodrecido por dentro. Porém, como as coisas já estavam estranhas demais, tanto Alex quanto Gabriel decidiram ignorar este fato.

Após carregarem Luís até a sala, o colocaram no sofá, todos estavam em volta dele, o fitando, aquele não parecia Luís, seu rosto antes exibindo uma cor clara, porém alaranjada, agora estava tão branca que parecia a de um cadáver, seu corpo, após ser tocado por Gabriel, neste momento agora parecia mais frio do que nunca.

-- Você o matou! -- acusou Gabriel, apontando para Thiago, o dedo acusador.

-- Eu não matei ele! -- exclamou Thiago, se aproximando até o corpo de Luís, e colocando sua mão sobre seu pulso, que pelo qual deveria estar pulsando, porém, ele não sente nenhum único movimento.

-- Mais... -- diz Thiago, apavorado, andando para trás. -- Eu só o acertei, não tinha como ele ter morrido! -- exclama Thiago, nervoso.

-- Aé? Então como explica isso? -- questiona Gabriel, dirigindo seu olhar para o corpo de Luís, no sofá.

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