Depois de Thiago afirmar com toda a sua alma que ele não mataria ninguém, por um momento ele pensou que finalmente estava em paz. Mas essa paz não durou muito tempo... depois, Thiago subiu para seu quarto e decidiu se deitar, e foi aí, que as vozes voltaram. Helena não desistiria tão fácil, isso ele já sabia... mas as vozes agora em sua mente pareciam mais reais, mais claras, mas assustadoras...
"Terá que matá-la se não eu mato..."
"Mate-a"
"Céu"Céu? Thiago nunca escutara tantas palavras assim vindo de Helena, estava angustiado. Perguntando quando isso terminaria, mas não queria ter um ataque, estava tentando se controlar, se não, ficariam lhe interrogando e ele tem certeza que isso daria merda. Céu? O que significava Helena dizer céu?
Thiago pega o travesseiro e o coloca em cima de seu rosto, tentando de qualquer forma não escutar aquelas vozes. Ele não queria, não podia continuar assim. De jeito nenhum.
Ele ouve uma batida na porta do seu quarto, interrompendo então as vozes na sua mente, e deixando somente, o vazio do quarto e o som da chuva caindo lá fora. Logo depois, a porta se abre e quem está lá é Alice.
-- Você tem maconha aí? -- Alice pergunta, com uma das mãos sobre a cabeça.
-- Eu não fumo maconha Alice. --
Alice franze o cenho.
-- Jurava que fumava, posso sentar? --
Espera, isso é serio? Alice pedindo permissão para fazer alguma coisa? E por que diabos as vozes cessaram exatamente quando ela entrou no quarto?
-- Tranquilo. -- respondeu Thiago. -- O que tá fazendo acordada? Ou melhor, o que tá fazendo no meu quarto? --
Alice solta uma risada.
-- Eu acabei de acordar, e vi que você era a única pessoa acordada e não estou com porra de sono nenhuma então... não queria ficar sozinha nessa casa por aí. -- ela respondeu, e encarou Thiago. -- Não foi você não é? Que puxou o meu pé, aquele dia? --
-- Pensei que estava de brincadeira quando disse que fui eu, é claro que não fui eu... por que eu faria uma coisa dessas? --
-- Ah, sei lá cara. -- Alice responde.
-- E espera, desde quando você fuma maconha Alice? -- Thiago pergunta, desde que a conhece por gente Alice só fumara uns cigarros.
-- Só fumei algumas vezes, mas, como relaxa, e eu estou com uma dor de cabeça da porra, pensei que ajudaria. -- ela responde, se sentando num pequeno sofá que ficava perto da cama onde Thiago estava deitado.
-- Entendi... --
-- Ah cara, vou deitar aqui mesmo. -- Alice diz, soltando um bocejo e se deita. -- Se eu dormir, me acorda. --
-- Tá -- Thiago respondeu, vendo os olhos de Alice se fecharem com calma, mas parecendo relutar para finalmente, se fecharem por completo. Nem a pau que ele acordaria ela, por ele... ele ficaria ali, a olhando dormir a madrugada inteira. Agora que as vozes na sua mente terminaram, graças a Alice, - e não faço a mínima ideia do que por as vezes cessaram assim que ela chegou - ele finalmente conseguiu adormecer. E adormeceu da melhor forma, encarando o rosto e corpo de uma pessoa que ele sempre amara, também por que... ela era parecida com ela, de todas as formas. Mas Alice tinha algo especial, e ele não sabia o que era ainda, mas pretendia desvendar este segredo em breve.
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Naquele dia, o dia amanhecerá da mesma maneira em que o sol se pôs no dia anterior: chovendo. Mas era uma chuvinha gostosa... tudo parecia, um pouco mais calmo para Alice naquela manhã. Assim que ela acorda, se pergunta por que diabos está no quarto do Thiago. Mas depois, logo se lembra que se deitou ali e sem querer adormeceu, e o filho da mãe provavelmente nem se dará ao trabalho de acorda-lá, é claro. Ela se levanta e vai direto ao banheiro. Quando passou pelo corredor, olhou para o relógio ali, e marcava 9:36. Com certeza, os meninos não acordariam tão cedo. Trancou a porta, ligou o chuveiro e logo uma neblina por conta da água quente surgiu no banheiro. Deixando a água cair, Alice vai até o espelho e lava seu rosto, e escova seus dentes. Distraída, assim que cospe a espuma de sua boca toma um susto ao ver alguém atras dela, ela não sabia o que era, mas jurava ter visto uma menina bem parecida com ela ao seu lado! Se recuperando do susto, e dizendo a si mesma que está vendo coisas, Alice abre a cortina que dá para o chuveiro e a banheira, e em seguida, exclama um grito agudo e terrível; um corpo gelado e embranquecido está morto ali, com os pulsos cortados, a cabeça de lado e com a água vermelha de sangue, Alice reconhece o corpo: é Luiz.
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The Girl
Terror" Eu não queria me mudar para aquela casa, mas eles insistiram, então nós fomos para aquela maldita casa, e foi lá que todos os meus pesadelos se tornaram realidade... Eu não podia acreditar, eu estava apaixonado pela incrível e bela aberração que m...