Capítulo 1...
O dia está ensolarado aqui em Bruxelas, mas o frio persiste mesmo com sol. Minha vida se baseia, acordar, trabalhar, chegar em casa e trabalhar mais ainda. Chego na agência de limpezas, solto o ar do meu peito, estou cansada e nem comecei a trabalhar. Mas sei de onde vem essa falta de entusiasmo.
Aceno para minha colega de trabalho Lari, ela vem toda empolgada em minha direção, diferente de mim.
- Bom dia, raio de sol, ou diria cara de dia nublado. Sua empolgação é ótima
Bufo e choramingo.
-Eu preciso ficar rica, mas estou limpando privadas dos ricos. Mas bom dia- dou de ombros. Ela não merece, meu mal humor matinal.
Sigo para a área de funcionários, preciso saber para onde irão me mandar, já vou rezando. Pois dá ultima vez, me mandaram para limpar banheiros de um estágio de futebol. A imagens desse dia me fazem querer vomitar.
- Ontem sair com um carinha sensacional, ele era tão mágico...
- Pelo amor de Deus, para. Não vem com essa de magia, já conheço essa sua história, você vai acabar se ferrando - falo com experiência dos desamores dela. Ela fica insuportável.
- Mas você está muito errada, o Fernando, é um príncipe, super envolvente. Falou até que me apresentaria para sua família. Não venha para cima de mim, com sua desilusão no amor
Desisto. Sei onde vamos parar, ela me chamando para conhece-lo, e eu sendo vela deles é sempre assim. Olho para quadro, com informações de onde irei ser locada, e não tem nada. Apenas Reunião.
- Que estranho?- falo olhando para Lari- não diz, mais nada.
- Meu Deus, seremos demitidas
- Não, deixa de ser uma louca - eu realmente não preciso disso agora. - Vamos nos vestir e vamos saber a onde vão nos jogar.
O nosso chefe, já estava a nossa espera, temos nós duas e mais uns doze funcionários. Eu realmente espero que não seja para nos demitir, necessito desse emprego, tanto quanto do oxigênio da terra. Olho para Lari, que se senta longe mim, dou uma bronca nela, só com o olhar, ela pisca, pois vai sentar perto de uma carinha novo e bonitinho. Ela não existe.
- Olá, meus queridos funcionários. Vejo que estão nervosos, e logo lhes se aviso, que não serão demitidos, fiquem calmos. - eu sinto minha alma entrar em meu corpo novamente, acho que estava mais nervosa que o normal.
- Então Michael, do que se trata essa mobilização toda? - Lari, ousa fazer a pergunta de ouro.
- É para vocês trabalharem em algo- estranho - mas é algo mais exclusivo, por isso essa reunião com vocês. Todos daqui da sala, irão fazer um trabalho em um evento que irá ser em Bruges - todo mundo da reunião começa a falar, reclamam da escolha- silêncio por favo deixem eu terminar. Eu entendo que é mais distante que o normal para vocês. Mas todos serão acobertados. Ficarão em uma pousada e terão um extra no pagamento.
- Mas somos obrigados a irmos? - faço a pergunta de um milhão de euros, pelo jeito não era só eu a curiosa.
Ele me olha com um ar de desafiador e juro que não entendo.
- Não, mas eu escolhi cada um aqui a dedo, isso mostra que tenho confiança em vocês. Não querem que eu tenha trabalho extra de escolher um outro funcionário, não é mesmo Beatrice?
Me sinto do tamanho de uma formiga, eu entendi essa sútil ameaça.
- Não senhor, não gostaríamos de lhe dar esse trabalho extra...
- Então já que todos estão de ok, com essa decisão. Passem na minha secretária e peguem um envelope, nele está as informações que precisam; hospedagem, inicio e fim de expediente. Vão pois tenho muito o que resolver.
Todos se levantam e começam a sair da sala, pela cara de cada um, sei que não será um trabalho divertido. Sinto e sei que todos se sentem assim, que está mais para façam o trabalho ou vão direto para o olho da rua.
Me aproximo da porta de saída quando escuto o meu chefe me chamar.
- Um minuto por favor Beatrice.
Respiro fundo, Lari, mal consegue conter o olhar de preocupação.
- Sim, senhor Michael
- Tenho a impressão de que você tem uma certa restrição, de executar esse trabalho
- Não, me desculpe se passei essa imagem, mas é que ninguém gostaria e ir para Bruges, para trabalho, uma cidade tão romântica , sempre se espera está lá com o seu amor, e tomar uma finíssima cerveja. Mas enquanto não tenho isso, estou feliz por essa oportunidade - falo com um sorriso forçado e tentando parecer convincente, meus problemas e dividas são maiores.
Ele analisa a minha resposta e eu rezo para que ele não me afaste, não seria bem visto.
- Tudo bem, Bruges, é realmente linda e todos gostaríamos de aproveitar essa cidade. Mas em outro momento pra você senhorita, lá você só irá atender. Vá na minha secretária e pegue o envelope.
Saio da sala sentido o peso do mundo nas costas, pego meu envelope quando chego na ala de funcionários vejo algumas reclamações, não entendo.
- Por que estão tão furiosos?
- Você não abriu seu envelope Bete? Só veja a linda surpresa
Olho para ela com uma interrogação estampada na cara, abro o envelope e tem três papéis; regras do trabalho, informação sobre hospedagem e assinatura de um termo de confidencialidade.
Começo a lê tudo e começo a entender a raiva de alguns. O extra não é tão bom, iremos ficar em uma pousada dividindo quartos e são quatro dias de trabalho.
- Mas que merda é essa? -Lari, só balança a cabeça entendendo a situação - Mas como eu vou consegui fazer esse trabalho? São muitos dias e eu não tenho condições, que droga.
- Eu sei te entendo
- Ah é você sabe? Como? Você é solteira e não tem nenhuma responsabilidade te esperando em casa
- Ei, preciso pagar meu cartão de crédito, isso é responsabilidade também.
- A sua responsabilidade não tem duas pernas e braços e é uma criança. Então você não se encaixa - ponho minha cabeça entre minhas pernas e abraço, como irei fazer dá certo?
- Tenho certeza que você vai consegui Beatrice, eu te ajudo se precisar.
- Não, isso é minha responsabilidade, eu sei que vou consegui. Mas complica demais essa merda, mas obrigada pelo o apoio, irei lembrar e cobrar.
Chego em casa super exausta, começo a preparar o jantar. Escuto a condução buzinando, a Amanda, chegou em casa e vamos lá para mais um turno de trabalho.
- Fala aí irmãzinha, como foi a escola hoje? - Ela me olha com um olhar fatal, ela odeia quando falo assim com ela.
- Não irei lhe responder quando você fala comigo dessa maneira tão repugnante.
- Desculpe-me senhorita Amanda - e só piora a situação, noto isso quando ela bate com toda raiva, a porta do seu quarto - Ah, meu dia trabalho foi maravilhoso, obrigada pela sua curiosidade.
Fico rindo sozinha enquanto cozinho. Olho para a foto na parede e vejo nossa mãe, espero que ela tenha orgulho de quem eu sou, pois não é fácil sem ela aqui.
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Doce Perigo!
RomanceO que nasceu para ser, será! Beatrice Carden, sempre foi um mulher pé no chão, aprendeu a se virar, com pouco ás vezes nada. Perdas á transformaram na mulher forte que é. Ela dúvida de sua capacidade, mas o Amor não. Otho Maddox, é um h...