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Entro na casinha, que é de tijolos antigos e vidro, ela parece um depósito, está escura, apenas a iluminação externa ilumina dentro. O telhado é de vidro então o clima, é agradável .

Vejo Davi, escorado na mesa, a mesa que Lari falou.

- Oi! - falo até um pouco envergonhada - o que te fez mudar de ideia ?

- Perderia a oportunidade de ficar com uma garota fantástica e linda. Isso me fez ficar irritado comigo mesmo. Então... - ele aponta para o redor - sei que não é romântico, mais...

Puxo ele para mim, e o tomo em um beijo.

- Vamos torna-lo romântico do nosso jeito.

Ele me levanta e me põe sentada na mesa, abre minha perna e se encaixa nela. O beijo dele é delicado, e ele explora cada canto do meu corpo, toco seu corpo sem vergonha nenhuma. Eu realmente preciso disso, é como água no deserto.

- Você é um cara surpreendente Davi - vejo meu sutiã no chão e quase nem notei, quão despida estou.

- Desculpa a rapidez, mas só temos 20 minutos, e quero aproveitar cada canto seu.

E seguimos com nossa aventura, meio proibida. É delicioso cada sentimento, me sinto uma adolescente, fugitiva. Chegamos juntos ao nosso ápice, tento não parecer desesperada, mas acho que falhei.

- Você é uma deliciosa mulher Beatrice, queria ter mais tempo com você.

Estou meio ofegante, mas tento me levantar e catar minhas roupas.

- Eu também Davi, mas vamos repetir, temos até segunda - ele faz uma cara meio tristonha, mas tento não me prender nisso. Foi apenas um sexo.

- Você tem razão.

Eu entro pela porta dos funcionários, Davi, conhece o local e escolheu ir por outro lado. Ele tinha que chegar mais cedo que eu, então foi antes.

Chego saltitante na cozinha, até assobio. Eu precisava disso para aguentar o segundo round das ricas esnobes. Mas quando entro na cozinha, vejo que Lari, está do lado da nossa encarregada, e ao lado delas está um mulher por volta dos seus 40 anos, e parece ser uma das ricas esnobes.

Roupas caras, joias e classe. Sim é uma delas. Congelo.

- Senhorita Beatrice Carden? - olho para o rosto de Lari, tentando entender a situação e ela faz sinal de confirmação com a cabeça. Elas sabem.

- Sim, sou eu. Precisam de mim em algo? - minhas pernas parecem gelatina, sinto meu rosto queimar. Tento manter a compostura, mas fica difícil, cada vez que uma delas, me olham dos pés a cabeça.

- Senhorita, Lari Fergones, pode se retirar agora.

Olho para Lari, que se desculpa por ter que ir. Agora são apenas nós três.

- Tudo bem, com a senhorita?

Tento analisar a situação, não quero entregar nada que ela fingem que sabem, seria um erro grotesco. Mas é difícil, elas parecem duas pedras de mármore , nenhuma expressão, nada.

- Sim, e com as senhoras?

- Muito bem, obrigada. Estamos em festa para o nosso senhor. Mas você sabe o motivo de estarmos aqui.

Olho bem nos olhos dela e puxo um sorriso tímido.

- Me desculpe senhora, mas eu ainda não entendo. Ainda tenho 20 minutos para voltar ao trabalho, sugiro que não seja por atraso.

Ela rir e se aproxima de mim. A minha encarregada, se mantém em seu lugar, apenas observa.

- Senhorita, olhe para mim, olhe para a sua encarregada; Acha que somos idiotas? Acha que não conhecemos, uma mulher do seu tipo?

Engulo em seco, mais um desaforo. Não posso perder essa.

- Eu ainda sigo sem entender, em o que a senhora custa a me culpar. Eu estava lá fora tomando um ar, antes de voltar para o salão.

- Sozinha?

- Como assim, sozinha? Eu estava acompanhada de um amigo que fiz aqui. O meu erro foi esse? Ter um amigo para me acompanhar?

A sua risada toma todo o ambiente, ela dá as costas pra mim, passa os dedos sobre uma prateleira, mas logo limpa. Tem nojo do ambiente.

- Senhorita Beatrice, lógico que está acompanhada de um amigo de trabalho não é algo a ser julgado. Mas o que se faz com ele, é algo para se julgar. - a minha encarregada finalmente fala, e pelo jeito sabe o que diz. Mas me manterei calada até o meu túmulo.

- Mas eu não fiz nada de errado, ainda procuro entender as razões de está sendo julgada - tento manter a calma em minha voz, mas sinto o vacilo. Aumentei o tom e me mostrei preocupada . Isso não pode dá errado.

- Se você insiste que não fez nada, compareça daqui a pouco na sala do Sr; Otho. Iremos conversar melhor, odeio descer até aqui. Vamos Sra; Roster.

- No horário marcado, iremos lhe chamar, agora volte para seu trabalho, senhorita.

- Sim, senhora. - falo quase em um sussurro, sei no que isso vai dá.

Subo e procuro Lari, vou no banheiro e ela está lá. Chego com a cara de choro perto dela, ela logo entende.

- Eu estava a ponto de morrer de preocupação, ela sabem de alguma coisa? - ela me puxa para o canto.

Apenas balanço a cabeça em confirmação, nem tenho voz para confirmar. Sinto minhas lágrimas descerem.

- Eu tenho Amanda, para sustentar, e consegui me colocar numa situação como essa. Eu não tô acreditando Lari. E agora?

- Ei relaxa, não sabemos que foi isso, nem se vai ser demitida. Vamos ser positiva. E outra, você tem a mim.

Sento no chão, e seguro minha cabeça, não pode ser possível, eu desempregada. Lari, se ajoelha ao meu lado e me abraça.

- Eu sou um fracasso mesmo.

- Elas disseram o que?

- Que quando chegasse o horário, iriam me levar para sala de um tal Otho, que lá iriam conversar melhor. Não sei quem é esse, mas isso é o de menos, eu estou muito ferrada.

- Mas pelo menos o sexo foi bom?

Olho pra cara dela com ódio, como ela faz uma pergunta dessas, em um momento como esse?

- Tenho vontade de te matar... mas foi maravilhoso - estou rindo de nervoso - bom deixa eu desfrutar dos minutos que me restam - dou um murro na parede, mas logo me arrependo - hoje não está sendo meu dia.

Sigo para o salão, as pessoas saem das salas e começam a se aglomerar. Caminho pelo o ambiente, e me pego tentando me esconder, por trás das pessoas. Isso é inútil. Ouço uma voz me chamar, quando olho, vejo um segurança, alto negro, cara de poucos amigos.

- Queira me acompanhar senhorita Beatrice.

Ponho minha bandeja na mesa, e o sigo. Por incrível que pareça, estou calma, sei o meu destino.

Sigo ele, entramos em um corredor, não andei por esse lado, mas logo me situo . Estamos no corredor do chefe esquisito, até então estava calma mas quando vejo a sala que estamos prestes a entrar. Meu coração começa a bater descompassadamente, minhas mãos tremem. E não entendo o por que.

Ele bate na porta e uma voz feminina diz entre. Estou encostada na parede, o segurança pede para que eu entre, movo minha cabeça em negativa, ele logo me puxa para dentro da sala.

- Meu Deus - são ás únicas palavras que saem de minha boca. Estão aqui; minha encarregada, a senhora rica e o chefe esquisito que agora tem um nome, Otho.

Doce Perigo!Onde histórias criam vida. Descubra agora