página 5 *

16 3 0
                                    

Me arrumo para mais um dia de trabalho, hoje poderei chegar mais tarde no castelo, tenho a manhã livre e decidi andar pela cidade com a Amanda.

Saio na pela cidade, e logo me encanto pelo o lugar, pequeno se comparado a onde moro. As pessoas aqui, não necessitam de correr contra o tempo. Tiro fotos em cada esquina.

- Você parece uma senhora turista, tira foto até do mato que cresce - ela tem 9 anos e parece uma adolescente.

- Deixa a senhora aqui se divertir, ok?

- Você só tem 26 anos

- Mas cuidar de você me envelhece a cada dia.

Entramos em uma fábrica de cerveja, tomo um copo só, mas queria mesmo é sentar na mesa e tomar vários.

- Posso tomar? - olho para ela de um jeito até engraçado.

- Claro... mas pera, quantos anos você tem?

- Você é realmente a pior adulta da face da terra.

- Sei, disso, obrigada pela sua contribuição. Agora vamos subir no terraço, lá dá pra vê toda a cidade.

Subimos e ficamos impressionadas, é lindo. As árvores aqui, tomam conta, é uma paz que transmite. O frio é maçante, mas mesmo assim é lindo de se vê, as casas aqui são todas lindas, parecem que saíram de um filme antigo.

- Da até vontade de morar aqui, não é Amanda?

- Até que dá, mas o que se faz no dia-a-dia aqui?

- Ah não sei, andar de bicicleta talvez...

- Só aceitaria morar aqui, se fosse para ficar na pousada, lá eu sou tratada como a rainha que sou. Falando nisso, precisamos voltar, tenho uns compromissos.

Olho para ela tentando me segurar.

- O que uma garota de 9 anos tem de compromisso?

- Ei, eu sei fazer amigos, sou popular onde passo.

O caminho de volta, é mais tranquilo, tento conversar ao máximo, tento fazer que ás horas desacelerem um pouco, nunca tenho tempo e oportunidades como essa, sempre estou trabalhando e fazendo com que o pouco que ganho, dê para que cheguemos até o fim do mês. O que significa que não temos muito lazer.

Olho para ela, e vejo ela comentar sobre os seus filmes, ela ama cinema e já disse que quer trabalhar com isso, tento juntar uma grana para a faculdade dela, isso é o mais importante pra mim, a felicidade dela.

Fiz faculdade, mas no último ano, minha mãe estava em estado terminal de um câncer , não tive como terminar, tive que ficar com ela, e logo depois me virar para sustentar a casa, vejo que estou mais longe da conversa e que estou ficando triste, com meus pensamentos.

- Você está pensando na mamãe? - ela fala meio melancólica , ela me conhece.

- Não tem como, não pesar nela. Sinto falta - olho para o outro lado da rua, ás lágrimas queimam.

- Eu também, hoje doeu mais que ontem. Mas sei que ela está feliz.

Uma tristeza passa por nós, mas sabemos que não podemos continuar com ela e logo mudamos de assunto.

Me arrumo para ir ao trabalho, alguém bate na porta. Antes que eu vá abrir, Amanda passa voando por mim.

- É para mim, é para mim - ela abre a porta e duas meninas e um menino, da mesma idade que a dela a chamam - irei para a cantina com os meus amigos, e depois vamos para o cinema.

Doce Perigo!Onde histórias criam vida. Descubra agora