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Página três – Doce perigo!

Tive uma noite turbulenta, não consegui relaxar em um minuto sempre pensando sobre o encontro da noite anterior e o que pode está por trás disso tudo. Quando finalmente dormir tive um pesadelo horrível, lavo meu rosto no banheiro e quando me olho no espelho o rosto manchado de maquiagem forte da noite passada, não me reconheço.

Meus olhos inchados , olheiras profundas, eu enxergo uma escuridão dentro de mim que não reconheço, estou perdida não consigo me recuperar. Lavo o rosto ao máximo , ponho uma calça de moletom que trouxe e uma camisa velha, eu não poderia está pior, mas pelo menos tirei aquelas roupas de ontem.

Escuto a voz de Amanda.

- Hey, luz do sol!- vou ao seu encontro, ela está meio grogue por causa do forte medicamento, a voz um pouco rouca e a máscara de oxigênio abafa um pouco de voz que resta, mas ela sorrir, e nesse instante tenho certeza do que tenho que fazer. – Como está se sentindo? Dói em algum canto?

- Eu estou um pouco dolorida, mas me sinto melhor para respirar e falar não dói. Você está bem Trice?

- Eu vou ficar assim quando você ficar – toco a pontinha de seu nariz – eu consegui o seu tratamento por uma instituição que ajuda pessoas necessitadas, por isso estou mais calma em saber que você irá ficar bem agora.

- Sério? Ainda bem, estava um pouco assustada Trice...

- Hey, não vamos ficar encucada com nada. Vamos pensar coisas positivas, assim logo saímos daqui.

Chega o médico e vai logo analisar Amanda, ele conversa com a enfermeira que faz as anotações. Ele vem em minha direção, sorrindo. É assustador em pontos desconhecidos. Não devolvo a simpatia.

- Como ela está doutor? – não sei o nome dele – me desculpe qual seu nome?

- Paull Anders. Ela está maravilhosa, reagindo como havia esperado, mais uns dias nesse tratamento e ela será uma nova garota – ele olha o relógio e entendo bem a sua preocupação.

Olho para o relógio acima da cama da Amanda e já são 19:30, meia hora para decidir o rumo da minha vida.

-Bom... daqui a pouco nos falamos, ok?

Ele sai do quarto e sento na cadeira ao lado da cama, Amanda, logo nota uma preocupação.

- O que foi Trice? É algo comigo?

- Meu Deus não, não, você está bem... eu só estou tentando resolver umas coisas na minha vida. Você pode dormir calma.

Passo a mão em sua testa e ela pega em minha mão.

- Eu sei que ás vezes você precisa carregar um mundo nas costas pra poder dá conta de tudo, e eu te amo por isso. Mas tudo bem ás vezes descansar as costas um pouco.

Ás lágrimas escorrem em meu rosto, beijo suas mãos quentinhas.

- É difícil aceitar a derrota, mas caso eu continue nessa sonegação eu irei perder tudo que tenho, mas eu vou fazer por nós o impossível.

- Mamãe esta orgulhosa de você Trice e eu também.

Fico abraçada a ela por um tempo, noto que ela adormeceu e saio do quarto, vejo que o médico está sentado ao lado da porta segurando um celular. Logo quando me vê se levanta, ponho a mão no bolso atrás e puxo o cheque que está muito amassado.

Entrego tremendo, mas eu preciso tirar esse peso das costas.

- Por favor, minha irmã é minha prioridade, por favor cuide dela senhor Paull – ás lágrimas escorrem em meu rosto.

- Por Amish, dou minha palavra. Seja bem vinda.

Estou criando coragem para ir na minha casa, enfrentar Julian tenho que pegar algumas coisas Amanda, irá ter alta amanhã, não sei como estão as coisas em casa, mas não sei o que vai ser de nós. Preciso perguntar ao médico quais próximos passos. Estou evitando falar com ele qualquer coisa que não seja o quadro de saúde.

Pego a bolsa de Amanda, me despeço dela avisando que logo estarei de volta.

Caminho até o elevador, quando o doutor Paull, vem em minha direção a passos largos.

- A onde a senhorita vai? – acho a pergunta um tanto importuna

- Na minha casa pegar umas coisas e resolver outras – elevador chega, ele despensa.

- A senhorita não tem mais nada lá, não a necessidade. Retorne para o quarto de sua irmã.

- Mas eu não estou entendendo nada, vocês não me dizem nada

- Hoje a noite terá uma resposta sobre o futuro seu e de sua irmã

Retorno para o quarto com algumas respostas, mas outras 10 surgiram. Estou no escuro novamente.

Arrumo nossas coisas, Amanda sai do banho e sinto uma alegria tomar conta de mim, ela parece outra criança a cor de sua pele voltou, o brilho em seus olhos são os que eu amo.

- Você está me olhando esquisito

- Ei, me deixa ok? Estou feliz, você está bem e isso é tudo que preciso.

Rimos e conversamos quando entra no nosso quarto o doutor Paull, junto com ele uma mulher com roupas formais demais para um hospital.

- Boa noite , para as senhoritas – fala a senhora. Respondemos.

- Viemos informar como o dia de amanhã irá percorrer, sei que a senhorita deu o primeiro passo

Amanda olha tudo com estranheza, e acho que isso deve ser tratado em outro local, irei contar pra ela em outro momento, não nesse.

- Bom... vamos para a cafeteria. A minha irmão quer descansar

- Não quero não

- Sim, quer. Além do mais isso é conversa de adulto, logo mais eu volto. Tem o tablet ali.

Estamos sentados na cafeteria, me sinto deslocada não sei ao certo qual será meu papel aqui.

- Bom a senhorita sabe bem o que queremos?

- Sim e não, muitas coisas não ficaram claras para mim. Tipo me casar com um homem que não conheço

- Entendo. O casamento com o sir Maddox, é a principal tarefa nele a senhora aprendera coisas que são de nossa cultura e de tamanha importância. A senhorita se descobrirá. – o rosto dela é assustador de perfeito, e ela parece acreditar nisso.

Eu quero escolher as palavras certas, mas não sei se até essa conversa é correta.

- O que vai acontecer amanhã? Eu fui impedida de ir em minha casa, e não sei ao certo o que isso significa.

- Bom, amanhã a senhora segue para o nosso castelo junto com sua irmã, lá iremos da inicio a sua entrada e casamento, por isso quero que assine isso – ela pega uns documentos na pasta, e me entrega, são duas páginas muita coisa para lê.

- Posso entregar amanhã? Quero lê com calma, vai que assine agora e descubro que eu assinei a doação de meus orgões ainda viva – apenas eu tenho senso de humor, eles parecem gelo.

- Como queira, amanhã estaremos aqui as nove, esteja organizada e com o documento assinado. Uma Boa noite.

Eles se levantam e vão embora, fico sentada sozinha olho para a grande sacada e o céu está lindo com as estrelas brilhando. Me sinto uma idiota com tudo isso.

Estou atirando uma flecha no escuro e esperando que algo de bom aconteça.

- Algo de bom aconteceu sua bobinha – penso alto. É tem razão.

O importante é Amanda, o resto eu irei descobrir.

Doce Perigo!Onde histórias criam vida. Descubra agora