Brindaremos o último pôr do sol
Com nossas lágrimas amargas
Servidas em taças frágeis e baratas
Pra combinar com nossa fraqueza
Tarde demais pra pedir desculpas ao vento
Tarde demais pra perceber que
Tuas mágoas guardadas não tinham finalidade
Naquela estante velha caberia tantos livrosMas tu abrangeu tua estante com tanta besteira
Com milhares de pequenos enfeites fúteis
Que ela acabou sedendo, se desmanchando
E nesse instante não te resta mais nadaTua casa inteira se diluiu no teu choro
Só restou fragmentos de solidão
Só depois de muito tempo que tu percebeu;
Na tua rua não morava mais ninguémMas tudo bem, eu sou a Morte
E te faço companhia nesse dia especial
E então cruzaremos embrigados
O teu último e primeiro pôr do solTarde demais pra fotografar
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Desastre: Poesia e Tristeza
PoesiaMe vi sozinho em casa com um punhado de livros. Abri um deles, li uma poesia. Eu já não estava mais sozinho.